O eleitor, a era da informação e a velha forma de
pensar
Provado e comprovado, o eleitor de hoje não é mais o
mesmo de antes. Tanta informação e modernidade o fez ter acesso a uma gama de
elementos que foram decisivos para sua conscientização. A internet deixou de
ser o “bicho papão” das classes menos abastadas e entrou no dia a dia delas em
lan houses de esquina com acesso cobrado a um custo mínimo ou computadores
financiados em longas e suaves prestações junto a planos de acesso à rede mundial
e com ela, o facebook, whatsapp, twitter e outras redes de menor poder de
comunicação.
Também baratearam os aparelhos de tv, que além dos
valores deturpados contidos nas novelas, traz os telejornais nos intervalos de
um folhetim para outro. Já o rádio, ainda é a mídia mais popular conseguindo
chegar onde a tv e o computador não chegam. E assim, entre novos e antigos
veículos, a informação chega a seu destino final, o telespectador-ouvinte-cibernético
– aquele que assiste, ouve, digita e acessa -.
Diante deste acesso todo, o resultado foi o
esperado. O eleitor até então julgado como massa de manobra acionou parte de
seu senso crítico, também conhecido como vontade de ver como é o outro lado da
moeda. E quando ele virou, descobriu que não era nada do que pensava. Pois bem,
do lado de lá da tela, ainda existe os que pensam que o eleitor continua na
idade mental da pedra lascada.
A prova disso é o conteúdo exibido no horário
político. Marqueteiros arcaicos com o consentimento dos candidatos elaboram
peças publicitárias que fogem completamente a objetivo principal, que é
formular e apresentar propostas. E o eleitor se pergunta: Campanha eleitoral
serve para atacar pessoas ou mostrar como será o trabalho? Esta é a mínima
entre outras tantas indagações. Infelizmente, esse tipo de prática parte da
cabeça de gente que se diz estudado, mas que pelo visto deixa muito a desejar
frente à sabedoria popular que hoje conta com um aliado imprescindível e de
última hora, o acesso à informação. E o mais importante, sabe como filtrá-la
enquanto eles permanecem com a velha leitura de que o que falarem será ouvido e
seguido fielmente.
Senhores, os tempos felizmente mudaram. E o povo,
felizmente também, tirou a venda dos olhos e aproveitou para jogar a mordaça
fora e é com estas mesmas mãos que digita o que pensa no teclado dos
computadores antes impensados. O que vemos é uma velha forma apresentada a
novos pensamentos. Sapato 36 não cabe em pé 37.
Nenhum comentário:
Postar um comentário