sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

DE TUDO UM POUCO

JURACY FREITAS


                        O CARNAVAL E A CRISE FINANCEIRA ATUAL DO ESTADO.

            Para muitos, críticos ou não, posição ou oposição, amigos ou inimigos, céticos ou não, enfim, toda pessoa que tenha pleno discernimento para emitir um julgamento sob a ótica do momento do fato social ocorrido, que consiga entender ou compreender que no serviço público todo ato que envolva “ finanças públicas ( dinheiro ) “ está sob a égide das Leis de Diretrizes Orçamentária – LDO e Lei Orçamentária Anual - LOA, aprovadas pela Assembléia legislativa do Estado do Amapá, para o exercício de 2015.
            O que essas pessoas  precisam  conhecer, é que as leis citadas acima definem o caminho que a Administração Pública deve caminhar, porque nada fora delas pode ser executado, realizado, compromissado ou prometido. Portanto, é a Lei que rege o serviço público.
            Dentre as atividades programadas pela  Administração Estadual consta o Carnaval, que é festa popular, onde há o encontro de todas as raças, credos, classe social, etc... Mas para que isso venha a ocorrer, é necessário que conste do Orçamento o valor ou verba destinada a tal finalidade, assim como as verbas para a saúde, educação, segurança, entre outras. Tudo é planejado no exercício anterior, logo, previamente programado.
            A pergunta corrente dos céticos é “ porque gastar dinheiro com o Carnaval, já que outras necessidades mais prementes,  como a saúde, por exemplo, precisam de recursos? É simples. Há recursos orçamentários e a garantia do financeiro para custear tal investimento. Investimento ? Poderiam alguns argumentar. Sim!  Respondo tecnicamente, para que todos entendam que “ investimento “ é uma forma analógica inspirada na chamada “ espiral econômica “, isto é, movimenta a cadeira produtiva envolvida direta e/ou indiretamente no contexto. Explico a seguir como funciona e Você faz o julgamento ou a análise, se, porventura, é um dos céticos.
            O Governo do Estado, tem a verba no Orçamento para 2015. Tem, também,  a disponibilidade financeira, porque esta está vinculada à aquela. Recebendo da LIESA o  “ orçamento para custeio do carnaval “,  avalia se há recursos para tal, empenha, emite a ordem bancária ( só através dela tem validade jurídica ) diretamente para a conta da LIESA e aguarda a competente “ prestação de contas “ que deverá estar estribada na forma da lei, por tratar-se de “ recursos públicos “.
            Agora explico porque classifico de investimento : O dinheiro circula na praça de Macapá,  quando da compra de materiais necessários à  apresentação das Escolas; também para pagamento de profissionais autônomos ou empresas que militam nas áreas de engenharia, soldagem, desenho artístico, marceneiros, carpinteiros, eletricistas, historiadores, compositores,  músicos, puxadores de samba enredo, entre outras atividades profissionais, inclusive o Contabilista, que orienta a aplicação dos recursos, prepara e assina a prestação de contas que será entregue ao Governo do Estado.
            Na simples leitura do parágrafo anterior  vê-se que muitas Ciências estão representadas por suas especificidades:  Economia,  Engenharia,  Matemática,  Estatística, Contabilidade, Direito ( nada pode ser feito fora da Lei ), Desenho, História, Geografia, Coreografia, Estética, Administração Geral, Finanças, Cálculo Estrutural, ..... ( desafio Você a descobrir outras ).
            Percebe-se pois, que o “ investimento “ não só caracteriza um “ fato social “ ( que tem a participação do POVO, indistintamente, mas também faz girar a economia circundante : taxistas, vendedores autônomos, aluguéis de bens, comércio e prestadores de serviços em geral.
            E o Estado ganha o que ? Perguntam os mais céticos. Como para bom entendedor  meia palavra basta, diz o adágio popular, logo o dinheiro do “ investimento “ retorna em forma de TRIBUTOS ( impostos e taxas ) tanto estadual ( ICMS – comércio )  quanto  municipal ( ISS – serviços ). Com a arrecadação desses IMPOSTOS, o Orçamento estadual volta a recompor-se e poderá, sim, ser aplicado em serviços imprescindíveis à sociedade, como saúde, educação, segurança e outros.
            Diante dessas explicações parece-me que não haverá mais incertezas quanto ao São João, às festas natalinas e de fim de ano e, especificamente outras que tenham cunho participativo do POVO, porque é para ele o POVO que as Administrações Públicas devem obediência e respeito. É, também aquele velho ditado – “ tudo que vem, volta “. Essa é a missão dos Governos que têm a responsabilidade  social de servir à sociedade, sem distinção de classe social, cor, credo, partido político, etc....
            Dito e feito, arvoro-me trazer ao conhecimento da sociedade os dizeres inscritos no § 1º do art. 1º, da Constituição Estadual do Amapá – “ Todo o poder emana do povo e será exercido por seus representantes eleitos, ou diretamente, nos termos da Constituição Federal e desta Constituição “.
            Que assim seja, doravante.
Para reflexão semanal : Há muitos caminhos a serem percorridos. Cabe a cada um, de per si, escolher àquele que melhor lhe aprouver. (JF).

             


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