Vigilantes
são novo alvo da gestão. Para o Estado, eles são milicianos
ROBERTO
GATO
Os protestos de
vigilantes da empresa LMS começaram na segunda-feira (13) com um protesto em
frente à Secretaria de Estado da Educação onde prestam serviço. Eles cobram
dois meses de salários atrasados referentes a agosto e setembro. “Outubro, para
entrar na relação, será apenas uma questão de dias”, disseram os manifestantes.
No total, 1.100 vigilantes de escolas públicas do Estado estão sem receber.
Cada um recebe R$ 1225 mais vantagens incorporadas.
A briga entre LMS
e Estado se arrasta pela Justiça a cada hora recebendo uma decisão diferente. A
mais recente, do desembargador Gilberto de Paula Pinheiro mandou suspender a
licitação da Secretaria de Estado da Educação devido a uma série de erros no
processo apontados pelos advogados da LMS.
Antes disso houve dois pareceres favoráveis, um deles do juiz
João Guilherme Lages que também decidiu pela suspensão do processo licitatório
para contratar novas empresas para atuar na vigilância desarmada de escolas do
Estado. A sentença foi resultado de um agravo de instrumento feito pelo
Sindicato das Empresas de Vigilância e Transportes de Valor do Estado do Amapá.
Outro entendimento favorável a LMS foi da juíza Liége Paes, que acompanhou o entendimento de Gilberto de Paula Pinheiro e João Lages. No dia 2 de julho, ela concedeu liminar ao Sindicato dos Vigilantes.
Outro entendimento favorável a LMS foi da juíza Liége Paes, que acompanhou o entendimento de Gilberto de Paula Pinheiro e João Lages. No dia 2 de julho, ela concedeu liminar ao Sindicato dos Vigilantes.
Até
agora, curiosamente o único posicionamento contrário à empresa foi do juiz
Paulo Madeira, da 6ª Vara Cível e de Fazenda
Pública de Macapá. Diferente dos outros magistrados, Madeira entendeu que a
Seed havia cumprido todas as exigências do certame e que que sindicato dos
Vigilantes, que interpôs uma das ações, estava equivocado.
A Secretaria da Educação chegou a declarar que a LMS teria 30 dias para deixar os 655 postos ocupados em todo o estado para dar lugar a outras empresas.
Muito embora tenha se acirrado agora, LMS e GEA brigam desde 2011 quando Camilo Capiberibe assumiu o governo do Amapá. O Estado já tentou por cinco vezes colocar licitações em prática para retirar a empresa. Quatro foram impugnadas por determinação judicial. No entanto, a LMS se mantém no contrato por decisões liminares.
A Secretaria da Educação chegou a declarar que a LMS teria 30 dias para deixar os 655 postos ocupados em todo o estado para dar lugar a outras empresas.
Muito embora tenha se acirrado agora, LMS e GEA brigam desde 2011 quando Camilo Capiberibe assumiu o governo do Amapá. O Estado já tentou por cinco vezes colocar licitações em prática para retirar a empresa. Quatro foram impugnadas por determinação judicial. No entanto, a LMS se mantém no contrato por decisões liminares.
O fato ocorrido esta semana envolvendo vigilantes que
protestavam por salários atrasados e o governador foi um prato cheio para ser
degustado no horário político eleitoral e nas redes sociais. O governador disse
ter sido vítima de uma tentativa de homicídio por parte de milicianos, termos
que usou para classificar os vigilantes. Durante o protesto, um dos
profissionais chegou a arremessar um capacete do vidro traseiro do carro que
conduzia governador. Vigilantes afirmar que o ato foi uma reação à tentativa de
atropelamento feita pelo motorista que dirigia o veículo. O homem acabou sendo
preso e teve início uma confusão generalizada.
No dia seguinte, os vigilantes procuraram veículos de
comunicação que lhes dessem espaço para falar da situação. Muitos choraram ao
falar do atraso no pagamento e das dificuldades financeiras pelas quais estão
passando e que vêm implicando no sustento da família.
A promessa do Estado é que a situação seria normalizada. Já
os vigilantes preferem comprovar com o contra cheque em mãos.
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