Taxa de Coletivo de Macapá
Aumento do preço é negado pela
Justiça
Reinaldo
Coelho
Mais uma queda de braço entre o Sindicato das Empresas de
Transportes de Passageiros do Estado do Amapá (Setap) e a Prefeitura de Macapá,
através da Companhia de Trânsito e Transportes de Macapá (CTMac), com
referência ao aumento das passagens de ônibus da capital amapaense.
Esse imbróglio vem acontecendo há mais de 10 anos e quem
sempre decide é a Justiça. Este ano não foi diferente, o Setap entrou com uma ação na Justiça contra a
prefeitura de Macapá, cobrando um reajuste de mais de 30% no preço da passagem
de ônibus. Alegando prejuízos financeiros e alto custo de manutenção dos
veículos, a entidade pede o aumento da passagem de R$ 2,10 para R$ 2,75.
Em audiência no Fórum Leal de Mira, a Companhia de Trânsito
de Macapá (CTMac) questionou as planilhas apresentadas pelo Sindicato das
Empresas de Transporte de Passageiros (Setap), que defende reajuste imediato da
passagem de ônibus na capital passando de R$ 2,10 para R$ 2,75. O pedido foi negado pela Justiça.
Enquanto a Justiça não conclui o processo, o Setap pediu uma
antecipação de tutela para R$ 2,50, que também foi negada pela 5ª Vara Cível de
Macapá.
Mas a CTMac e o Setap têm até 30 de outubro para apresentar
nova planilha com seus respectivos valores ao Ministério Público Estadual, que
deve nomear um perito para analisar os custos. Enquanto isso, a tarifa continua
em R$ 2,10.
A juíza Keila Utzig preferiu se manifestar sobre a
antecipação de tutela somente após a CTMac apresentar contestação planilha do
Setap. O prazo expira em 20 de outubro.
A prefeitura não fez o
dever de casa
Quando houve a redução tarifária em 1º de julho do ano
passado, a Prefeitura de Macapá assumiu o compromisso de reformar e construir
novos abrigos, criar terminais, pavimentar a malha viária, sinalizar e podar
corredores de ônibus e apresentar um sistema de transporte que reduzisse
custos. Nenhum dos itens foi cumprido.
De acordo com dados do Sindicato das Empresas de Transporte
de Passageiros do Amapá (Setap), 90% da malha viária ao longo dos corredores de
ônibus está esburacada. Um relatório com imagens e descrição de trechos
críticos foi enviado a Prefeitura de Macapá.
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MPE achou o “engorda”
O Ministério Publico Estadual realizou investigação sob o
pedido do sindicato patronal que em 2007 pediu um aumento visando elevar o
preço que era de R$ 1,50 para R$ 1,91, e para isso apresentou uma planilha de
custos. O juiz, então, nomeou uma perita para analisar os custos apresentados
pelo Setap, que deu parecer acatando a totalidade da planilha apresentada, com
a exclusão apenas do valor referente à CPMF, concluindo que a tarifa correta
seria de R$ 1,9009.
Porém o MPE apurou, que a planilha apresentada ao Setap à
Justiça foi "engordada", isto é, foram incluídos valores e custos
irreais, tudo com a finalidade de fraudar os cálculos e elevar o preço acima do
que seria justo à população. A investigação aponta para um sobrepreço de R$ 0,12, ou seja, ao invés de
aumentar para R$ 1,90, o preço das passagens não poderia ter passado de R$
1,78.
O Ministério Público estuda a medida adequada para ingressar
com ação judicial com o fim de punir os responsáveis pela fraude e reduzir o
preço em R$ 0,12.
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