sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

RDM Se reerguendo das “cinzas”

        

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Se reerguendo das “cinzas”





Depois de quatro anos de descaso e abandono por parte da gestão de Camilo Capiberibe, a Rádio Difusora de Macapá vem se reerguendo e aos poucos retomando suas funções fundamentais. Em menos de um mês, a emissora retomou o jornalismo e colocou no ar uma nova grade de programação voltada para os ouvintes que a acompanham há anos e para os que estão chegando agora.

Da Redação





























Rádio Difusora se reergue depois de quatro anos de abandono e uso político

Este ano a Rádio Difusora de Macapá completa 69 anos. São quase sete décadas de serviços prestados à comunidade do Amapá e muita história para contar em tantos anos. A rádio veio de um serviço de auto falantes que existia no centro da cidade na longínqua década de 40. A rádio foi a primeira emissora do Estado. A ZYE 2 foi fundada em 11 de setembro de 1946 e pertencia ao Governo do então Território Federal do Amapá.


Em 1978 foi desativada e cedida para a Radiobrás. Neste ano o nome da emissora foi mudado para Rádio Nacional de Macapá e em 1988, ano de criação do Estado do Amapá, foi comprada pelo Governo Estadual voltando a se chamar Rádio Difusora. Está no ar atualmente na frequência 630 kHz (Onda Média ou Amplitude Modulada) e 4.915 kHz (Onda Tropical).

Praticamente todos os grandes nomes do jornalismo amapaense passaram pelos microfones da “velha boa”, um dos carinhosos apelidos da rádio, que hoje tem o slogan de “a rádio do povo” em alusão à reaproximação da emissora com a população, implementada pela nova gestão que assumiu em janeiro. A difusora colocou sua nova programação no ar no dia do aniversário de 257 anos da cidade, 4 de fevereiro. Uma festa que reuniu além do governador Waldez Góes e do vice Papaleo Paes, várias outras autoridades.

Café da manhã e um bolo de 20 metros de comprimento foi colocado na frente da rádio e servido à população. No palco, várias atrações locais fizeram a festa até a feijoada servida no almoço. Na opinião da população, ouvida durante a semana que antecedeu o evento e no dia da festa, a difusora está resgatando a relação de proximidade que mantinha com os ouvintes e perdeu gradativamente ao longo de quatro anos que encerraram com a derrota da gestão de Camilo Capiberibe e seu amarelado PSB. Os microfones da rádio, nesse período foram somente usados para atacar adversários políticos e bajular o gestor de plantão. O jornalismo em sua essência, antes considerado referência foi deixado de lado. A rádio, como veículo de comunicação deixou de cumprir seu papel fundamental, informar e entreter.  


À frente da direção geral da Rádio Difusora, desde 5 de janeiro, o jornalista Roberto Gato tem sentido de forma mais próxima o desastre que foi a gestão passada para a emissora que faz parte da história do Amapá. Descaso, imaturidade, falta de compromisso e tantos outros pontos negativos puderam ser enumerados em relatórios elaborados pela direção dos setores da rádio e revelaram informações que chegam a assustar. 


É o caso da Unidade Técnica que atestou o sumiço da caixa de sintonia do transmissor de ondas tropicais, fundamental para o perfeito funcionamento da rádio. O equipamento desapareceu do parque transmissor que fica na rua Leopoldo Machado.

No local, a situação de abandono estava ainda mais precária. Fiação foi furtada e os radiais que deveriam estar com arame apropriado receberam material improvisado. O resultado foi a diminuição da potência e da qualidade do sinal da rádio. Outro ponto que reforça o abandono foi o matagal que tomou conta do terreno, que por pouco não é invadido. Na estrutura onde fica o gerador, um cabo de vassoura dava o apoio para que o equipamento não caísse. Até uma caminhonete “depenada” foi encontrada no terreno.

As providências passaram a ser tomadas nos dias que se seguiram à mudança na direção da rádio para resgatar o patrimônio da emissora que marcou história na comunicação do Amapá.


Voltando ao prédio onde funciona a emissora, inspeções documentadas em fotografia revelaram mais problemas. Os cupins tomaram conta de toda a estrutura de madeira, que ameaçava ruir. No forro de uma das salas foi encontrada uma “colônia” de cerca de dois metros que abrigava os insetos. 


Um dia antes da festa de lançamento da nova programação, o resultado dos estragos causados por quatro anos de descaso veio novamente à tona. Durante o temporal que caiu na cidade, o primeiro bloco da rádio ficou alagado devido a inúmeras goteiras. Documentos e móveis tiveram que ser retirados às pressas pelos funcionários dos departamentos afetados. Em seguida, todos se muniram de rodos para tentar escorrer a água que caía em cascata dentro do prédio. A “batalha” durou pelo menos duas horas.

SUPERAÇÃO

Apesar de todos os problemas, o sentimento não só da nova gestão da difusora, e do Estado, é a reconstrução. A grade de programação lançada dia 4, pode ser apontada como a primeira conquista no processo de reaproximação da emissora com a população. O interesse do ouvinte pelos programas vem sendo notado em todos os programas de entretenimento e jornalismo. A opinião de quem ouve a difusora é de que “estamos sentindo as coisas mudando e a rádio dando interesse para o povo”. A quantidade de pessoas que compareceram à festa do último dia 4 confirmou os comentários. A programação de lançamento da nova grade, segundo a direção, foi apenas o primeiro passo de uma série de eventos programados para os próximos meses sempre valorizando os ouvintes da emissora e os artistas locais. É a Difusora voltando a ser “a rádio do povo”.          


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