SÃO BENTO
Nascido no Úmbria,
centro da Itália, pelo ano de 480, São Bento fez seus estudos em Roma porque
era de família nobre e rica. Mas depois fugiu da corrupção dos costumes da
época para se refugiar numa caverna do monte Subiaco.
É o grande Patrono da
Europa e Patriarca do Ocidente. Como Abraão é o Patriarca do Oriente, amado
pelas religiões hebraica, muçulmana e católica, assim São Bento se tornou amado
por todas as Ordens religiosas, inclusive não católicas. Até os traços do rosto
destes dois homens foram igualados por vários pintores, já que ambos viveram em
tempos remotos, quando não havia máquinas fotográficas.
São Bento passou um
longo tempo em solidão absoluta, comendo do que encontrasse na mata, fazendo
contínuas meditações, jejuns e penitências. Sendo nobre e culto, o seu exemplo
contagiou multidões de jovens que o seguiram por encontrar, nesse fenômeno
humano, um pai e um mestre. Na gruta de Subiaco,
abaixo do lago em que Nero, imperador romano, ia tomar seus banhos, Bento
traçou os princípios da civilização do amor, base da Europa cristã e de todo o
mundo católico.
Nasceram, ao seu redor,
doze Mosteiros, como doze monges cada um e um abade, com a finalidade de
reproduzir o grupo apostólico, sob a direção de Cristo.
Clérigos invejosos
forcaram São Bento a fugir de Subiaco, deu pequeno paraíso terrestre, onde
tinha passado vinte anos de grandes experiências místicas.
Por amor á paz, São Bento
procurou outra localidade e foi bater em Montecassino. Lugar melhor não poderia
desejar. Lá fundou um grandioso Mosteiro que seria o berço da ordem Beneditina.
Tornou-se a primeira Universidade cientifica do mundo, o maior centro cultural
polivalente que serviu de modelo no mundo inteiro.
A sua regra, de caráter
legislativo, ainda vigora depois de 1500 anos. Dava disposições para que a vida
dos monges fosse comunitária, cheia de terapia ocupacional, com trabalho
interior, cultural e manual que previa todo tipo de experiência, segundo as
aptidões de cada monge.
Se pudéssemos
sintetizar todos os artigos das constituições que foram à base de todas as
Ordens que se seguiram, inclusive franciscanas, diríamos que bastariam as duas
palavrinhas sempre pronunciadas por ele: “Reza
e Trabalha”.
Na regra de São Bento
de encontra o resumo de todo o cristianismo e a doutrina pura do Evangelho
vivido, também nos conselhos de perfeição evangélica.
Nessa vivência os
monges e as monjas encontravam equilíbrio interior, momentos de silêncio
meditativo e de recreios alegres, estilos de vida na humildade da obediência e
de vida na liberdade dos carismas.
Nos Mosteiros Beneditinos
se conservou toda a cultura européia, clássica como na Grécia, legalista como
em Roma, humana e divina como na Novo Testamento. Em Montecassino foram
guardados e reproduzidos os Livros originais da Bíblia. Pena que alguns deles
tenham sido destruídos quando Montecassino foi bombardeado. O arrependimento
por esse gesto insano chegou tarde demais e a humanidade ficou mais pobre!
A igreja, grata a este
grandíssimo Santo, deu a São Bento o titulo de Pai, com Pio XII e de Patrono da
Europa com Paulo VI. Seis dias antes de morrer, São Bento previu sua morte e
morreu em 547, com 67 anos de idade.
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