sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

EDITORIAL

Depois da tempestade

Definitivamente o Amapá passou por seus piores quatro anos recentemente. Tentou-se de todas as formas implantar por aqui uma republiqueta pseudo socialista bem aos moldes castristas e chavistas, claro que não deu certo a não ser no pensamento tacanho do então gestor.
Assim como Fidel, ele tentou governar para o próprio umbigo e esqueceu de um detalhe mais do que importante, o diálogo. E para que haja a execução de tal palavra é necessário ouvir para depois falar e vice e versa. Ao contrário, as coisas foram feitas em monólogo, de cima para baixo. Havia apenas um pensamento correto e único, o dele e pronto.
Não precisa dizer que o fracasso foi completo. Um destes setores a naufragar foi a segurança pública, que amargou o aumento desenfreado da criminalidade e colocou o Amapá em relatórios nacionais e internacionais como um dos Estados mais violentos.
Sem planejamento, o Amapá navegava à deriva tendo em seu timão um marinheiro de primeira viagem vaidoso o suficiente para não admitir que não sabia nada do que estava fazendo e cada vez se embrenhava ainda mais em mar aberto rumo a águas tortuosas.
Por fim o navio foi de encontro à tempestade e acabou naufragando com um rombo majestoso no casco. Antes, porém, todos os avisos foram dados com relação à mudança de rota. Nenhum foi escutado.
A nova tripulação tem a dura missão de fazer emergir a embarcação que foi a pique. E ainda remendar o enorme buraco do casco por onde a água inundou tudo. O trabalho começou é certo e ainda há muito o que fazer. A verdade é que o barco já começa a flutuar e agora tem rota definida e o comandante consulta a tripulação e as cartas de navegação.
Dentro, estão os passageiros confiantes no porto seguro e cansados de navegar à deriva. Agora, já em águas mais calmas já passam a confiar em quem os tripula. O mar está calmo e já não lembra mais aqueles dias de tempestade torrencial.
É, podemos sim ser comparados a este barco que passou quatro anos sem saber onde ia, como se fosse uma nau pilotada por uma criança impressionada com os botões da cabine de controle.
Um barco mal tratado que começa uma nova rota em uma nova época em novos ares. Os olhares para este rumo novo estão cheios de esperança. Uma esperança que nunca acabou, mesmo na época em que foi preciso afundar com o navio na certeza de vê-lo ressurgir depois.


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