“Miccione
exerceu sua profissão de torneiro mecânico com dedicação, era um
perfeccionista, ensinou tudo que sabia aos seus funcionários, fez escola...”
Francisco Miccione, pioneiro amapaense
ítalo-brasileiro.
Reinaldo Coelho
Esta semana a editoria do
pioneirismo foi buscar na década de 50 um pioneiro que como a maiorias dos
nossos desbravadores que vieram de outros estados e de outros países vieram com a garra e a dedicação de vencerem e transformar este rincão brasileiro em um Estado forte e rico. Francisco
Miccione veio da Itália, que adotou o Brasil como pátria e o Amapá como lugar
para morar por toda a vida.
Nascido em 13 de março de
1929, em Bitonto, chegou ao Brasil em 1951, e começou a trabalhar na Indústria
e Comércio de Minérios (ICOMI), a mineradora de manganês, que deu folego para o
recém-criado Território Federal do Amapá.
Porém, o espirito
empreendedor desse jovem italiano não estava afeito a cumprir ordens, ele
queria produzir e comandar sua própria empresa e seis anos depois já era
empresário proprietário de uma oficina mecânica, localizada logo atrás do Hotel
Macapá. Nasce assim a Mecânica Miccione, a primeira do
Amapá, com serviços de solda, torno e mecânica em geral, com a qual passa a
manter a família. Era uma revolução tecnológica para a época no carente
território federal.
Ampliou a oficina,
passando a fabricar hélices e eixos para embarcações, engrenagens e muitas
outras peças, contribuindo para o desenvolvimento do Estado, pois era
praticamente impossível na época adquirir estes produtos fora do Estado.
Miccione exerceu sua
profissão com dedicação, um perfeccionista, ensinou tudo que sabia aos seus
funcionários, fez escola...
As amizades
recém-angariadas deram força a esse empreendedor que de estrangeiro só tinha o
sotaque, e como italiano logo teve em seus conterrâneos, os padres missionários
que aqui pregavam o ministério cristão o apoio entre eles o primeiro Bispo
Prelado de Macapá, Dom Aristides Piróvano, outro visionário do desenvolvimento
local, que através de suas obras na Prelazia de Macapá, ajudou o
desenvolvimento econômico do Amapá e produziu oportunidades de trabalho para os
macapaenses.
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| Emilia, Dona Odete e Francisco Miccione |
A
eterna companheira e esposa, presença constante de todas as horas a
esposa Odette Góes Miccione. Eles contraíram núpcias, e o oficiante do casamento
foi o padre Antonio Cocco, outro pioneiro italiano, que construiu a Igreja
Nossa Senhora da Conceição e trabalhou o coração, a alma e o corpo de centenas
de jovens que hoje trilham o caminho do bem pela luz de suas orientações.
Desse
amor eterno entre Francisco e Odete nasceram cinco filhos, Emília (Licenciatura
em Letras), Domênico, (Licenciatura em Matemática), Francisco (Cirurgião
Dentista), Sidou (Advogado) e Aristides (Administrador). A maior
de todas as alegrias de Francisco Miccione foi conseguir e participar das
formaturas de todos os filhos.
Naturalizado brasileiro
A
concretização da realidade já assumida no seu coração, a de ter a nacionalidade
brasileira foi materializada em 12 de setembro de 1978, o certificado de
naturalização de brasileiro. O evento aconteceu em clima de solenidade no Fórum
de Macapá e uma das maiores alegrias desse novo ítalo-brasileiro.
Por três vezes foi
presidente do Rotary Clube de Macapá, às quartas-feiras sempre presente nas
reuniões às 20h na sede do Esporte Clube Macapá.
Foi Maçom da loja Duque
de Caxias, onde seu corpo foi velado no dia do seu aniversário, 13 de março de
1990.
DESCENDÊNCIA DE FRANCISCO MICCIONE
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| EMILIA MICCIONE |
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| DOMENICO MICCIONE E ESPOSA |
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| ARISTIDES MICCIONE |













História linda do meu avô..
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