quinta-feira, 23 de abril de 2015

COLUNA CATÓLICA



SÃO BENTO
          
           

Nascido no Úmbria, centro da Itália, pelo ano de 480, São Bento fez seus estudos em Roma porque era de família nobre e rica. Mas depois fugiu da corrupção dos costumes da época para se refugiar numa caverna do monte Subiaco.


É o grande Patrono da Europa e Patriarca do Ocidente. Como Abraão é o Patriarca do Oriente, amado pelas religiões hebraica, muçulmana e católica, assim São Bento se tornou amado por todas as Ordens religiosas, inclusive não católicas. Até os traços do rosto destes dois homens foram igualados por vários pintores, já que ambos viveram em tempos remotos, quando não havia máquinas fotográficas.       
                                                                                                São Bento passou um longo tempo em solidão absoluta, comendo do que encontrasse na mata, fazendo contínuas meditações, jejuns e penitências. Sendo nobre e culto, o seu exemplo contagiou multidões de jovens que o seguiram por encontrar, nesse fenômeno humano, um pai e um mestre.                                                                                                         Na gruta de Subiaco, abaixo do lago em que Nero, imperador romano, ia tomar seus banhos, Bento traçou os princípios da civilização do amor, base da Europa cristã e de todo o mundo católico.

Nasceram, ao seu redor, doze Mosteiros, como doze monges cada um e um abade, com a finalidade de reproduzir o grupo apostólico, sob a direção de Cristo.


Clérigos invejosos forcaram São Bento a fugir de Subiaco, deu pequeno paraíso terrestre, onde tinha passado vinte anos de grandes experiências místicas.


Por amor á paz, São Bento procurou outra localidade e foi bater em Montecassino. Lugar melhor não poderia desejar. Lá fundou um grandioso Mosteiro que seria o berço da ordem Beneditina. Tornou-se a primeira Universidade cientifica do mundo, o maior centro cultural polivalente que serviu de modelo no mundo inteiro.


A sua regra, de caráter legislativo, ainda vigora depois de 1500 anos. Dava disposições para que a vida dos monges fosse comunitária, cheia de terapia ocupacional, com trabalho interior, cultural e manual que previa todo tipo de experiência, segundo as aptidões de cada monge.


Se pudéssemos sintetizar todos os artigos das constituições que foram à base de todas as Ordens que se seguiram, inclusive franciscanas, diríamos que bastariam as duas palavrinhas sempre pronunciadas por ele: “Reza e Trabalha”.


Na regra de São Bento de encontra o resumo de todo o cristianismo e a doutrina pura do Evangelho vivido, também nos conselhos de perfeição evangélica.


Nessa vivência os monges e as monjas encontravam equilíbrio interior, momentos de silêncio meditativo e de recreios alegres, estilos de vida na humildade da obediência e de vida na liberdade dos carismas.


Nos Mosteiros Beneditinos se conservou toda a cultura européia, clássica como na Grécia, legalista como em Roma, humana e divina como na Novo Testamento. Em Montecassino foram guardados e reproduzidos os Livros originais da Bíblia. Pena que alguns deles tenham sido destruídos quando Montecassino foi bombardeado. O arrependimento por esse gesto insano chegou tarde demais e a humanidade ficou mais pobre!


A igreja, grata a este grandíssimo Santo, deu a São Bento o titulo de Pai, com Pio XII e de Patrono da Europa com Paulo VI. Seis dias antes de morrer, São Bento previu sua morte e morreu em 547, com 67 anos de idade.         

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