A falsa
mágica e o fim das ilusões
A magia é um elemento que sempre
povoou a mente humana desde seus primórdios intelectuais. Nas tribos mais
primitivas, crenças em encantamentos e feitiços eram comuns, assim como em
determinados personagens do próprio convívio capazes de realizar atos
extraordinários através de gestos e palavras.
Celtas, hindus, egípcios... todos
místicos em suas teorias e míticos por natureza. Na Idade Média as cortes dos
castelos possuíam seus magos e mais implicitamente seus alquimistas. Homens que
se diziam capazes de transformar objetos em ouro. Na realidade, nada foi
comprovado cientificamente até hoje, mas tais personagens ficaram na memória
histórica do mundo.
Partindo do princípio de que a vida
imita a arte e a arte imita a vida, no mundo da ficção tivemos e temos figuras
memoráveis dentro deste campo da magia. Gendalf, o cinzento, na magnifica
trilogia O Senhor dos Anéis, que antes de ir para as telonas foi e continua
sendo um clássico da literatura do gênero fantástico. Também não nos esqueçamos
do bruxo Harry Potter, eterno aprendiz de feiticeiro ou Baltazar, mago imortal
que passou eras à espera de um “escolhido” que salvaria o mundo das garras da
bruxaria negra.
Personagens são muitos e com
poderes inimagináveis. Alguns fazendo uso de varinhas de condão, outros
simplesmente gesticulam, estalam os dedos, fazem movimentos com a cabeça ou até
com o nariz, como era a mágica dos seriados “Geannie é um gênio” e “A
Feiticeira”, sucesso americano dos anos 60.
Contemplando este plantel de magos,
feiticeiros e bruxos fictícios e voltando o olhar para nossa querida cidade,
incrível perceber semelhanças infindas entre alguns dos personagens e o gestor
municipal que hoje ocupa a cadeira no Palácio Laurindo Banha.
A começar pela campanha em 2012,
tudo no fantástico mundo vermelho de Clécio Luís foi fantasia. Uma plataforma
política montada sob a ótica do tudo pode e tudo é fácil. Ora, convenhamos que
no campo do pensamento e do querer não existem mesmo limites. E em se tratando
desse tipo de política onde se faz e fala de tudo para ter votos, a estratégia
foi a mais adequada. Depois se vai para frente de uma câmera e lê-se o que o
redator colocou como texto.
Pronto, naquele momento temos o
mago e seus super poderes, capazes de resolver qualquer problema. Ele irá
resolver tudo em um passe de mágica. Asfaltar, arborizar, destravar convênios e
conseguir outros tantos, fazer uma saúde, segurança e educação de qualidade
ímpar da noite para o dia. Estruturar bairros e muito, muito mais. Tudo naquele
momento é possível pois têm-se a varinha de condão nas mãos e para ela não
existem dificuldades. Do outro lado, o povão encantado com o discurso do
mago-bruxo-feiticeiro. O homem com o condão e sua “flauta mágica”.
Esquecem-se no entanto, que tais
personagens são coisa de cinema e que seus poderes não passam de mirabolantes criações
de produtores e seus efeitos especiais de última geração. E assim como lá,
aqui, a vida real é acima de tudo real de fato e direito.
Em sua melódica sinfonia entoada
para as multidões estava uma ária que falava de prioridades resolvidas em cem
dias de governo. Em outra, asfalto de qualidade e bloquetes de concreto para
amenizar nosso clima quente. Isso foi cinema, só cinema. Na realidade prática
nada se moveu ou saiu do lugar. A varinha de condão não teve qualquer poder,
assim como a flauta que tinha agora um agudo irritante e desafinado.
A magia acabou, a verdade veio à
tona, a mágica não existe, muito menos papai Noel e o coelhinho da Páscoa.
Triste constatação infantil. O efeito foi o mesmo com o povo. De uma hora para
outra descobriu-se que tudo aquilo nada mais era que meros efeitos especiais e
o mago-bruxo-feiticeiro somente e tão somente um homem.
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