sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Pioneirismo







“Miccione exerceu sua profissão de torneiro mecânico com dedicação, era um perfeccionista, ensinou tudo que sabia aos seus funcionários, fez escola...”
Francisco Miccione, pioneiro amapaense ítalo-brasileiro.


Reinaldo Coelho


Esta semana a editoria do pioneirismo foi buscar na década de 50 um pioneiro que como a maiorias dos nossos desbravadores que vieram de outros estados e de outros países vieram com a garra e a dedicação de vencerem e transformar este rincão brasileiro em um Estado forte e rico. Francisco Miccione veio da Itália, que adotou o Brasil como pátria e o Amapá como lugar para morar por toda a vida.

Nascido em 13 de março de 1929, em Bitonto, chegou ao Brasil em 1951, e começou a trabalhar na Indústria e Comércio de Minérios (ICOMI), a mineradora de manganês, que deu folego para o recém-criado Território Federal do Amapá.

Porém, o espirito empreendedor desse jovem italiano não estava afeito a cumprir ordens, ele queria produzir e comandar sua própria empresa e seis anos depois já era empresário proprietário de uma oficina mecânica, localizada logo atrás do Hotel Macapá. Nasce assim a Mecânica Miccione, a primeira do Amapá, com serviços de solda, torno e mecânica em geral, com a qual passa a manter a família. Era uma revolução tecnológica para a época no carente território federal.





Ampliou a oficina, passando a fabricar hélices e eixos para embarcações, engrenagens e muitas outras peças, contribuindo para o desenvolvimento do Estado, pois era praticamente impossível na época adquirir estes produtos fora do Estado.

Miccione exerceu sua profissão com dedicação, um perfeccionista, ensinou tudo que sabia aos seus funcionários, fez escola...
 




As amizades recém-angariadas deram força a esse empreendedor que de estrangeiro só tinha o sotaque, e como italiano logo teve em seus conterrâneos, os padres missionários que aqui pregavam o ministério cristão o apoio entre eles o primeiro Bispo Prelado de Macapá, Dom Aristides Piróvano, outro visionário do desenvolvimento local, que através de suas obras na Prelazia de Macapá, ajudou o desenvolvimento econômico do Amapá e produziu oportunidades de trabalho para os macapaenses.
Emilia, Dona Odete e Francisco Miccione

A eterna companheira e esposa, presença constante de todas as horas a esposa Odette Góes Miccione. Eles contraíram núpcias, e o oficiante do casamento foi o padre Antonio Cocco, outro pioneiro italiano, que construiu a Igreja Nossa Senhora da Conceição e trabalhou o coração, a alma e o corpo de centenas de jovens que hoje trilham o caminho do bem pela luz de suas orientações.

Desse amor eterno entre Francisco e Odete nasceram cinco filhos, Emília (Licenciatura em Letras), Domênico, (Licenciatura em Matemática), Francisco (Cirurgião Dentista), Sidou (Advogado) e Aristides (Administrador). A maior de todas as alegrias de Francisco Miccione foi conseguir e participar das formaturas de todos os filhos.

Naturalizado brasileiro

A concretização da realidade já assumida no seu coração, a de ter a nacionalidade brasileira foi materializada em 12 de setembro de 1978, o certificado de naturalização de brasileiro. O evento aconteceu em clima de solenidade no Fórum de Macapá e uma das maiores alegrias desse novo ítalo-brasileiro.


Por três vezes foi presidente do Rotary Clube de Macapá, às quartas-feiras sempre presente nas reuniões às 20h na sede do Esporte Clube Macapá.
Foi Maçom da loja Duque de Caxias, onde seu corpo foi velado no dia do seu aniversário, 13 de março de 1990.

DESCENDÊNCIA DE FRANCISCO MICCIONE
 
Francisco e Helo Miccione na terra natal paterna
Sidou e Socorro Miccione












EMILIA MICCIONE 



DOMENICO MICCIONE E ESPOSA

ARISTIDES MICCIONE


















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