Rodovia Duca Serra
Reinaldo
Coelho
Em seus 17 quilômetros de extensão, ultimamente a Rodovia
Duca Serra virou sinônimo de perigo, sendo considerada uma Rodovia da Morte,
pois ali os acidentes, além da perda material, vêm ceifando vidas. Contudo,
essa situação pode piorar quando o acesso pela Rodovia Norte/Sul chegar a Duca
Serra. A meia sola seria na duplicação da rodovia, pois os engenheiros de
tráfegos deveriam ter uma solução melhor: Um rodoanel.
Apesar do alerta dos setores técnicos independentes, somente
agora que os técnicos do Governo do Estado perceberam que o deslocamento do trânsito
de veículos da zona norte através da Rodovia Norte/Sul, para a Avenida Padre
Júlio Maria Lombaerd que origina a Duca Serra, aumentaria para esse setor um
problema grave já existente, o congestionamento.
Rodoanel e Corretor de
transporte coletivo
A rodovia hoje interliga os dois maiores e populosos
municípios, Macapá e Santana, além de dar acesso a Mazagão, cortando um
perímetro urbano com mais de cinco bairros e ao longo de seu trajeto, tem
várias concentrações urbanas e um distrito industrial. Há muito se faz
necessária a duplicação dessa rodovia, agora planejar um serviço paliativo é
pensar pequeno. Um
rodoanel, que é uma estrada ou auto-estrada construída no perímetro de grandes
cidades conectando importantes vias de circulação de veículos para evitar que o
tráfego afete vias de menor escoamento. É esse o caso da Duca Serra.
A rodovia Duca Serra
não suporta mais o tráfego. Nos horários de maior movimento, a lentidão irrita
os motoristas. Alguns acabam sendo imprudentes e partem para as cobranças para que aconteça logo a duplicação, que é
justo, porém levará as autoridades e técnicos a não pensar grande, pois
duplicar a dita Rodovia sem ponderar em implantar concomitante um corredor de
transporte de massa que vão demandar um sistema de transporte de passageiros
eficiente no que se refere à rapidez, conforto e economia.
Sem esses serviços a rodovia pode até ser duplicada, mas o
transito aumentará e os acidentes também. No início do governo de Camilo
Capiberibe foi prometido a duplicação e o recapeamento da Duca Serra, “Vamos trabalhar para que a Duca Serra seja
duplicada. Estamos com várias frentes de trabalho nos municípios, desenvolvendo
o Amapá e gerando muitos empregos, o que nos colocou como o segundo Estado do
Brasil que mais emprega com carteira assinada. O que a gestão anterior deixou
parado, estamos concluindo, as obras são para benefício do povo”, disse o
governador. Só foi retórica, pois nada saiu do papel.
Está se encerrando o governo socialista e somente dois
quilômetros foram “duplicado”. Iniciado num pequeno trecho a partir do quartel
do Exército. Além de que tem um entrave para a duplicação a partir da Hamilton
Silva até a frente do quartel, pois será necessária a autorização da União,
sendo que o projeto prevê a utilização de uma faixa de terra que pertence ao
Exército Brasileiro que mesmo estando disposto a permitir a obra, tem que
esperar a decisão do Patrimônio da União. O mesmo problema que vem atrasando a
entrega da Norte/Sul que o imbróglio é com a Infraereo.
Semáforos na Duca Serra
Os moradores do Distrito do Coração bloquearam um trecho da rodovia
em protesto ao elevado índice de acidentes de trânsito no local. Logo o governo
iniciou a executar serviços paliativos para conter os acidentes na rodovia,
tais como a implantação de semáforos instalados em pontos considerados críticos
ao longo da Duca Serra. Nestes locais, o DETRAN iniciou a sinalização
horizontal da pista, porém não foi feita uma campanha educativa e de prevenção
e motoristas desavisados causaram mais acidentes. Os semáforos começaram a dar
defeitos, deixando trânsito mais complicado e arriscado. O que tem que ser feito
é um serviço de capacitação técnica e engenharia de transito eficaz e, não
ficar jogando milhares de reais pela janela.
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