sexta-feira, 6 de março de 2015

EDITORIAL

Educação ou nada


Povo sem educação é povo sem futuro. A frase retrata a importância do conhecimento na vida de cada um e o que ela pode trazer de benefícios. Aprender é a arte de evoluir e quanto mais se aprende, mais se questiona. A Sociologia aponta que os tiranos têm verdadeira fobia à educação exatamente por ela provocar no homem, a inquietação e a curiosidade. Um país sem Educação é uma pátria de mudos, cegos e surdos. Hitler, no auge de sua obsessão, matou ou expulsou da Alemanha, jornalistas, professores e outros intelectuais que divergiam de seu pensamento. Mas o que simples homens poderiam contra o gigantesco poderio nazista? Simples, revoluções começam com ideias, assim como a queda de impérios é promovida exatamente por homens que pensam. Para os tiranos, acima de tudo, a divergência tem que ser extirpada, pois contamina. A subversão apaixona e a tirania empolga a prática de subverter pensamentos. Ideias são perigosas e podem fazer ruir qualquer coisa. É exatamente aí que a Educação com seu papel sagrado de fomentar conhecimento, de seduzir e provocar em seu melhor e mais puro sentido. O mundo precisa de seres pensantes e famintos por educação. O que esperar de um povo ignorante. A grosso modo, sem Educação, somos simples massa de manobra, fáceis de enganar. Já educados, somos inquietos e nutridos de uma curiosidade que busca o que está por trás da cortina preta, do outro lado da moeda e além da linha do horizonte. O homem com conhecimento olha para frente quando todos voltam os olhares para trás. E também olha para trás, quando todos estão com a vista para frente. A educação nos faz ser o pontinho preto no muro branco, a subversiva mosca na sopa dita em código por Raul Seixas. O trocadilho fálico entre cale-se e cálice cantado por Milton e Chico na época em que pensar era proibido. E olha só como eles, os opressores, eram driblados por só conhecerem a força bruta e não o conhecimento. O Amapá sobreviveu há quatro anos de um arremedo castrista onde a Educação foi pisoteada e o elemento chave por dissemina-la acabou violentado física e moralmente. Planta-se hoje uma nova semente para que surja do chão a planta, inicialmente fraca, mas que se fortifica a cada dia. Esta planta é a árvore do conhecimento crescendo em pequenas doses, alargando seus galhos até transforma-se em sombra e copa frondosa capaz de abrigar e proteger muitos da chuva, do sol e da ignorância

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