sábado, 18 de outubro de 2014

IJOMA



IJOMA
Diocese de Macapá e OAB Amapá declaram apoio à entidade



Reinaldo Coelho

Uma missão do sacerdote católico e salvar e pastorear seu rebanho, ultrapassando as barreiras mundanas e levando a paz as almas e ao corpo sofrido da criatura.
Graças a Deus temos no Amapá um sacerdote aqui nascido e que vêm a 23 anos ajudando as suas ovelhas mais humildes com o amparo da caridade cristã dos membros da sociedade católicos ou não.  Padre Paulo Roberto Matias da Conceição, de família humilde, mesmo com uma infância cheia de  problemas de discriminação por sua cor e falta de recursos, superou através do amor, carinho e dedicação de seus pais e o vem fazendo até hoje.
A história não é apenas da infância, conta também sua trajetória de vida, o sacerdócio até a criação do Instituto do Câncer Joel Magalhães, o IJOMA, do qual é presidente e se propõe a ajudar pessoas diagnosticas com câncer no Estado do Amapá.
Porém, os mentirosos, manipuladores e deturpadores da verdade têm procurado destruir politicamente esse trabalho Primeiro, pensam que todas as demais pessoas são como eles. Depois, quando percebem que estão errados, ao invés de admitirem o erro passam a desacreditar as fontes e pôr sobre suspeita os fatos contrários às suas teses. Mesmo que para isso tenham que lançar mão dos argumentos mais incongruentes.
Padre Paulo vem recebendo o apoio da sociedade civil através de voluntariados e de empresários que reconhecendo a seriedade e a honestidade das ações que envolvem o IJOMA, aderem a esse projeto com toda a intensidade.
O IJOMA é uma entidade sem fins lucrativos; sem fins políticos. Não pode firmar convênios federal, estadual ou municipal. Não pode ter funcionários a disposição do estado e do município. A única e maio finalidade é a melhoria de vida do paciente e de sua família e melhorar a realidade estimulando o voluntariado e a valorização humana.   Trabalhar a prevenção e cuidar dos doentes que lhe pedem socorro.

Visita diocesana

Na última quarta-feira (15), IJOMA realizou um café da manhã em homenagem a visita do Bispo da Diocese de Macapá, José Pedro Conti, que veio visitar a entidade. Na oportunidade, o presidente da OAB, Paulo Campelo, compareceu e declarou total apoio do órgão ao Instituto.
Pacientes com câncer, funcionários e voluntários também estavam presentes, e alguns contaram suas histórias.
Padre Paulo Roberto, presidente do instituto, declarou a reportagem que a presença de dom Pedro José Conti, Bispo Diocesano de Macapá e do Drº Paulo Campelo, Presidente da OAB, sessão Amapá, “é a certeza de que estamos no caminho certo. O Ijoma recebendo duas personalidades da sociedade amapaense amadurece nos seus propósitos e aceitação pública. Coloca-nos no nível de uma das instituições mais sérias do Amapá. Quem ganha são os doentes e suas famílias, a sociedade em geral. Mostra que os que nos acusavam de entidade estelionatária estavam errados. Obrigado Dom Pedro, obrigado drº Paulo Campelo”.


Em um momento crucial na sua vida o professor, jornalista e escritor César Bernardo de Souza, portador de Câncer no intestino e que vem lutando bravamente contra esta nefasta doença e ainda encontra energia para ajudar voluntariamente as atividades do IJOMA. Leia sua explicação sobre a doença e seu tratamento:

POR QUE É MUITO DIFICIL A TRAJETÓRIA DO DOENTE DE CANCER NO AMAPÁ?
Porque aprendemos pouco sobre a doença, não nos preparamos para enfrenta-la de frente, escondemos a cabeça sob a areia, ignoramos a nossa própria história de desenvolvimento e crescimento populacional.
Perdemos muito de nossa existência e sequer nos apercebemos disso até hoje. Tomemos por exemplo o que nos conta a história da nossa ocupação. O que nos dizem os historiadores é que vivemos um tempo inicial em que se ergueram aqui duas grandes obras básicas para o estabelecimento de um núcleo populacional minimamente organizado: a Igreja São José e a Fortaleza São José.
E daí em diante fica um vazio muito grande quanto a novas instalações planejadas para o acolhimento e assistência das pessoas, que mesmo assim vão se estabelecendo nessas terras. Essa desassistência dura mais de um século, segundo os historiadores vai até a era Janary. É daí em diante que as pessoas daqui voltam a receber obras que facilitem mais seus projetos de vida e, mesmo deem qualidade aos seus labores.
Então o que temos é que da conclusão das duas primeiras grandes obras às demais que ainda temos edificadas pelo Governador Janary Gentil Nunes transcorreram centos e tantos anos, querendo significar que podíamos esperar quanto mais quisessem quem esperássemos para termos onde depositar nossas necessidades básicas. E assim tem sido: quantos anos esperamos para termos nossa universidade, aeroporto, asfalto, luz, elétrica, saneamento básico, água tratada, pontes de concreto, etc?
É nesse contexto que podemos situar a medicina oncológica para o doente no Amapá. Não estudamos, não formamos médicos e enfermeiras, não preparamos assistentes de enfermagens, não preparamos fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, odontólogos on-co-ló-gi-cos. Foi só a partir de 1998/99/2000 que se conseguiu dar à rede pública uma pequena estrutura para o enfrentamento ao câncer: UNACON.
Mas, e até antes disso? As pessoas morriam e se safavam “daquela doença”. Quantas morreram? Morreram como? Precisavam morrer?
A situação hoje é melhor, mas nem tanto. A estrutura privada melhorou, avançou bastante, e, no entanto, não temos ainda clínicos e cirurgiões oncológicos suficientes., não temos ainda a radioterapia instalada no estado. E não estamos nos preparando devidamente para a sua chegada, vez que não dispomos no estado de engenheiros e físicos nucleares para geri-la, nem radiologistas, nem conhecimentos técnicos básicos para manter o funcionamento básico dessa estrutura que tem que chegar.
Assim, como tenho dito, o sofrimento que o câncer tem espalhado entre nós não está propriamente na dependência direta de dinheiro, do paciente ter ou não posses., mas de uma assistência de urgência insuficiente. A família não sabe o que fazer com o seu doente em crise, nem sequer dispõe de um numero de telefone para os primeiros socorros.
E pior ainda para as famílias inteiramente desprovidas de recursos. Quem nos conhece sabe o desenho que tem a moradia que chamamos de bandola, assim como sabe como é o funcionamento de uma bandola sobre palafitas em tantas áreas alagadas circundantes da nossa cidade. Então pense, mentaliza aí dentro um doente de câncer em crise no meio de uma noite chuvosa. Pense!!
Rebata tudo isso para os doentes que estão distantes da capital Macapá.
Mas a luta continua, a sociedade está se organizando para superar isso. O IJOMA, esse Jornal Tribuna Amapaense, Hipper Center Fortaleza e outras iniciativas corajosas e pioneiras são sementes muito férteis que vão se transformar em arvores de raízes profundas, que vão com suas sombras transformar essas coisas.
O Grupo Fortaleza está mostrando que já podemos ter um hospital pelo menos do tamanho do prédio que eles construíram ali na Rua Leopoldo Machado entre Athaide Teive e Henrique Galucio ou aquele grupo familiar pode mais que um governo?
O objetivo do projeto é resgatar a dignidade do portador de CA (câncer), prioritariamente os mais carentes da nossa sociedade, contribuindo assim, com seu bem estar físico e emocional, bem como auxiliar os familiares na maioria das vezes desorientados e sem assistência social.


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