sexta-feira, 12 de setembro de 2014

CULTURA



13 de setembro de 1943
71 anos de integração nacional do Amapá


 


 Reinaldo Coelho


Este fato se concretizou com a criação do Território Federal do Amapá, que desde o século XIX já se discutia na criação de territórios federais. 

Com a proclamação da República continuaram as manifestações em prol de uma nova divisão política do país, considerando aspectos geopolíticos, até mesmo discutindo-se a criação de territórios federais. Mas a questão dos Territórios Federais só veio fazer parte da organização política-administrativa brasileira, quando o Congresso Nacional, por meio da lei n° 1.181 de 25 de fevereiro de 1904, autorizou o Governo Federal a administrar o Acre, onde este foi integrado ao Brasil em 17de novembro de 1903. 


Os governantes da República Velha nada fizeram no sentido de efetivar o poder brasileiro nas regiões fronteiriças, não criaram nessas áreas instituições para desenvolvê-las e assegurá-las como brasileiras. Com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, como resultado da denominada Revolução de 30, foram retomadas as preocupações em reafirmar o poder brasileiro nas áreas de fronteiras. 

Devido à eclosão da Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro diante da situação política internacional, para melhor proteger o Estado brasileiro, implementou a militarização nas regiões fronteiriças. 
 
CEL. JANARY NUNES E SUA ESPOSA IRACEMA CARVÃO NUNES
A redivisão política do país abrangeu os seguintes aspectos: ocupação, vitalização e recuperação de nossas fronteiras, além do estratégico-militar. 


Essa redivisão foi concretizada em 13 de setembro de 1943. A implantação dos territórios federais teve como motivos geopolíticos e de defesa da soberania do Brasil sobre regiões fronteiriças e estratégicas. Em resumo, o governo brasileiro, para justificar a criação do Território Federal do Amapá, afirmava a falta de segurança das fronteiras em função da segunda Guerra Mundial e da constante ameaça socialista, a incapacidade financeira dos Estados de promover seu desenvolvimento, falta de povoamento, falta de uma economia de mercado. É nesse sentido que se deve entender a criação do Território Federal do Amapá.




José Barata, Clodoaldo Nascimento(bandeira), Glicério MarqueS
Desde os idos da década de 40 a data foi festejada pelas autoridades e moradores deste rincão Tucuju, naqueles primórdios o local era o pátio interno da Fortaleza de São José de Macapá, com o passar dos anos e o crescimento da cidade e da população foi transferido os festejos para a Avenida FAB e a realização da Expofeira Agropecuaria de Fazendinha.
 
Pioneiros do Território Federal do Amapá
Era um mês de festas, pois se juntava os festejos do Dia da Pátria e a do Território e as escolas se preparavam para o monumental desfile escolar e os Jogos Escolares. As aulas em sala de aulas praticamente inexistiam, mais as aulas de Moral e Civismo eram realizadas na pratica.

O amor pela pátria e pelo rincão amapaense era pujante no seio dos jovens estudantes e as disputas estudantis iam ao ápice. Os preparativos dos desfiles e dos jogos começavam cedo, em meadas de agosto. Com ensaios das bandas musicais e marciais, ensaios dos pelotões, confecção dos figurinos e das alegorias.

O primeiro sinal era os repiques das caixas das Bandas Escolares, que também concorriam e tinham de apresentar coreografias belíssimas. A principal e pioneira foi a do Ginásio de Macapá (GM) o “boneca de anil”.

É todas as escolas tinham seus apelidos, vamos lá: Colégio Amapaense (CA) era “garapa azeda”, o IETA “piramutaba”, o CCA, era o “Ferrugem” e por ai adiante... Com dizia o saudoso governador Anibal Barcellos.

Pela manhã, realizava-se o desfile escolar de 13 de setembro na av. FAB, com alegorias apresentadas pelos colégios. Esse desfile fazia parte das comemorações do aniversário de criação do então Território Federal do Amapá (1943).

O desfile também marcava a abertura dos jogos estudantis, com pontuação. Era importante ser o vencedor do desfile. A rivalidade era acirrada entre os alunos do Colégio Amapaense, Instituto de Educação (IETA), Ginásio de Macapá (ex-Escola Industrial) e Colégio Comercial do Amapá (atual Gabriel de Almeida Café).

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