Responsabilidade sem medo
O Brasil enfrenta um momento
delicado da sua vida política. A corrupção brasileira da esquerda e a da
direita está deixando a sociedade atônita e insegura com relação ao seu futuro.
As consequências da malversação de recursos públicos lá, no Brasil, quanto cá, afetam
diretamente prestação do serviço público comprometendo a execução da função
pública norteados pelos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
Publicidade e Eficiência.
Quanto a gestão não observa esses
princípios a qualidade do serviço cai e naturalmente tudo funciona de forma
precária e a população, principalmente a mais carente é quem sofre as
consequências. E ai as forças políticas antagônicas utilização como instrumento
de debate as acusações e essa prática nefasta passa a permear as relações
políticas. No Brasil, tivemos recentemente o escândalo do mensalão e na
sequência, quando alguns atores acusados de envolvimento no episódio foram
presos, veio o petrolão. Das figuras exponenciais da política tupiniquim poucos
conseguem passar incólume pelos inquisidores. Na relação da distribuição de
dinheiro a turma do Partido dos Trabalhadores e do Partido do Movimento
Democrático Brasileiro e aliados de ambos estão, na sua maioria, acusados de
favorecimento ilícito.
A má gestão do dinheiro público e
suas consequências nacionais são agudizadas quando os estados não fizeram o
dever de casa e, principalmente, pela mesma prática corrupta, a crise nesses entidades
federadas ganharam contornos bem maiores, pois o dinheiro que vem pela via
institucional, Fundo de Participação dos Estados, convênios, emendas
parlamentares e etc., são mal aplicados. O Amapá foi um exemplo disso. Nos
últimos quatro anos pouco ou quase nada andou no estado. Setores estratégicos,
como saúde, educação e segurança foram sucateados. As demais pastas também e consequentemente
não cumpriram com seus papéis, porém, os três setores citados são os que a
população, de baixa renda, mais acessa e, quando esses se mostram ineficientes,
o quadro é verdadeiramente de caos.
Isso tudo é verdade e os números
e valores sobre o Amapá já foram amplamente divulgados, me permitam não
citá-los, pois são dívidas estratosférica e, sem contar com a desmotivação
completa do servidor público que foi tratado de forma desrespeitosa. Os
prestadores de serviço e fornecedores nem se fala. Mas é na crise também que se
conhece os bons. Austeridade e responsabilidade com a coisa pública é um
binômio que deve ser respeitado por qualquer gestor que esteja servindo uma
gestão pública, porém não pode ser esquecido que é preciso prestar um serviço
ao público de qualidade e, em todos os setores que na administração pública são
complementares, pois nem toda a população tá doente, nem toda a população corre
risco de morte e nem toda a população enfrenta problema com a educação. Embora
é fato que a maioria enfrenta e por isso o governador do Amapá, por exemplo, acertadamente
elegeu as três pastas como a prioridade das prioridades. E deve ser assim,
porém “nosotros” deveremos
usar a criatividade, ousar e colocar um serviço de qualidade a disposição da população
e o cerne do governo deve incentivar a criatividade a ousadia responsável, pois
do contrário corremos o sério risco de sermos considerados os corretos
medrosos, ou seja, os que não agem para não errar. Sou da opinião que errar faz
parte do processo, e errar na boa intenção de acertar é mais válido, mas muito
mais válido do que a omissão.
O povo espera e espera muito
dessa gestão. Percebo um Waldez Góes determinado para fazer um governo que
amenize o sofrimento da população que passou quatro longos comendo o pão que o
Cramulhão amaçou. O povo merece respeito e vejo um governador focado nisso e
exigindo de todos que as pessoas e as cidades sejam bem cuidadas. Falta
dinheiro, mas nunca gestão. Quem arrisca petisca. Vamos arriscar, o povo do
Amapá merece uma ousadia responsável daqueles a quem Waldez Góes confiou a
missão de servir ao povo.
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