sexta-feira, 6 de março de 2015

ARTIGO DO GATO


Responsabilidade sem medo


O Brasil enfrenta um momento delicado da sua vida política. A corrupção brasileira da esquerda e a da direita está deixando a sociedade atônita e insegura com relação ao seu futuro. As consequências da malversação de recursos públicos lá, no Brasil, quanto cá, afetam diretamente prestação do serviço público comprometendo a execução da função pública norteados pelos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
Quanto a gestão não observa esses princípios a qualidade do serviço cai e naturalmente tudo funciona de forma precária e a população, principalmente a mais carente é quem sofre as consequências. E ai as forças políticas antagônicas utilização como instrumento de debate as acusações e essa prática nefasta passa a permear as relações políticas. No Brasil, tivemos recentemente o escândalo do mensalão e na sequência, quando alguns atores acusados de envolvimento no episódio foram presos, veio o petrolão. Das figuras exponenciais da política tupiniquim poucos conseguem passar incólume pelos inquisidores. Na relação da distribuição de dinheiro a turma do Partido dos Trabalhadores e do Partido do Movimento Democrático Brasileiro e aliados de ambos estão, na sua maioria, acusados de favorecimento ilícito.
A má gestão do dinheiro público e suas consequências nacionais são agudizadas quando os estados não fizeram o dever de casa e, principalmente, pela mesma prática corrupta, a crise nesses entidades federadas ganharam contornos bem maiores, pois o dinheiro que vem pela via institucional, Fundo de Participação dos Estados, convênios, emendas parlamentares e etc., são mal aplicados. O Amapá foi um exemplo disso. Nos últimos quatro anos pouco ou quase nada andou no estado. Setores estratégicos, como saúde, educação e segurança foram sucateados. As demais pastas também e consequentemente não cumpriram com seus papéis, porém, os três setores citados são os que a população, de baixa renda, mais acessa e, quando esses se mostram ineficientes, o quadro é verdadeiramente de caos.
Isso tudo é verdade e os números e valores sobre o Amapá já foram amplamente divulgados, me permitam não citá-los, pois são dívidas estratosférica e, sem contar com a desmotivação completa do servidor público que foi tratado de forma desrespeitosa. Os prestadores de serviço e fornecedores nem se fala. Mas é na crise também que se conhece os bons. Austeridade e responsabilidade com a coisa pública é um binômio que deve ser respeitado por qualquer gestor que esteja servindo uma gestão pública, porém não pode ser esquecido que é preciso prestar um serviço ao público de qualidade e, em todos os setores que na administração pública são complementares, pois nem toda a população tá doente, nem toda a população corre risco de morte e nem toda a população enfrenta problema com a educação. Embora é fato que a maioria enfrenta e por isso o governador do Amapá, por exemplo, acertadamente elegeu as três pastas como a prioridade das prioridades. E deve ser assim, porém “nosotros” deveremos usar a criatividade, ousar e colocar um serviço de qualidade a disposição da população e o cerne do governo deve incentivar a criatividade a ousadia responsável, pois do contrário corremos o sério risco de sermos considerados os corretos medrosos, ou seja, os que não agem para não errar. Sou da opinião que errar faz parte do processo, e errar na boa intenção de acertar é mais válido, mas muito mais válido do que a omissão.
O povo espera e espera muito dessa gestão. Percebo um Waldez Góes determinado para fazer um governo que amenize o sofrimento da população que passou quatro longos comendo o pão que o Cramulhão amaçou. O povo merece respeito e vejo um governador focado nisso e exigindo de todos que as pessoas e as cidades sejam bem cuidadas. Falta dinheiro, mas nunca gestão. Quem arrisca petisca. Vamos arriscar, o povo do Amapá merece uma ousadia responsável daqueles a quem Waldez Góes confiou a missão de servir ao povo.




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