As
mentiras, os tiranos e as "viúvas"
Os
piores homens da História certamente tiveram as piores ideias. Dentro de suas
mentes megalomaníacas, um único objetivo os cegava, chegar ao poder. Foi assim
com Alexandre, Gengis Khan, Átila, Ivan, os césares de Roma, Napoleão, Hitler e
até com nosso Getúlio Vargas e seu Estado Novo e os generais pós 64, que se
revezaram no poder por 21 anos.
A história, no entanto, os relata como grandes
homens, mas na verdade eram tiranos disfarçados de líderes. Hitler, mais recentemente,
foi um destes vultos. Travestiu toda a intolerância e arrogância que tinha, sob
a égide populista do nacional socialismo, onde o mote era resgatar a Alemanha e
torna-la forte novamente depois da derrota na Primeira Guerra Mundial. Com um
gestual estudado e um discurso forte, hipnotizava e encantava as massas. Por
trás da "cortina" o nacional socialismo camuflava o ódio e a sede
pelo extermínio na tentativa de "limpar" as terras germânicas de
qualquer outra coisa que não fosse verdadeira e genuinamente alemã.
Em resumo e popularmente falando, até as
ideias ruins, se forem bem "vendidas" são capazes de empolgar e fazer
com que outros tantos acreditem nelas. Para isso, basta que os tiranos se
cerquem de quem está disposto a propagar tal mentira um milhão ou bilhão de
vezes. Afinal, uma mentira contada repetidamente acaba soando como verdade. A
comunicação propagandista de Hitler, concordemos, era das melhores. Seu staff
de divulgadores, lógico, sabia da verdade sobre tudo, mas falava apenas o que era
para ser dito. E assim, naquele momento, para milhões de alemães, o nazismo
parecia ser a salvação política, econômica, cultural e social. Já para os
judeus, campos de concentração, câmaras de gás, trabalhos forçados e por fim a
morte no que foi batizado de a "solução final". Com Getúlio Vargas
não foi diferente. O pai dos pobres e a mãe dos ricos (analise logo esta frase
para conclusões) como foi apelidado, fazia dois jogos sem remorso algum. Era um
populista desvairado e exatamente por isso, por atender "gregos" e
"miseráveis" era adorado. A propaganda o vendia bem.
Por
aqui recentemente, tivemos um projeto semelhante, mas felizmente fracassado. De
uma hora para outra, um candidato que amargava o penúltimo lugar nas pesquisas
de intenção de voto, tornou-se governador, graças a uma operação policial que
até hoje não chegou a lugar algum. Sem preparo e assustado com o que havia
acontecido, de receber um Estado para governar assim em seu colo, olhou ao
redor "embebedado" e fez o que sabia fazer. E valeu a máxima de que o
homem se faz conhecer quando tem nas mãos o poder. Vale aqui o que foi escrito
no começo do artigo, que os piores homens têm as piores ideias.
Assim como Hitler, Getúlio e até Fidel, a
propaganda foi focada como ponto de apoio. A verba era até mais alta que a de
setores cruciais da gestão. Cercado de propagandistas, também cegos, buscavam
alquimisticamente transformar "pedra" em "ouro". Não deu
certo e o povo descobriu a farsa, assim como foi com todos os tiranos da história.
O problema é que por fazer parte da mentira, muitos ainda a vivem, mesmo com a
queda do tirano. São as "viúvas", assim como se seguiu a Hitler,
Vargas e os generais de 64. Ainda tem por aí, muita gente apaixonada por tudo
isso, por mais incrível que pareça. No nosso caso mais recente, nossa
comunicação está cheia de "viúvas" que choram o dia inteiro
copiosamente tentando fortalecer as ideias do "rei morto" após a
queda da "bastilha". Negam que o povo tomou o poder pelo voto
legítimo e derrubou a opressão. Mentiras se perdem, mesmo que repetidas milhões
de vezes. O que fica na História é a verdade e tão somente a verdade.
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