Waldez a todo o pano
No início da noite de sexta-feira no Jornal do Amapá,
produzido e apresentado pela TV Amapá afiliada da Rede Amazônica de Rádio e
Televisão foi divulgado pesquisa de opinião sobre a eleição para o governo do
Estado em segundo turno, com Waldez Góes e Camilo Capiberibe. Os percentuais de
intenção de voto não deixaram dúvida a militança pedetista e aos coordenadores
da campanha de que os ventos sopram favorável ao barco de Waldez Góes que vem
bordejando durante toda a campanha.
Segundo a pesquisa Ibope, feita no período de 14 a 16 de
outubro e que ouviu 812 eleitores Waldez Góes possui 58% das intenções de voto,
enquanto que Camilo Capiberibe 30%. Brancos e Nulos somam 7% e eleitores que
não sabem e não responderam somam 5%. O nível de confiabilidade da pesquisa é
de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.
Na linguagem dos velejadores bordejar é navegar em ziguezague
quando sua canoa está contra o vento e é exatamente o que Waldez Góes vem
fazendo, velejando contra o vento. E o vento que sopra contrário a Canoa de
Waldez foi a inexplicável Operação Mãos Limpas deflagrada no dia 11 de setembro
de 2010 mudando completamente os rumos das eleições no Amapá. Waldez Góes
liderava as pesquisas de intenção de votos para o Senado e Pedro Paulo
encostava em Lucas Barreto e tinha reais chances de vencer a eleição para o
governo.
Waldez Góes e Pedro Paulo foram presos e até hoje não
foram sequer ouvidos nesse Inquérito, no entanto, o adversário Camilo
Capiberibe, também envolvido na Operação, usou-a como bandeira de sua campanha
política esposando um discurso desbotado de combate à corrupção e se
apresentando como um candidato honesto.
Ao que parece a estratégia do Candidato Camilo
Capiberibe não deu certo e durante todo o processo eleitoral Waldez Góes vem
apresentando uma performance melhor que a do adversário. No primeiro turno
Waldez obteve 42,18% dos votos válidos enquanto que Camilo apenas 27,58%. Na
realidade o péssimo desempenho de Camilo Capiberibe está relacionado a uma
administração que a população reprova.
O Ibope não mediu apenas a intenção de voto,
investigou também a rejeição do governo do PSB e mais uma vez ficou constato a
desaprovação por parte do povo amapaense com relação a gestão do PSB. 32% dos
eleitores classificam como péssima a administração, 13% acham ruim, 29% acham
regular, 17% acham boa e 6% ótima. Mas Camilo Capibaribe tem contra si uma
rejeição muito grande. Segundo a pesquisa 51% dos eleitores não votam nele de
jeito nenhum e isso é fruto de uma administração letárgica e de uma política
econômica equivocada que provocou desemprego e quebradeira entre os micro e
pequenos empresários do Amapá, além do sucateamento na saúde e a crise na
segurança pública.
No segundo turno Waldez Góes também foi mais confiável
para os demais candidatos. Bruno Mineiro, Jorge Amanajás e Lucas Barreto
aderiram à campanha de Waldez que hoje tem como coordenador geral o senador
Gilvan Borges, que teve uma expressiva votação para o Senado e perdeu a cadeira
para uma manobra escusa dos adversários.
A pergunta que se impõe nesse momento é: Camilo
Capiberibe reverte esse quadro? Em política só não se viu boi voar, mas se
depender dos eleitores hoje, 61% dos entrevistados apostam que Waldez Góes
ganha a eleição. O jogo só acaba quando termina, dizia o folclórico Vicente
Mateus, então é aguardar o dia 26 de outubro e esperar a resposta das urnas.
Hoje Waldez Góes voltaria a ocupar a cadeira mais importante do Estado. Isso é
fato.
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