13
de setembro de 1943
71 anos de
integração nacional do Amapá
Reinaldo Coelho
Este fato
se concretizou com a criação do Território Federal do Amapá, que desde o século
XIX já se discutia na criação de territórios federais.
Com a proclamação
da República continuaram as manifestações em prol de uma nova divisão política
do país, considerando aspectos geopolíticos, até mesmo discutindo-se a criação
de territórios federais. Mas a questão dos Territórios Federais só veio fazer
parte da organização política-administrativa brasileira, quando o Congresso Nacional,
por meio da lei n° 1.181 de 25 de fevereiro de 1904, autorizou o Governo
Federal a administrar o Acre, onde este foi integrado ao Brasil em 17de
novembro de 1903.

Os
governantes da República Velha nada fizeram no sentido de efetivar o poder
brasileiro nas regiões fronteiriças, não criaram nessas áreas instituições para
desenvolvê-las e assegurá-las como brasileiras. Com a ascensão de Getúlio
Vargas ao poder, como resultado da denominada Revolução de 30, foram retomadas
as preocupações em reafirmar o poder brasileiro nas áreas de fronteiras.
Devido à
eclosão da Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro diante da situação
política internacional, para melhor proteger o Estado brasileiro, implementou a
militarização nas regiões fronteiriças.
A redivisão
política do país abrangeu os seguintes aspectos: ocupação, vitalização e
recuperação de nossas fronteiras, além do estratégico-militar.
Essa redivisão
foi concretizada em 13 de setembro de 1943. A implantação dos territórios
federais teve como motivos geopolíticos e de defesa da soberania do Brasil
sobre regiões fronteiriças e estratégicas. Em resumo, o governo brasileiro,
para justificar a criação do Território Federal do Amapá, afirmava a falta de segurança
das fronteiras em função da segunda Guerra Mundial e da constante ameaça
socialista, a incapacidade financeira dos Estados de promover seu
desenvolvimento, falta de povoamento, falta de uma economia de mercado. É nesse
sentido que se deve entender a criação do Território Federal do Amapá.
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José Barata, Clodoaldo Nascimento(bandeira), Glicério MarqueS |
Desde os idos da década de 40 a data foi festejada
pelas autoridades e moradores deste rincão Tucuju, naqueles primórdios o local
era o pátio interno da Fortaleza de São José de Macapá, com o passar dos anos e
o crescimento da cidade e da população foi transferido os festejos para a
Avenida FAB e a realização da Expofeira Agropecuaria de Fazendinha.
Era um mês de festas, pois se juntava os festejos
do Dia da Pátria e a do Território e as escolas se preparavam para o monumental
desfile escolar e os Jogos Escolares. As aulas em sala de aulas praticamente
inexistiam, mais as aulas de Moral e Civismo eram realizadas na pratica.
O amor pela pátria e pelo rincão amapaense era
pujante no seio dos jovens estudantes e as disputas estudantis iam ao ápice. Os
preparativos dos desfiles e dos jogos começavam cedo, em meadas de agosto. Com
ensaios das bandas musicais e marciais, ensaios dos pelotões, confecção dos
figurinos e das alegorias.
O primeiro sinal era os repiques das caixas das
Bandas Escolares, que também concorriam e tinham de apresentar coreografias
belíssimas. A principal e pioneira foi a do Ginásio de Macapá (GM) o “boneca de
anil”.
É todas as escolas tinham seus apelidos, vamos lá:
Colégio Amapaense (CA) era “garapa azeda”, o IETA “piramutaba”, o CCA, era o
“Ferrugem” e por ai adiante... Com dizia o saudoso governador Anibal Barcellos.
Pela manhã, realizava-se o desfile escolar de 13 de
setembro na av. FAB, com alegorias apresentadas pelos colégios. Esse desfile
fazia parte das comemorações do aniversário de criação do então Território
Federal do Amapá (1943).
O desfile também marcava a abertura dos jogos
estudantis, com pontuação. Era importante ser o vencedor do desfile. A
rivalidade era acirrada entre os alunos do Colégio Amapaense, Instituto de
Educação (IETA), Ginásio de Macapá (ex-Escola Industrial) e Colégio Comercial
do Amapá (atual Gabriel de Almeida Café).
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