HIV/AIDS:
Cresce 27%os número de casos no Amapá
Reinaldo Coelho
O dia 1° de dezembro foi lembrado como o Dia
Mundial da Luta contra a AIDS, mas de acordo com os resultados apresentados
pelo Ministério da Saúde, deveríamos manter esse trabalho nos 365 dias do ano,
pois infelizmente após queda nos diagnósticos positivos, voltaram a crescer e
assustadoramente é os jovens o grupo de riscos.
Essa tendência aconteceu devida o descuido
institucional, onde o governo baixou a guarda e diminui as informações a este
grupo que em sua maioria são menores de 15 anos e estão no inicio da puberdade
e a descoberta das atividades sexuais, quando os hormônios liberados não tem
tempo de usar os preventivos.
Essa geração, mesmo conscientizada, recebeu
informações de que existe o tratamento para o vírus do HIV, porém, desconhece
que a doença não tem cura e que este tratamento deverá obedecer a um
calendário, constante e ininterrupto, ou seja, terão uma vida com constantes
sobressaltos, que poderia ter sido evitada a tempo.
No Amapá, em 2012 eram 114 casos
diagnosticados, em 2013 esse número aumentou para 165, o ano de 2014 ainda não
foi contabilizado. Os números de mulheres e os adolescentes com a doença também
aumentaram. O mais alarmante que esses dados são os oficiais, mas o Ministério
da Saúde estima que só na região Norte exista mais de 100 mil pessoas que tem o
vírus e não sabem.
O número de jovens a partir dos 15 anos já se
contamina em sua primeira relação sexual. Outro quantitativo é em reação as
mulheres, que ainda não superam os homens, mas próximas de se igualar. De
acordo com a Coordenadoria Estadual de DST/AIDS, o índice de uma mulher
infectada para cada 18 homens aumentou, atualmente são 10 mulheres para cada 15
homens.
Os municípios com mais infestados pela doença
são Macapá, Santana, Oiapoque, laranjal do Jari, Calçoene e Porto Grande. Há 3
anos a epidemia se concentrava apenas na Capital, porém houve sua
interiorização, ou seja, atualmente se espalhou por todos os municípios do
Estado.
Reverter
Como forma de tentar reverter essa situação, a
Coordenação Estadual de DST Aids do Amapá realizou uma audiência pública na
sexta-feira (05) pela manhã, visando debater, pressionar o poder público e
conscientizar a população sobre as três normativas novas do Ministério da
Saúde, são elas: O tratamento precoce da doença; especialização das unidades
básicas de saúde para realizar o tratamento e descentralizá-lo, e a
distribuição da dosagem única combinada do remédio utilizado no tratamento.
Até novembro do ano passado, a pessoa que era
diagnosticada com HIV só poderia iniciar o tratamento se tivesse sua carga
viral do vírus na corrente sanguínea aumentada, mas percebeu-se que as pessoas
não realizavam periodicamente o exame de monitoramento, o vírus se desenvolvia
e a pessoa começava a transmitir a Aids. “Uma pessoa pode viver até 10 anos sem
sintomas e se a carga viral aumentar ela transmite a doença para outras pessoas
no caso de reação sexual sem camisinha”, diz a coordenadora estadual do programa
DST Aids, Silvia Maués.
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