Em busca de mudanças
Raimundo Azevedo Costa
Na eleição deste ano, observamos que
o eleitor brasileiro, principalmente o amapaense, modificou sua maneira de
escolher um candidato, tanto para presidente da república quanto para
governador, senador, deputado federal ou estadual.
Nas eleições anteriores, o eleitor
votava no candidato se este lhe desse cestas básicas ou quantias de dinheiro. A
famosa boca de urna. O que observamos hoje, embora essa situação ainda seja uma
realidade, que se operou uma ligeira diferença nisso tudo. Parece que, agora, o
candidato oferece, o eleitor aceita, mas assim que se encontra sozinho em casa
com a família, ele diz: Neste, nós não votaremos, porque ele nada fará por
nosso Estado. Assim observamos, sobretudo nas famílias mais carentes, que algo
começa a se alterar, ainda que muito ainda permaneça errado.
Lembro-me que, há pouco tempo, dei
uma entrevista no rádio e o interlocutor perguntou-me sobre minha opinião a
respeito do possível resultado do primeiro turno para a eleição de governador.
Eu respondi: "Pela minha experiência política, acredito que haveria um
segundo turno entre o governador Camilo Capiberibe, a máquina, e o
ex-governador Waldez Góes".
E de acordo com as pesquisas mais
tarde demonstradas ao logo do segundo turno, que ocorreu como o imaginado,
Waldez despontava na frente com margem de intenção de votos muito grande em
relação a Camilo. Mais tarde, o resultado, de fato, se confirmou.
Abro um parêntese aqui para me
manifestar sobre um aspecto que julgo importante. Ouvimos nossa presidente
reeleita dizer que começará a estudar a possibilidade de trabalhar junto ao
Congresso Nacional na elaboração de uma reforma política, inclusive
descartando a possibilidade de reeleições. Concordo com a ideia de tal reforma,
mas isto se a mudança for acompanhada de perto e promovida também pela
participação popular.
Devemos nos manifestar quanto ao
futuro do nosso país. E do nosso Estado. Essas ideias todas dispostas aqui se
juntam quando começamos a perceber que existe uma sede de mudança real e nós
podemos operar através dela. Devemos exercer nossa cidadania nas urnas, mas não
para por aí. Precisamos de mudanças, de verdadeiras mudanças. E a
verdadeira mudança começa com a efetiva e consciente inclusão da sociedade na
tomada de decisões.
Ainda nesse esforço, precisamos
pensar em políticas públicas para nosso Amapá. Segundo pesquisa divulgada na
mídia, o Amapá é o Estado mais preservado do Brasil, com suas florestas e
biodiversidade. Como manter esse status, desenvolvendo uma atividade agrícola
de peso, por exemplo? Tal potencial agrícola nós temos, e sabemos, e esperamos
que nosso governador eleito recentemente incentive projetos que venham
alavancar o progresso dessa e de outras áreas de produção. Que possamos começar
pelo campo, dando assistência às famílias rurais.
Tenho esperança de que o governador
eleito, com sua experiência já adquirida em outros mandatos, faça uma
administração em prol do crescimento sadio do Amapá, contemplando prontamente a
população em suas necessidades mais urgentes.
Aproveito ainda o espaço deste meu
artigo para parabenizar a todos os eleitos desse último pleito, e desejar que
desenvolvam um bom trabalho em benefício de todos. E na expectativa de que
Waldez fará grandes modificações em sua nova gestão, priorizando o interesse e
a necessidade do povo, eu acredito no Amapá!
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