quinta-feira, 18 de setembro de 2014

ARTIGO DO GATO



O Estado faliu

Não apregôo a teoria do caos ou da terra arrasado, mas, estamos vivendo um estado falimentar nas estruturas institucionais do Estado. Óbvio que o governo nega este caos e até se esforce para mostrar um estado utópico a partir da estratégia da publicidade. Mas a virtualidade e os fatos compõem uma mistura heterogênea, onde o solvente (estado) não consegue absorver o soluto (políticas públicas). Não se misturam é perceptível essa dicotomia e, a população tem percebido, pois é cristalina essa divisão. E isso está demonstrado através das manifestações tabuladas nas pesquisas realizadas pelo IBOPE.
Camilo Capiberibe no processo eleitoral apresenta apenas 15% pontos percentuais da intenção de votos, enquanto o seu antecessor, W 12, apresenta mais que o dobro, 37%. Mas, onde fica mais evidente a rejeição da gestão de Camilo é quando a pergunta do Instituto se refere a confiança no governador. O resultado é assustador, 76% do eleitorado não confiam no chefe do executivo E,71 %, rejeita sua administração.
Mas o sucateamento da saúde pública, com falta de leitos, remédios, máquinas quebradas etc., aliado a um estado em completa insegurança dão a resposta para a forma como esse governo é avaliado.
O que fermenta a revolta do cidadão amapaense e o cinismo e a hipocrisia do governo. Nas propagandas oficiais isso tudo é negado. O cidadão que acaba de ser assaltado ou ter um familiar ou amigo assassinado não se conforma ao ver e ouvir na propaganda oficial que o estado investiu em segurança pública e que o Amapá vive um momento único nesse setor. Pois enquanto o governo tenta reverberar uma segurança aparelhada e pronta para combater os meliantes, a Adepol- Associação dos Delegados de Polícia solta nota revelando a situação caótica da polícia judiciária. Reclamam do tratamento dispensado aos policiais, das péssimas condições de trabalho e de falta de material de expediente para fazer face às sãs responsabilidades.
Num outro giro o governo tenta mostrar na virtualidade da propaganda que nunca se investiu tanto em saúde através da construção de hospitais, aumento de leitos, aquisição de medicamentos e etc. E o cidadão que busca atendimento nos Nosocômios do Estado se deparam como um PAI-Pronto Atendimento Infantil totalmente desestruturado, com mãe e filhos jogados pelo chão e outras sentadas em cadeiras por falta de macas. No Hospital de Emergência a situação não é diferente. Nos hospitais faltam remédios elementares, básico, como é o caso da Dipirona na Maternidade Mãe Luzia.
  No setor habitacional em que o governo sustenta uma pseda eficiência da gestão, valendo-se do conjunto Macapaba, do governo federal, a infiltração de pessoas fora do perfil do programa recebendo casas no conjunto acabou também atraindo desconfiança e descontentamento junto às camadas pobres da população. A SIMIS - Secretaria de Inclusão e Mobilização Social, comandada pela esposa do governador, Cláudia Camargo Capiberibe é acusada de ter favorecido pessoas que estão fora dos padrões exigidos pelo programa com a concessão de apartamentos. A secretária se defende afirmando que a triagem dos beneficiários foi feita   pela Caixa Econômica Federal e a Caixa diz que a triagem foi feita pelo estado. Caiu em desgraça algo que poderia ser positivo para o governo.
A economia se ressente de uma política de arrocho fiscal, destaca-se nesse corolário de medidas equivocadas foi a ampliação da base da substituição tributária, que é a cobrança antecipada do ICMS. Isso provocou a quebradeira de milhares de micro e pequenas empresas. A consequência o aumento do desemprego, que chega a patamares estratosféricos no Amapá.
Só no primeiro semestre de 2014 o Caged-Cadastro Geral de Empregados registrou oficialmente a perca de dois mil postos de trabalho com carteira assinada.
O Amapá é o retrato da cidade de Macapá, onde governo e prefeitura se juntaram numa parceria dos desesperados e com a clara intenção de mostrar que a mistura entre eles é homogênea, poderia ser, mas é heterogênea. 

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