sexta-feira, 5 de setembro de 2014

EDITORIAL

EDITORIAL


A justiça da esquina, de decote e saia curta

Os últimos acontecimentos políticos ou motivados pela política nos têm feito pensar se o Amapá é uma república apartada do Brasil. Será que fazemos parte do País ou pertencemos à outra federação? A justificativa para tais questionamentos são mandos e desmandos, atos e desatinos que por aqui parecem normais, como se a Lei Maior Brasileira, a Constituição Federal não tivesse nenhum valor nesta parte remota do mundo, isolada por mato e água.
Aqui os senhores poderosos fazem o que querem e interpretam o que querem da forma que querem. Mas e a Lei do País? Alguns perguntam. A resposta é o silêncio ou mais um desmando. Pensam que podem tudo e que tudo podem. Esta parece ser a lei da República Federativa do Amapá, assim psico-esquizofrenico-alucinógena nos moldes da surreal Sucupira ou Antares, saídas do imaginário de escritores.
E o povo, grande plateia perplexa fica a observar sem saber ao certo o que está acontecendo. Sem saber a razão de haver uma preocupação doentia em perseguir alguns, destituí-los, lincha-los moralmente, e por outro lado, deixar a coisa correr solta para outros. Fazer vista grossa para acusações, denúncias, práticas ilícitas que vêm à tona em calhamaços de papel e até auditagens.
A balança da Justiça, aqui na República Federativa do Amapá parece pender para um lado o tempo inteiro. A venda em seus olhos é para não ver o óbvio e a espada pende apenas para o lado em que a mão oculta aponta. Fato lamentável em se tratando de uma instituição da mais alta importância. Felizmente nem todos compactuam deste teatro macabro com ares de tragédia. Mas em toda tina de maças existem as que estão podres e que se não forem retiradas a tempo, apodrecerão as demais.
A quem recorrer além deste feudo? A ninguém mais se não à parte boa da Justiça. Aquela que não tem partido e nem preferência por cor de bandeira. A Justiça em sua essência verdadeira, é a esperança do povo, é a esperança do homem. É a crença no bom senso e na racionalidade para julgar com idoneidade.
Infelizmente hoje, aqui em Sucupira... quer dizer... Antares... quer dizer, no Amapá, um grupelho de psico-esquizofrenico-alucinados querem fazer da Justiça uma mulher de saia curta, blusa decotada, batom e perfume barato e bandana na testa rodando bolsinha na esquina.    

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