sexta-feira, 19 de setembro de 2014

editorial



O eleitor, a era da informação e a velha forma de pensar




Provado e comprovado, o eleitor de hoje não é mais o mesmo de antes. Tanta informação e modernidade o fez ter acesso a uma gama de elementos que foram decisivos para sua conscientização. A internet deixou de ser o “bicho papão” das classes menos abastadas e entrou no dia a dia delas em lan houses de esquina com acesso cobrado a um custo mínimo ou computadores financiados em longas e suaves prestações junto a planos de acesso à rede mundial e com ela, o facebook, whatsapp, twitter e outras redes de menor poder de comunicação.
Também baratearam os aparelhos de tv, que além dos valores deturpados contidos nas novelas, traz os telejornais nos intervalos de um folhetim para outro. Já o rádio, ainda é a mídia mais popular conseguindo chegar onde a tv e o computador não chegam. E assim, entre novos e antigos veículos, a informação chega a seu destino final, o telespectador-ouvinte-cibernético – aquele que assiste, ouve, digita e acessa -.
Diante deste acesso todo, o resultado foi o esperado. O eleitor até então julgado como massa de manobra acionou parte de seu senso crítico, também conhecido como vontade de ver como é o outro lado da moeda. E quando ele virou, descobriu que não era nada do que pensava. Pois bem, do lado de lá da tela, ainda existe os que pensam que o eleitor continua na idade mental da pedra lascada.
A prova disso é o conteúdo exibido no horário político. Marqueteiros arcaicos com o consentimento dos candidatos elaboram peças publicitárias que fogem completamente a objetivo principal, que é formular e apresentar propostas. E o eleitor se pergunta: Campanha eleitoral serve para atacar pessoas ou mostrar como será o trabalho? Esta é a mínima entre outras tantas indagações. Infelizmente, esse tipo de prática parte da cabeça de gente que se diz estudado, mas que pelo visto deixa muito a desejar frente à sabedoria popular que hoje conta com um aliado imprescindível e de última hora, o acesso à informação. E o mais importante, sabe como filtrá-la enquanto eles permanecem com a velha leitura de que o que falarem será ouvido e seguido fielmente.
Senhores, os tempos felizmente mudaram. E o povo, felizmente também, tirou a venda dos olhos e aproveitou para jogar a mordaça fora e é com estas mesmas mãos que digita o que pensa no teclado dos computadores antes impensados. O que vemos é uma velha forma apresentada a novos pensamentos. Sapato 36 não cabe em pé 37.

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