A Vida de um convertido:
São Norberto - “Grande entre os grandes
e pequeno entre os pequenos”
Foi escrito dele,
867 anos atrás, que foi um dos mais eficazes colaboradores da reforma
gregoriana. Queria primeiramente que o clero fosse convenientemente preparado,
dedicado a um ideal de vida autenticamente evangélica e apostólica, casto e
pobre, um clero que possuísse “ao mesmo tempo a veste e a beleza do homem novo:
aquela pelo hábito religioso, esta pela dignidade do sacerdócio”, e que
procurassem sempre “seguir as sagradas escrituras e ter Cristo por seu guia”.
Costumava recomendar três coisas: “Decoro no altar e nos ofícios divinos; correção das faltas e negligências no
capitulo; cuidado e hospitalidade para com os pobres”.
Ao lodo dos
sacerdotes, que no mosteiro faziam às vezes dos Apóstolos, agregou, a exemplo
da Igreja primitiva, tamanha quantidade de fiéis leigos, homens e mulheres, que
muitos afirmavam jamais ter alguém conquistado para Cristo, desde os tempo
apostólicos, tantos imitadores na vida de perfeição, em tão pouco tempo.
Tendo sido
nomeado bispo, chamou os irmãos da sua ordem para converter á fé a região de
Lusácia; e procurou reformar o clero de sua diocese, apesar da oposição e
agitação do povo.
A sua maior
preocupação foi consolidar a aumentar a harmonia entre a Sé Apostólica e o
Império, salvaguardada, porém, a liberdade quanto às nomeações eclesiásticas.
Por tal motivo, o Papa Inocêncio ll escreveu-lhe: “A Sé Apostólica se
congratula contigo, filho dedicadíssimo, de todo o coração”. E o imperador o
nomeou chanceler do império.
Tudo ele
conseguiu movido pela fé mais intrépida. Dizia-se “Em Norberto brilha a fé,
como em Bernardo de Claraval a caridade”; além disso, distinguia-se pela
afabilidade no trato; “sendo grande
entre os grandes e pequenos entre os pequenos, mostrava-se amável para com
todos”.
Enfim, era
dotado de grande eloquência: contemplando e meditando assiduamente as
realidades divinas, pregava com o maior desassombro “a palavra de Deus cheia de
fogo, que queimava os vícios, estimulava as virtudes e enriquecia as alma bem dispostas com a sua sabedoria”.
Eis, caros
amigos, o que foi o Santo que festejamos ainda, depois de nove séculos. Dele se
escreveu e se escreve porque foi fiel ministro da Igreja, tendo Cristo por
guia. O seu zelo pastoral visava também os leigos para comprometê-los no
apostado e na prática da caridade. Mas o que mais ele fez, foi se preocupar e
incentivar vocações de verdadeiros pastores segundo o coração de cristo, que
alimentassem o povo para a vida eterna.
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