CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
O endométrio é um tecido altamente vascularizado que reveste
a parede interna do útero. Câncer de endométrio é um dos tumores ginecológicos
mais frequentes. Ele acomete principalmente as mulheres na pós-menopausa,
depois dos 60 anos. As estatísticas mostram que somente 20% das pacientes estão
na fase de pré-menopausa e, apenas 5% têm idade inferior a 40 anos.
Os carcinomas (80%) e os sarcomas (20%) constituem os tipos
mais comuns do câncer de endométrio. Desde que diagnosticados precocemente,
eles são curáveis em 90% dos casos.
Sintomas
São sinais indicativos do câncer de endométrio:
1. sangramento vaginal no período pós-menopausa ou, na
pré-menopausa, com frequência e intensidade diferentes das menstruações
habituais;
2. dor ou sensação de peso na pélvis (bacia);
3. corrimento vaginal branco ou amarelado (leucorreia) na
pós-menopausa, que advém algum tempo antes do sangramento.
Quando o tumor maligno de endométrio já se disseminou por
outras áreas do corpo (metástases extra-uterinas), os sintomas podem estar
correlacionados com o grau de comprometimento do órgão atingido. Por exemplo:
obstrução dos intestinos e dabexiga, tosse e dificuldade para respirar
(pulmões), icterícia (fígado), gânglios inchados (linfonodos) e tumores na
vagina ou na cavidade peritonial.
Diagnóstico
De maneira geral, o exame clínico só revela a presença de
câncer de endométrio nas fases mais avançadas. No entanto, sangramentos
uterovaginais, em especial na pós-menopausa, são indícios que exigem uma
avaliação ginecológica completa.
Para realizá-la, os seguintes exames de imagem são de
fundamental importância: ultrassonografia, curetagem e histeroscopia. Este
último permite visualizar o interior do útero e retirar uma amostra de material
para biópsia.
Tratamento
Uma vez diagnosticado o câncer de endométrio, é preciso
determinar a fase em que se encontra a doença: se o tumor está circunscrito no
útero ou se afetou outros órgãos. Essa avaliação é essencial para definir a
conduta terapêutica a ser adotada.
Nos estágios iniciais, o tratamento cirúrgico é o mais
indicado. Em geral, ele inclui a retirada do útero, das trompas e dos ovários e
também a remoção dos linfonodos, quando necessário.
Conforme as características de cada caso, depois da cirurgia,
a recomendação é introduzir tratamentos adjuvantes complementares como
quimioterapia, braquiterapia, radioterapia ou hormonioterapia.
Recomendações
• O exame de Papanicolaou não é suficiente para detectar
precocemente o câncer de endométrio. A prevenção exige um acompanhamento médico
sistemático e periódico;
• Menstruações após os 50 anos, especialmente se estiverem
associadas â obesidade e diabetes, é o principal fator de risco para o câncer
de endométrio;
• Pacientes mais jovens, que apresentam a doença nos estádios
iniciais e ainda desejam ter filhos, devem consultar um especialista em
fertilização assistida.
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