sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Rodolfo Juarez

­Artigo – 18 de fevereiro de 2015

A VIDA QUE SEGUE
Rodolfo Juarez
Passou o carnaval e todos voltam à realidade. O período de festas foi intenso, longo e serviu para adiar compromissos, alguns considerados inadiáveis antes do período de Momo, mas que acabou sendo relevado depois que boa parte da população ficou de frente com a grande festa.
Para a maioria foram quatro dias, para outros cinco, mesmo assim tem gente que ou ainda não acordou ou se acordou, não quer levantar por causa dos compromissos que estão adiados pela força do carnaval.
Ir a luta é uma obrigação!
E lá vamos todos nós enfrentarmos a dura realidade depois da ilusão trabalhada nestes quatro dias que contabilizaram novos devedores, alguns arrependimentos ou a curtição dos excessos sobre as diversas formas.
Mesmo assim há aqueles que estão satisfeitos. Estes são os privilegiados que, além de se divertirem ainda sabem que o final do mês está salvo e que as contas estão em dia.
Os casais que brincaram juntos e que agora estão lamentando juntos sabem que têm de trabalhar dobrado, uma vez que o almoço e a janta continuam obrigatórios e têm de serem postos à mesa todos os dias, independente da festa ou das brincadeiras ou viagens feitas durante o carnaval.
Ao que parece o tamanho do mês de fevereiro deste ano vai ser a salvação de alguns que já estão pensando no dia 27, último dia útil do mês, para recomeçar a vida com maior organização, com menor desperdício e dentro dos limites que os gastos do carnaval impuseram.
Aqueles que trabalharam no período das festas têm a desculpa de que nem tiveram tempo para gastar fora do que limita o conta-gotas do seu salário.
Mas é preciso trabalhar, chegar com vontade para recuperar o período de afastamento, mesmo precisando de tempo para contar as histórias do período do reinado de Momo, como também para reclamar das dificuldades que deve enfrentar daqui por diante, no mínimo até o final do mês.
É a luta da coerência com a vontade, desta vez vencida pela vontade que não deixou por menos e exigiu os gastos que agora são lamentados. Foram abadás, bebidas, churrascos, transportes e mais uma série de gastos que ficaram pulando na frente das pessoas mais do que os colegas carnavalescos.
Tomara que a lição fique para alguns, pois, depois da festa sempre vem as lamentações, principalmente daqueles que beijaram demais e estão arrependidos; que pularam demais e estão doídos; que gastaram demais e ainda emprestaram do amigo para pagar quinta-feira.
O consolo para alguns é que ano que vem tem mais, muito mais, mesmo para aqueles que estão arrependidos ou insatisfeitos, seja lá por que for ou com quem quer que seja.
Avante foliões, a vida segue e os problemas não foram esgotados no carnaval como pensado.


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