IJOMA
Diocese de Macapá e OAB Amapá declaram apoio à entidade
Reinaldo
Coelho
Uma missão
do sacerdote católico e salvar e pastorear seu rebanho, ultrapassando as
barreiras mundanas e levando a paz as almas e ao corpo sofrido da criatura.
Graças a
Deus temos no Amapá um sacerdote aqui nascido e que vêm a 23 anos ajudando as
suas ovelhas mais humildes com o amparo da caridade cristã dos membros da
sociedade católicos ou não. Padre Paulo
Roberto Matias da Conceição, de família humilde, mesmo com uma infância cheia
de problemas de discriminação por sua
cor e falta de recursos, superou através do amor, carinho e dedicação de seus
pais e o vem fazendo até hoje.
A história
não é apenas da infância, conta também sua trajetória de vida, o sacerdócio até
a criação do Instituto do Câncer Joel Magalhães, o IJOMA, do qual é presidente
e se propõe a ajudar pessoas diagnosticas com câncer no Estado do Amapá.
Porém, os
mentirosos, manipuladores e deturpadores da verdade têm procurado destruir
politicamente esse trabalho Primeiro, pensam que todas as demais pessoas são
como eles. Depois, quando percebem que estão errados, ao invés de admitirem o
erro passam a desacreditar as fontes e pôr sobre suspeita os fatos contrários
às suas teses. Mesmo que para isso tenham que lançar mão dos argumentos mais
incongruentes.
Padre
Paulo vem recebendo o apoio da sociedade civil através de voluntariados e de
empresários que reconhecendo a seriedade e a honestidade das ações que envolvem
o IJOMA, aderem a esse projeto com toda a intensidade.
O IJOMA é
uma entidade sem fins lucrativos; sem fins políticos. Não pode firmar convênios
federal, estadual ou municipal. Não pode ter funcionários a disposição do
estado e do município. A única e maio finalidade é a melhoria de vida do
paciente e de sua família e melhorar a realidade estimulando o voluntariado e a
valorização humana. Trabalhar a
prevenção e cuidar dos doentes que lhe pedem socorro.
Visita
diocesana
Na última quarta-feira
(15), IJOMA realizou um café da manhã em homenagem a visita do Bispo da Diocese
de Macapá, José Pedro Conti, que veio visitar a entidade. Na oportunidade, o
presidente da OAB, Paulo Campelo, compareceu e declarou total apoio do órgão ao
Instituto.
Pacientes
com câncer, funcionários e voluntários também estavam presentes, e alguns
contaram suas histórias.
Padre
Paulo Roberto, presidente do instituto, declarou a reportagem que a presença de dom Pedro José Conti, Bispo Diocesano de Macapá e
do Drº Paulo Campelo, Presidente da OAB, sessão Amapá, “é a certeza de que
estamos no caminho certo. O Ijoma recebendo duas personalidades da sociedade
amapaense amadurece nos seus propósitos e aceitação pública. Coloca-nos no
nível de uma das instituições mais sérias do Amapá. Quem ganha são os doentes e
suas famílias, a sociedade em geral. Mostra que os que nos acusavam de entidade
estelionatária estavam errados. Obrigado Dom Pedro, obrigado drº Paulo Campelo”.
Em um
momento crucial na sua vida o professor, jornalista e escritor César Bernardo
de Souza, portador de Câncer no intestino e que vem lutando bravamente contra
esta nefasta doença e ainda encontra energia para ajudar voluntariamente as
atividades do IJOMA. Leia sua explicação sobre a doença e seu tratamento:
POR QUE É MUITO DIFICIL A TRAJETÓRIA DO DOENTE DE CANCER NO
AMAPÁ?
Porque
aprendemos pouco sobre a doença, não nos preparamos para enfrenta-la de frente,
escondemos a cabeça sob a areia, ignoramos a nossa própria história de
desenvolvimento e crescimento populacional.
Perdemos
muito de nossa existência e sequer nos apercebemos disso até hoje. Tomemos por
exemplo o que nos conta a história da nossa ocupação. O que nos dizem os
historiadores é que vivemos um tempo inicial em que se ergueram aqui duas
grandes obras básicas para o estabelecimento de um núcleo populacional
minimamente organizado: a Igreja São José e a Fortaleza São José.
E daí em
diante fica um vazio muito grande quanto a novas instalações planejadas para o
acolhimento e assistência das pessoas, que mesmo assim vão se estabelecendo
nessas terras. Essa desassistência dura mais de um século, segundo os
historiadores vai até a era Janary. É daí em diante que as pessoas daqui voltam
a receber obras que facilitem mais seus projetos de vida e, mesmo deem
qualidade aos seus labores.
Então o
que temos é que da conclusão das duas primeiras grandes obras às demais que
ainda temos edificadas pelo Governador Janary Gentil Nunes transcorreram centos
e tantos anos, querendo significar que podíamos esperar quanto mais quisessem quem
esperássemos para termos onde depositar nossas necessidades básicas. E assim
tem sido: quantos anos esperamos para termos nossa universidade, aeroporto,
asfalto, luz, elétrica, saneamento básico, água tratada, pontes de concreto,
etc?
É nesse
contexto que podemos situar a medicina oncológica para o doente no Amapá. Não
estudamos, não formamos médicos e enfermeiras, não preparamos assistentes de
enfermagens, não preparamos fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas,
odontólogos on-co-ló-gi-cos. Foi só a partir de 1998/99/2000 que se conseguiu
dar à rede pública uma pequena estrutura para o enfrentamento ao câncer:
UNACON.
Mas, e até antes disso? As pessoas morriam e se safavam “daquela
doença”. Quantas morreram? Morreram como? Precisavam morrer?
A situação
hoje é melhor, mas nem tanto. A estrutura privada melhorou, avançou bastante,
e, no entanto, não temos ainda clínicos e cirurgiões oncológicos suficientes.,
não temos ainda a radioterapia instalada no estado. E não estamos nos
preparando devidamente para a sua chegada, vez que não dispomos no estado de
engenheiros e físicos nucleares para geri-la, nem radiologistas, nem
conhecimentos técnicos básicos para manter o funcionamento básico dessa
estrutura que tem que chegar.
Assim,
como tenho dito, o sofrimento que o câncer tem espalhado entre nós não está
propriamente na dependência direta de dinheiro, do paciente ter ou não posses.,
mas de uma assistência de urgência insuficiente. A família não sabe o que fazer
com o seu doente em crise, nem sequer dispõe de um numero de telefone para os
primeiros socorros.
E pior
ainda para as famílias inteiramente desprovidas de recursos. Quem nos conhece
sabe o desenho que tem a moradia que chamamos de bandola, assim como sabe como
é o funcionamento de uma bandola sobre palafitas em tantas áreas alagadas
circundantes da nossa cidade. Então pense, mentaliza aí dentro um doente de
câncer em crise no meio de uma noite chuvosa. Pense!!
Rebata
tudo isso para os doentes que estão distantes da capital Macapá.
Mas a luta
continua, a sociedade está se organizando para superar isso. O IJOMA, esse
Jornal Tribuna Amapaense, Hipper Center Fortaleza e outras iniciativas
corajosas e pioneiras são sementes muito férteis que vão se transformar em
arvores de raízes profundas, que vão com suas sombras transformar essas coisas.
O Grupo
Fortaleza está mostrando que já podemos ter um hospital pelo menos do tamanho
do prédio que eles construíram ali na Rua Leopoldo Machado entre Athaide Teive
e Henrique Galucio ou aquele grupo familiar pode mais que um governo?
O objetivo
do projeto é resgatar a dignidade do portador de CA (câncer), prioritariamente
os mais carentes da nossa sociedade, contribuindo assim, com seu bem estar
físico e emocional, bem como auxiliar os familiares na maioria das vezes
desorientados e sem assistência social.
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