RDM
Se reerguendo das
“cinzas”
Depois de quatro anos de
descaso e abandono por parte da gestão de Camilo Capiberibe, a Rádio Difusora
de Macapá vem se reerguendo e aos poucos retomando suas funções fundamentais.
Em menos de um mês, a emissora retomou o jornalismo e colocou no ar uma nova
grade de programação voltada para os ouvintes que a acompanham há anos e para
os que estão chegando agora.
Da Redação
Rádio Difusora se
reergue depois de quatro anos de abandono e uso político
Este ano a Rádio
Difusora de Macapá completa 69 anos. São quase sete décadas de serviços
prestados à comunidade do Amapá e muita história para contar em tantos anos. A
rádio veio de um serviço de auto falantes que existia no centro da cidade na
longínqua década de 40. A rádio foi a primeira emissora do Estado. A ZYE 2 foi fundada em 11 de setembro de 1946 e pertencia ao Governo do então Território Federal do Amapá.
Em 1978 foi desativada e cedida
para a Radiobrás. Neste
ano o nome da emissora foi mudado para Rádio Nacional de Macapá e em 1988, ano de criação do Estado
do Amapá, foi comprada pelo Governo
Estadual voltando a se chamar Rádio Difusora.
Está no ar atualmente na frequência 630 kHz (Onda Média ou Amplitude
Modulada) e 4.915 kHz (Onda Tropical).
Café da
manhã e um bolo de 20 metros de comprimento foi colocado na frente da rádio e
servido à população. No palco, várias atrações locais fizeram a festa até a
feijoada servida no almoço. Na opinião da população, ouvida durante a semana
que antecedeu o evento e no dia da festa, a difusora está resgatando a relação
de proximidade que mantinha com os ouvintes e perdeu gradativamente ao longo de
quatro anos que encerraram com a derrota da gestão de Camilo Capiberibe e seu
amarelado PSB. Os microfones da rádio, nesse período foram somente usados para
atacar adversários políticos e bajular o gestor de plantão. O jornalismo em sua
essência, antes considerado referência foi deixado de lado. A rádio, como
veículo de comunicação deixou de cumprir seu papel fundamental, informar e
entreter.
No
local, a situação de abandono estava ainda mais precária. Fiação foi furtada e
os radiais que deveriam estar com arame apropriado receberam material
improvisado. O resultado foi a diminuição da potência e da qualidade do sinal
da rádio. Outro ponto que reforça o abandono foi o matagal que tomou conta do
terreno, que por pouco não é invadido. Na estrutura onde fica o gerador, um
cabo de vassoura dava o apoio para que o equipamento não caísse. Até uma
caminhonete “depenada” foi encontrada no terreno.
As
providências passaram a ser tomadas nos dias que se seguiram à mudança na
direção da rádio para resgatar o patrimônio da emissora que marcou história na
comunicação do Amapá.
Voltando
ao prédio onde funciona a emissora, inspeções documentadas em fotografia
revelaram mais problemas. Os cupins tomaram conta de toda a estrutura de
madeira, que ameaçava ruir. No forro de uma das salas foi encontrada uma
“colônia” de cerca de dois metros que abrigava os insetos.
SUPERAÇÃO
Apesar
de todos os problemas, o sentimento não só da nova gestão da difusora, e do
Estado, é a reconstrução. A grade de programação lançada dia 4, pode ser
apontada como a primeira conquista no processo de reaproximação da emissora com
a população. O interesse do ouvinte pelos programas vem sendo notado em todos
os programas de entretenimento e jornalismo. A opinião de quem ouve a difusora
é de que “estamos sentindo as coisas mudando e a rádio dando interesse para o
povo”. A quantidade de pessoas que compareceram à festa do último dia 4
confirmou os comentários. A programação de lançamento da nova grade, segundo a
direção, foi apenas o primeiro passo de uma série de eventos programados para
os próximos meses sempre valorizando os ouvintes da emissora e os artistas
locais. É a Difusora voltando a ser “a rádio do povo”.
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