Eu sou
aquela mulher que formou uma família através da força do amor,
eu sou aquela mulher que gerou filhos lindos através do milagre da vida.
Eu sou principalmente aquela valente mulher que viveu o plano mais lindo que Deus tem para cada ser humano, graças a minha coragem de renuncia...
e os planos de Deus nunca falha!
eu sou aquela mulher que gerou filhos lindos através do milagre da vida.
Eu sou principalmente aquela valente mulher que viveu o plano mais lindo que Deus tem para cada ser humano, graças a minha coragem de renuncia...
e os planos de Deus nunca falha!
Maria
Augusta Ventura Costa, educadora e administradora pública. 10 anos de
falecimento
Reinaldo Coelho
Uma pioneira, uma
guerreira: A força da mulher nas quatro
frentes de trabalho: Esposa, mãe, dono de casa e profissional. Apesar de
a situação ter mudado muito nos últimos anos, o ramo de administração pública
ainda possui uma mão de obra predominantemente masculina, uma das raras exceções
é a educação, onde a mulher tem seu destaque.
Esta semana estaremos
contando a trajetória de uma educadora e administradora pública municipal,
Maria Augusta Ventura Costa, que dedicou sua vida ao município de Macapá.
As dificuldades no
ambiente de trabalho foram superadas pela garra e paixão ao serviço público.
Natural de Belém, capital do Pará, Maria Augusta chegou até Macapá na década de
cinquenta acompanhando a irmã mais velha, a pioneira na medicina do Amapá,
Emília Martins Ventura Picanço que veio a convite exercer a medicina no então
Território Federal do Amapá. A jovem médica Emília Ventura, trouxe os pais
Eduardo Ventura Costa e na Dona Clemencia Martins Ventura, de origem portuguesa
e Augusta então com 21 anos de idade e caçula da família, enquanto se mantinha
em Belém a médica pediatra Clara Augusta Ventura e fazendo residência no Rio de
Janeiro a médica Alice Augusta Ventura. Além da Isaura do Vale e Adelaide
Menezes.
Trabalho
Uma exigência da
família era que os seus membros tinham de trabalhar e estudar, para manter a
mente ocupada e foi isso que Maria Augusta fez, logo começou a atuar na
Prefeitura de Macapá, na gestão do professor Heitor de Azevedo Picanço
lecionando na Escola do Elesbão em
seguida foi atuar na Escola Paroquial Padre Dário, administrada pelo Padre
Antônio Cocco, no Bairro do Trem (1959/1960) em seguida em 1961 na
administração do Doutor Ronaldo Souto Maior, atuou na Escola Heitor Picanço.
Retorno
a Belém
Com a indicação de
Heitor de Azevedo Picanço para representar o ex-Território Federal do Amapá,
junto a SUDAM foi posta a disposição daquele órgão na função de Secretária do Planejador
(61/63). Em 1964 Maria Augusta teve de
acompanhar sua mãe com problemas de saúde.
Família Ventura |
Durante esse período
Maria Augusta, em 21 de abril de 1964 contrai matrimônio com Manoel Santana dos
Santos Costa. Retorna a Macapá em 1968, trazendo no colo sua primogênita Rita
Florença Ventura e assume a direção da Escola Rondônia, na administração de
Augusto Pôrto Carrero. Em 1969 atuou na Campanha Nacional de Alimentação
Escolar (CNAE)
Implantação
da Câmara Municipal de Macapá
A nossa pioneira Maria
Augusta Ventura Costa, foi uma das primeiras servidoras do município de Macapá,
a servir na recém-estruturada Câmara Municipal de Macapá, assumindo a
Secretária de Administração e Finanças na gestão dos vereadores Stephan Houat e
Walter Banhos de Araújo (1969/1975).
Através da CMM participou de diversos cursos, estagiando na Câmara
Municipal de Belém (PA), do Curso de Funcionamentos das Câmaras Municipais em
Brasília e estagiou na Biblioteca do Serphan (DF)
Combate
ao analfabetismo
Retomou
suas atividades de educadora ao assumir a Assessoria de Relações Públicas da
Prefeitura de Macapá e a Presidência do MOBRAL/Comum/Macapá, na administração
do gestor Cleiton Figueiredo de Azevedo e de Domício Campos de Magalhães
(1977/1979). O Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL foi criado para
combater o analfabetismo dos adultos no Brasil. Mas logo após a queda do regime
militar o MOBRAL foi substituído pela Fundação EDUCAR extinta em 1990, pelo
então governo Collor.
Família
Mãe, esposa,
profissional, dona de casa, estudante... Assumir todos esses papéis diariamente
não é algo fácil. Mas em meio a todas as tarefas, a mulher vem se destacando e
demonstrando sua força para vencer cada jornada. Na década de 70, era papel
fundamental para uma mulher ser casada, mãe e dona de casa, porém a sociedade
foi evoluindo e a mulher foi ocupando espaços dentro do mercado de trabalho e
brigando pelo respeito que lhe é merecido. Ainda falta muito, porém um bom
caminho já foi percorrido. Maria Augusta Ventura Costa, foi um dos exemplos
desta briga, pois mesmo casada teve de criar seus filhos sozinha, logico com o
apoio de sua família, mais a responsabilidade ficou sendo sua, pois o esposo
Manoel Santana dos Santos Costa, foi estudar a faculdade de Direito em Belém
(PA) e retornava a Macapá somente nas férias, visto a dificuldade de transporte
e o custo financeiro de semanalmente aqui vir.
Para ajudar na economia
domestica, Maria Augusta verificou que uma das defasagens na administração
pública era bons datilógrafos, hoje digitador, e resolveu fundar uma Escola
Profissional de Datilografia, que denominou “Santa Rita”, instalada em uma das
salas de sua residência, localizada na Rua Eliezer Levy esquina com a Avenida
Presidente Vargas, onde formou e consegui classificar nos primeiros lugares em
todos os concursos realizados no Amapá.
Paralelo, atuava como
uma mãe severa e carinhosa na criação dos filhos Rita Florença, Eduardo Augusto
e Giovanni Paulo Ventura. Teve a felicidade ter a família se robustecido com as
netas Irma Ventura e Geovanna Ventura. Ficou viúva em 1981de Manoel Santana dos
Santos Costa, advogado.
Após a aposentadoria em 1997, Maria Augusta
retorna a Belém para acompanhar o termino da formação dos filhos e logo em
seguida os encaminha para o Amapá, para exercerem suas atividades
profissionais, demonstrando assim quando valorizava esse torrão Tucuju.
Para demonstrar a
grandeza dessa pioneira e o amor dela pela família e pelo Amapá, veio em
janeiro de 2005, fazer uma visita de férias e aqui ficou para sempre, Maria
Augusta Ventura Costa deixou este plano no Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2005.
Uma homenagem dos
filhos, familiares e amigos aos dez anos de falecimento dessa guerreira:
O dia oito de março de
2005 poderia ter sido um dia comum, mas não foi! Era o Dia Internacional da
Mulher e a data de falecimento da nossa querida Maria Augusta Ventura Costa.
Podemos dizer aqui para
todos vocês e com toda franqueza, que um pedaço de nós morreu. Morreu com a
partida dela. A mulher que amávamos e que com toda certeza nós amava também,
incondicionalmente.
Nada na vida acontece
por acaso, podem ter certeza. Você veio aqui para se despedir. Mulher forte,
valente, como poucos, que não existem mais. Generosa com todos. Confiava nas
pessoas e continuava confiando mesmo quando se decepcionasse, a batalhar pelos
meus objetivos e mesmo estando diante dos obstáculos da vida, lutar e não
desistir nunca. Creio que este era seu lema.
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