sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Rodolfo Juarez

A ENERGIA ELÉTRICA NO AMAPÁ

Rodolfo Juarez
Rodolfo Juarez <rodolfojuares@gmail.com>


Terminou o ano de 2014, mas não terminaram os atropelos decorrentes das repetidas faltas de fornecimento de energia elétrica no Amapá. Todos os dias, em bairros diferentes, o fornecimento de energia é interrompido sem que haja qualquer explicação antes ou depois do ocorrido.
Acontece que depois do ocorrido sempre sobra prejuízo para a população que, desavisada e sem saber o que fazer, apenas lamenta muito embora tenha notícia de que a empresa concessionária conta com um setor para tratar especificamente desse assunto, mas que está tão desacreditado que não representa confiança para ninguém.
O consumidor de energia elétrica no Estado do Amapá, que desde o ano passado convive com aumentos que engordam a sua conta de energia, muito embora não lhe seja informado os motivos desses aumentos. O fato é que o insuportável aumento de 40% anunciado pelo governo federal, além de não ser bem recebido por ninguém do povo, a empresa local, entregue pelo Governo para a Eletrobrás, não dá qualquer satisfação para deixar o consumidor menos intranquilo.
As notícias veiculadas nacionalmente indicam que um dos motivos da falta de energia ou o corte do fornecimento calculado pelo fornecedor, deve-se a não chegada do Linhão do Tucuruí no Amapá.
A pergunta do consumidor é a trivial: que culpa tem ele, o consumidor, pelo atraso na conclusão das obras?
Se for remontar a história política recente – e não tão recente assim – pelo menos três senadores já foram eleitos falando no Linhão do Tucuruí.
Agora, vencidos todos os prazos, é que o Governo vem com essa história de atraso prejudicial, alegando fatores como dificuldades por ser na floresta e falta de licença ambiental. É bom lembrar que a floresta já estava antes da elaboração dos primeiros estudos e a “tal” licença ambiental é dada pelo próprio governo.
Então porque a população tem que pagar o “pato”?
Estas justificativas já não convencem ninguém, pois os grandes favores aparecem nos termos aditivos, elaborados com a desculpa da busca do equilíbrio financeiro do contrato, muito embora o que se veja, é uma espécie de ação para tapar o sol com a peneira, depois que o acordo é celebrado, tudo continua como se nada tivesse prejudicado o andamento da obra e o cumprimento do cronograma.
Já chega de hipocrisia, de redundância nas justificativas. O que está faltando é o fortalecimento da fiscalização para que essa mesma fiscalização não seja “engolida” pela empresa e muito menos por qualquer conluio que envolva os processos das grandes obras.
Os aumentos no fornecimento de energia são contrários aos interesses da população, principalmente aquela mais pobre e que não tem mais qualquer reserva para suportar esses aumentos.
O aperto que o Governo Federal passa no momento não se deve aos pobres, mas sim àqueles que não conseguem ser agentes públicos que compreendam a sua função e sejam honestos.
Observa-se que o problema está maior que a capacidade de resolvê-los. O que fazer é um questão, portanto, de governo, mas é a população que está arcando com as consequências.  


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