No País das massas e das bolsas
Em
um país de analfabetos, desempregados, desdentados, famintos e miseráveis,
qualquer um que oferecer algo terá resposta imediata. O PT, historicamente
surgido das massas menos favorecidas soube observar este cenário e tratou de
inventar a “pólvora”.
Para
acender o estopim e fazer a explosão, seguiu uma fórmula alquímica.
Descaracterizou seu discurso marxista leninista e abriu a estrela solitária
esquerdista para flertar com a extrema direita. O flerte foi certeiro com
direito a conquistar o magnata José Alencar para a vice-presidência. E não é
que deu certo. De uma hora para outra, Lula, o Inácio da Silva qualquer do ABC
já não somente mais um candidato que todos os anos aparecia para competir e tão
somente isso.
Os
petistas tinham nas mãos a invenção do século, assim como o fogo e a roda. Eles
ganharam o governo e passaram a degustar o delicioso, inebriante e viciante
sabor do poder. Mas o que fazer para que ele não saísse do palato? Simples. Os
alquimistas de Lula, olharam para fora da janela e vislumbraram o Brasil do
lado de fora.
Ora,
transformemos os analfabetos, desempregados, desdentados, famintos e miseráveis
em força bruta de votos. Mas como? Simples, demos a eles uma moeda de troca e
isso vai bastar para acomodá-los e conforma-los em sua pobreza. Afinal, a massa
de Marx é fraca frente ao capital que tudo pode. E como o mundo precisa de
heróis, o presidente da vez será o paternalista da hora. O pai dos pobres, o
homem que possibilitou a chegada da tv em cores e do sofá no casebre que até
então dispunha de um radinho de pilha e bancos improvisados com latas de
manteiga.
De
uma só tacada se colocava uma nova espécie de cabresto na intenção de voto do
brasileiro e se garantiria o mecanismo necessário para a perpetuação do mesmo
grupo nos altos píncaros do tão almejado poder. Ao povo não interessa criar
políticas sérias para reduzir o desemprego que alimenta as bolsas
paternalistas. Interessa sim, manter a miséria para se criar mais bolsas.
Sai
Lula entra Dilma, Inácio, Rousseff, o que importa? Tudo está na mesma. O povo
escravizado ao paternalismo institucionalizado onde o trabalho se resume a
esperar o dia de entrar na fila para receber os trocados que lhe confirmam a
condição de simples massa de manobra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário