sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O Amapá está em 4° lugar



Índice de Progresso Social (IPS) da Amazônia
O Amapá está em 4° lugar




Relatório “IPS Amazônia 2014” resultou da avaliação de 43 indicadores sociais e ambientais. Gerado a partir da colaboração proporcionada pela rede #Progresso Social Brasil, o estudo foi realizado pelo Imazon em parceria com a Social Progress Imperative (SPI) e Fundación Avina.

Reinaldo Coelho





O Amapá ficou em quarto lugar entre os nove estados da Amazônia Legal no Índice de progresso Social (IPS) 2014, onde foram avaliados 43 quesitos sociais e ambientais como acesso ao ensino superior, trabalho infantil, taxa de homicídios, mortalidade materna, moradia adequada, obesidade e qualidade da educação.


O progresso Social é definido como a capacidade que o município/estado/nação tem de satisfazer as necessidades básicas de seu povo, assim como de estabelecer a infraestrutura e as ferramentas que permitam melhorar a vida dos cidadãos em um ambiente que todos tenham oportunidade de atingir seu pleno potencial. Dessa forma, para se medir o desenvolvimento não se calcula apenas o crescimento econômico, ou seja, o produto Interno bruto (PIB) e a renda per capita, mas também a avaliação social e ambiental da região. Segundo o instituto, a média do progresso social da região é 15% menor que a do resto do país.
Na pesquisa realizada pela rede Progresso Social Brasil foram analisados 772 municípios nos Estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, parte do Maranhão e Mato Grosso, em uma área de cinco milhões de quilômetros quadrados e mais de 24 milhões de habitantes.

Cada município recebeu uma pontuação que varia de zero a 100 em 43 indicadores nas áreas de saúde, educação, segurança, meio ambiente e direitos individuais. Os resultados foram usados para definir o Índice de Progresso Social (IPS) da região. De acordo com o Imazon, a média do IPS da Amazônia foi de 57,31, enquanto a média nacional divulgada em abril de 2014 chega a 67,37.

O relatório aponta que os problemas mais graves são a oferta de água e saneamento, acesso à educação superior e direitos individuais, incluindo a violência contra comunidades indígenas e conflitos de terras. O único indicador considerado satisfatório foi o da sustentabilidade dos ecossistemas, já que a maior parte da floresta ainda está preservada.

O Imazon acredita que este índice é um retrato mais próximo da realidade dos municípios, pelo fato de ser calculado levando em conta os desempenhos nas áreas sociais e ambientais, sem levar em conta indicadores econômicos que pudessem causar distorção nos números. "Muitas vezes você tem um município em um território que tem um alto progresso social e uma economia, uma renda per capita baixa, e vice versa. Você tem municípios relativamente ricos, mas que o progresso social é baixo", disse o analista ambiental Adalberto Veríssimo.


O IPS foi criado em 2013 como uma alternativa a outros estudos, que priorizam o crescimento econômico. No ranking de 132 países, o Brasil está na 46ª posição. Se a Amazônia fosse um país, ocuparia o 93º lugar no ranking. "Isso significa que estamos muito longe de um progresso social compatível com a importância ambiental que a Amazônia tem para o Brasil e para o mundo", avalia Verissimo.

A posição do Amapá


O Estado alcançou 56,8 pontos, quando a média do IPS da Amazônia foi de 57,31, e a média nacional, divulgada em abril de 2014, chega a 67,37, ficando atrás de Mato Grosso que é o primeiro colocado (61,4), seguido de Tocantins (59,5) e Rondônia com (59,2) O Acre tem menor nível de progresso social da Amazônia Legal, diz Imazon, ele alcançou 54,1 pontos, valor inferior à média nacional.

No levantamento dos municípios, Serra do Navio ocupa o primeiro lugar com 66,26, superando a média estadual e da Amazônia Legal e bem próximo da nacional. A classificação geral do município serrano foi de 28° lugar. A capital amapaense ficou em 71° lugar entre os 772 municípios avaliados com um IPS de 63,99, também ultrapassando a média do estado e da Amazônia Legal, mesmo com a maior renda per capita anual do Estado  R$ 8.615,00, se colocando entre os municípios mais ricos (41°) o seu IPS não foi bom.



Necessidades Humanas Básicas de Macapá pontuou 65,68, se classificando em 121°; Nutrição e cuidados médicos básicos ficaram com 83,53, conseguindo a 27° posição, o que lhe rendeu um relativamente FORTE; Água e saneamento deu 42,97 e um relativamente FRACO, lhe jugando para 213° posição; com referencia a moradia, Macapá recebeu 96,96 e o13° lugar, quanto ao item Segurança pessoal mais uma vez despencou, ganhou 39,26 de pontuação e foi 630° colocada, quase entre as últimas cidades. Fundamentos para o Bem-Estar, 64,76 e a 404° classificação.

Quanto as Oportunidades ganhou 61,53 é 9° na avaliação desse item que inclui: Direitos individuais (47,39): Diversidade partidária; Mobilidade urbana; Pessoas ameaçadas.
Liberdade individual e de escolha (78,02): Trabalho infantil; Gravidez na infância e adolescência; Vulnerabilidade familiar; Acesso à cultura, esporte e lazer.
Tolerância e inclusão (79,06): Violência contra a mulher; Violência contra indígenas; Desigualdade racial na educação.
Acesso à educação superior (41,66) : Pessoas com ensino superior; Educação feminina; Frequência ao ensino superior.


 Os demais municípios tiveram colocação regular no ranking, veja tabela:


Municípios amapaenses e sua pontuação e posição entre os 772

Município
IPS
Classificação
Renda – R$
Classificação
CF
Amapá
54,53
 540°
4.883,00
 256°

Calçoene
55,31
 486°
5.013,00
 242°

Cutias
58,16
 334°
3.449,00
 449°

F. Gomes
58,85
 303°
5.001,00
 244°

Itaubal
53,04
 612
2.559,00
 625°

L do Jari
61,01
192°
5.195,00
 229°

Macapá
63,99
  71°
8.615,00
  41°


Mazagão
50,94
695°
4.243,00
329°

Oiapoque
56,59
408°
7.181,00
  80°

P.B.Amapari
49,79
722°
4.776,00
271°

Porto Grande
55,06
500°
4.280,00
325°

Pracuúba
56,21
435
2.746,00
583°

Santana
62,73
105°
5.631,00
178°

Serra do Navio
66,26
28°
5.816,00
163°

Tartarugalzinho
Vitoria do Jari
50,28
56,00
711°
450°
3.002,00
3.713,00
521°
403°


MELHORES COLOCADAS NA AMAZÔNIA LEGAL

· Barra do Garças (2º)

· Cuiabá (3º)

· Tangará da Serra (10º)

· São José dos Quatro Marcos (12º)

· Lucas do Rio Verde (13º)



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