sexta-feira, 6 de março de 2015

COLUNA CATÓLICA



               Davi, rei diferente.


Jesus foi chamado muitas vezes com o nobre titulo de filho de Davi. Certamente o povo não queria compará-lo com o Rei Salomão, pois Jesus era muito amado e muito estimado, sobretudo pelos pobres e doentes. Todos esperavam de Jesus uma reviravolta total, assim como tinha acontecido com o reinado de Davi. Morto Saul, Davi não Manifestou alegria com a noticia que lhe deram, mas aceitou o rei de Judá ao ser escolhido pelos homens da Judéia, e estabeleceu em Hebron sua residência real (2 Sam.2, 8ss.).
Durante sete anos Davi lutou para consolidar a monarquia e derrotar os filisteus, eternos inimigos dos hebreus. Com esta vitória, todas as tribos o escolherem como único rei e ele estabeleceu sua morada em Jerusalém.
A capital da Palestina se tornou capital religiosa. Jerusalém não pertencia nem a Davi, nem Saul, pois era situada entre Judá e Benjamim, mas estava numa posição natural privilegiada e politicamente neutra.
Nesse tempo a Arca da Aliança interessava pouco porque não tinha defendido Saul, mas Davi a recuperou como símbolo da unidade israelita. A entrada triunfal da Arca em Jerusalém, com uma procissão de 40.000 soldados, causou um choque entre Davi e a sua esposa Micol. Esta achava exagerado o entusiasmo do rei, e Davi a excluiu para sempre da sua intimidade.
Davi tinha um sincero desejo de construir um tempo digno da Arca, mas foi impedido por ordem de lahweh, comunicada pelo profeta Natã. Entretanto, em nome de Deus, Natã lhe revelou que sua dinastia duraria eternamente. Sem alcançar o sentido da predição, entre logo a presença messiânica na história de Davi, já que Jesus, Filho de Davi, ocuparia um lugar muito mais importante do que Salomão.
O caráter messiânico da profecia, não impediu a Davi de ser ainda um rei “comum”, pois maltratou os prisioneiros de Moab, matando dois de cada três e não lhe impediu de se apaixonar por outra mulher, quando deixou de vez a sua. Por isso a história familiar de Davi é um importante documento tipo crônica escrita por pessoas que convivam com o rei.
No momento culminante da sua ascensão politica, quando se podia aposentar das guerras, ei-lo com um caso de adultério. Mandou matar o marido da Bersabéia e casou com a viúva. Após esse crime começaram as desgraças sem fim: vinganças e assassínios dentro da sua família, rebelião e guerra do filho Absalão, apoiado por quase todas as tribos, Davi ficou só, apoiado unicamente pelas forças mercenárias.
Tudo isso foi manifestação clara de que Davi não conseguiu unificar o povo e não lhe deu o gosto pala lei e pelos Profetas como era de se esperar. Todavia o rei primou quando reconheceu seus pecados e soube pedir perdão.


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