quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Atleta de Ponta



 



“Meu sonho é a possibilidade de dividir o meu aprendizado criando um Projeto Social com as crianças de meu bairro, as Pedrinhas, tirando-as da rua. E essa visão continua mesmo estando aqui no Rio de Janeiro e isso vai me dar mais força para vencer e voltar e ajudá-las”.

Luiz Felipe Colares -  Atleta de MMA e Jiu jitsu.


A arte marcial mista, conhecida pelo nome em inglês MMA - Mixed Martial Arts, é uma modalidade que inclui tanto golpes em pé quanto técnicas no chão. O esporte possibilita ao praticante o uso de qualquer movimento das mais diferentes lutas como o boxe, jiu-jitsu, karatê, judô, tae-kwon-do, muay thai, entre outras.
De acordo com especialistas a saída das artes marciais para o octógono é uma transição difícil. Exemplificam a arte do Jiu-jitsu vs. MMA. “Quem não sabe lutar no chão não tem condições de sobreviver um round dentro do octógono, fato que pode estar tornando a transição dos atletas do jiu-jitsu para o MMA ainda mais complicada”, explica Augusto ‘Tanquinho’ Mendes que estreou no MMA com uma rápida vitória por finalização e afirmou que a transição tem que ser feita com cautela.

Como canja de galinha e cautela não faz mal a ninguém é que um amapaense, que se destacou no Amapá, no Jiu Jitsu, está no Rio de Janeiro treinando intensivamente para o MMA, e tentando chegar ao UFC. Luiz Felipe Colares ou Filipe “Cabocão” explica que sua passagem do tatame para o octógono veio após muita dedicação ao Jiu Jitsu que é considerado a base do MMA, além logico de outras modalidades. 

Conhecedor profundo da arte marcial, pois no Amapá seu cartel, constam quatro lutas, todas vencidas no primeiro round. Destas, três por finalização e uma por nocaute. Recentemente, Cabocão enfrentou o faixa preta de jiu-jítsu Eduardo Hanke, no Circuito Tallent, e finalizou o adversário.

 Praticante do MMA há cerca de quatro meses, ele se transferiu para a equipe Team Nogueira, no Rio de Janeiro, uma das mais respeitadas academias do segmento. Sonhando em chegar ao UFC (Ultimate Fighting Championship), o atleta vem intensificando preparação e acumulando experiência aguardando o grande momento. “Hoje estou treinando na Team Nogueira. Treino no comando dos mestres Edivaldo Badola e Everaldo Penco com cem por cento focado e determinado a meta determinada: A UFC. Estou treinando dois horários, e considero fundamental o apoio e torcida dos conterrâneos para que consiga ir mais longe no MMA.”.



Felipe Cabocão vem contabilizando excelentes resultados, mas sabe que ainda precisa de experiência. O lutador considera fundamental o apoio e torcida do amapaense. “Desde que vim para cá, tenho aprendido bastante. Assinei um contrato de quatro anos e acho que esse tempo vai ser fundamental para os meus planos. Fui muito bem recebido e acredito que a experiência de todos os colegas de treino e dos técnicos é extremamente positiva”.
Sempre existe um, porém, e o do Felipe são como de todo os atletas brasileiros, principalmente do Amapá, a falta de patrocínio. “No momento preciso de um apoio que possa custear minha estadia com alguma ajuda aqui no Rio de Janeiro, para que eu possa pagar a minha alimentação. Pois, as despesas estão sobrecarregando meus pais, os únicos que estão me ajudando financeiramente”.


Continuando o atleta diz que almeja chegar a lutar em eventos internacionais, “tenho um patrocínio de suplemento apenas, preciso de alguma ajuda para alimentação especializada, que ainda não tenho”. 



Sonhos de inclusão social

Quando estava no Amapá e se consolidava como um grande nome do jiu jitsu amapaense, o jovem Felipe Colares, sonhava em criar um Projeto Social, no Bairro das Pedrinhas para crianças em risco social, em uma entrevista ao Jornal Tribuna Amapaense em 2013, ele declarou: A possibilidade de dividir o meu aprendizado será criando um Projeto Social com as crianças de meu bairro. "No momento tenho visto muitas crianças no bairro que eu moro há 11 anos, das Pedrinhas, que são carentes, que ficam na rua e vão crescendo e aderindo a marginalidade. Eu já presenciei muitos jovens morrerem e se perderem nas drogas. Eu pretendo pegar essas crianças que estão sob esse risco e mostrar a elas o que é as artes marciais, dando-lhes a possibilidade de terem uma visão de futuro diferente, pensar alto, serem lutadores de Judô, Jiu-Jitsu e Taekwondo competitivos e de sucesso".

A reportagem o questionou se com as novas metas traçadas para sua vida de atleta esse sonho ainda era acalentado ele foi taxativo: “Meu sonho é a possibilidade de dividir o meu aprendizado criando um Projeto Social com as crianças de meu bairro, as Pedrinhas, tirando-as da rua. E essa visão continua mesmo estando aqui no Rio de Janeiro e isso me dar mais força para vencer e voltar e ajudá-las”.

Quem estiver interessado ajudar é acessar o perfil do Luiz Felipe na rede social – Facebook
(https://www.facebook.com/felipe.colares.75?ref=ts&fref=ts) e conversar com ele.

Um comentário:

  1. Vamos da apoio aos nossos atletas eles são a nossa esperança do amanhã, não é só dando apoio quando vencem uma luta e sim todos os dias.

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