O pioneiro Luiz
Albuquerque Queiroz Brasiliense nasceu em Belém, Estado do Pará, em 20 de
outubro de 1921. Filho do odontólogo e farmacêutico pernambucano Dr. Luiz
Queiroz Brasiliense e da cearense D. Marieta Albuquerque Brasiliense. Estudou o 1º e 2º graus no
Colégio Nazaré em seguida ingressou na Faculdade de Odontologia do Pará,
formando-se em Odontologia em 1941. Ingressou posteriormente na Escola de
Instrução Militar em 1º de Abril de 1942, atuando até 04 de agosto de 1949, na
cidade do Rio de Janeiro quando deu baixa com a patente de capitão R-2, do
Exército Brasileiro, tendo prestado serviços na função de dentista, atendendo
soldados aquartelados no 26º Batalhão de Caçadores (26ºBC) e recrutas
convocados para o Exército praticando exames de saúde bucal. Atuou como
dentista em Belém do Pará, no consultório de seu pai, que também foi odontólogo
e farmacêutico, e com seu único irmão Dr. Humberto Albuquerque Queiroz
Brasiliense, também odontólogo. No ano de 1945, antes do final da Segunda
Guerra Mundial, serviu como comandante do Destacamento Militar na cidade de
Óbidos, no oeste do Pará, às margens do rio Amazonas, onde conheceu Nilce
Farias Brasiliense, de tradicional família obidense, com quem veio a casar-se
em 09 de janeiro de 1946, com a qual teve 09 filhos: Luiz Queiroz Brasiliense
Neto, hoje morando em Brasília, no DF; Iria Lúcia Brasiliense Leite, que foi
governadora do Lions no Ano Leonístico 2000/2001 e mora em Macapá, Amapá; Maria
Nilce Brasiliense Peruffo, médica e residente em Porto Alegre, Rio Grande do
Sul; Paulo Eduardo Farias Brasiliense, administrador de empresas, mora em Belém
do Pará; Nelson Fernando Farias Brasiliense, engenheiro civil, residente em
Macapá; Sérgio Roberto Farias Brasiliense, comerciante, mora em Macapá; Isa
Helena Farias Brasiliense, médica, ginecologista, residente em Brasília,
Distrito Federal; Ronaldo Brasiliense, conceituado repórter e jornalista
reconhecido nacionalmente; Maria do Socorro Brasiliense Zortea, administradora
de empresa, residindo em Porto Alegre, Rio Grande do Sul e Renato Silva
Brasiliense, de outra relação conjugal. Sua esposa, Nilce Farias Brasiliense,
faleceu em 1962. Com isso, o doutor Luiz Brasiliense ficou viúvo aos 40 anos
com nove filhos menores. Luiz Albuquerque Queiroz Brasiliense chegou ao então
Território Federal do Amapá em 1953, a convite do Governador à época, o Dr. Amílcar da Silva
Pereira, amigo e companheiro de Exército, ingressando no quadro de funcionários
do governo do Território em 10 de fevereiro de 1954, na Divisão de Saúde, na
função de dentista, indo inicialmente prestar serviços na cidade de Oiapoque,
onde nasceu seu filho Sérgio Roberto Brasiliense. Em 1955, foi transferido para
Mazagão. Em 1956, foi removido para Macapá enquanto aguardava a vinda do Dr. Armando Limeira de
Andrade para a capital quando iria substituí-lo na cidade de Amapá, onde
prestou seus serviços odontológicos em 1957 e 1958. Finalmente, em 1959, foi
residir de forma definitiva em Macapá. O doutor Brasiliense, como era
conhecido, foi uma pessoa alegre, competente e dedicada. Andou por todos estes
rincões das terras amapaenses, conquistando ao longo destes anos um grande
número de amigos, dentre os quais o farmacêutico Rubim Brito Aronovitch, os médicos Mário de Medeiros
Barbosa, Alberto da Silva Lima, Antônio Tancredi dentre outros; os dentistas Armando Andrade, Sylla Salgado; os enfermeiros Joaquim Bandeira
e Margarida Freire, e toda a equipe de Hospital Geral de Macapá. Participou de
todos os programas de saúde dentária nos municípios e localidades, tendo
atendido 12.402 pacientes interioranos fazendo extrações e obturações durante o
ano de 1956 acompanhando seus companheiros Armando Andrade e Sylla Salgado. Sua
ligação de amizade com Sylla, dizem que parecia de cão e gato, falando alto e
encrencando um com o outro por ocasião de suas partidas de pontinho ou
canastras todas as noites ao longo de tantos anos, quando também se divertiam
muito. Aposentou-se em 1989, transferindo sua residência para Belém do Pará,
onde faleceu em 19 de maio de 1995. Foi um excelente profissional, um grande
amigo, e um destacado pioneiro na História do Amapá.
Redação original de Coaracy
Sobreira Barbosa, extraída do Livro “Personagens Ilustres do Amapá, Vol. III” –
Edição digitalizada, não impressa graficamente.
A pedido do editor, o texto foi gentilmente revisado e
atualizado pela Sra. Iria Lúcia Brasiliense Leite, filha do biografado, antes
de publicarmos no blog Porta-Retrato.
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