sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

EDITORIAL

No País das massas e das bolsas



Em um país de analfabetos, desempregados, desdentados, famintos e miseráveis, qualquer um que oferecer algo terá resposta imediata. O PT, historicamente surgido das massas menos favorecidas soube observar este cenário e tratou de inventar a “pólvora”.
Para acender o estopim e fazer a explosão, seguiu uma fórmula alquímica. Descaracterizou seu discurso marxista leninista e abriu a estrela solitária esquerdista para flertar com a extrema direita. O flerte foi certeiro com direito a conquistar o magnata José Alencar para a vice-presidência. E não é que deu certo. De uma hora para outra, Lula, o Inácio da Silva qualquer do ABC já não somente mais um candidato que todos os anos aparecia para competir e tão somente isso.
Os petistas tinham nas mãos a invenção do século, assim como o fogo e a roda. Eles ganharam o governo e passaram a degustar o delicioso, inebriante e viciante sabor do poder. Mas o que fazer para que ele não saísse do palato? Simples. Os alquimistas de Lula, olharam para fora da janela e vislumbraram o Brasil do lado de fora.
Ora, transformemos os analfabetos, desempregados, desdentados, famintos e miseráveis em força bruta de votos. Mas como? Simples, demos a eles uma moeda de troca e isso vai bastar para acomodá-los e conforma-los em sua pobreza. Afinal, a massa de Marx é fraca frente ao capital que tudo pode. E como o mundo precisa de heróis, o presidente da vez será o paternalista da hora. O pai dos pobres, o homem que possibilitou a chegada da tv em cores e do sofá no casebre que até então dispunha de um radinho de pilha e bancos improvisados com latas de manteiga.
De uma só tacada se colocava uma nova espécie de cabresto na intenção de voto do brasileiro e se garantiria o mecanismo necessário para a perpetuação do mesmo grupo nos altos píncaros do tão almejado poder. Ao povo não interessa criar políticas sérias para reduzir o desemprego que alimenta as bolsas paternalistas. Interessa sim, manter a miséria para se criar mais bolsas.

Sai Lula entra Dilma, Inácio, Rousseff, o que importa? Tudo está na mesma. O povo escravizado ao paternalismo institucionalizado onde o trabalho se resume a esperar o dia de entrar na fila para receber os trocados que lhe confirmam a condição de simples massa de manobra.   

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