segunda-feira, 20 de abril de 2015

EDITORIAL




As mentiras, os tiranos e as "viúvas"

Os piores homens da História certamente tiveram as piores ideias. Dentro de suas mentes megalomaníacas, um único objetivo os cegava, chegar ao poder. Foi assim com Alexandre, Gengis Khan, Átila, Ivan, os césares de Roma, Napoleão, Hitler e até com nosso Getúlio Vargas e seu Estado Novo e os generais pós 64, que se revezaram no poder por 21 anos.

 A história, no entanto, os relata como grandes homens, mas na verdade eram tiranos disfarçados de líderes. Hitler, mais recentemente, foi um destes vultos. Travestiu toda a intolerância e arrogância que tinha, sob a égide populista do nacional socialismo, onde o mote era resgatar a Alemanha e torna-la forte novamente depois da derrota na Primeira Guerra Mundial. Com um gestual estudado e um discurso forte, hipnotizava e encantava as massas. Por trás da "cortina" o nacional socialismo camuflava o ódio e a sede pelo extermínio na tentativa de "limpar" as terras germânicas de qualquer outra coisa que não fosse verdadeira e genuinamente alemã.
 Em resumo e popularmente falando, até as ideias ruins, se forem bem "vendidas" são capazes de empolgar e fazer com que outros tantos acreditem nelas. Para isso, basta que os tiranos se cerquem de quem está disposto a propagar tal mentira um milhão ou bilhão de vezes. Afinal, uma mentira contada repetidamente acaba soando como verdade. A comunicação propagandista de Hitler, concordemos, era das melhores. Seu staff de divulgadores, lógico, sabia da verdade sobre tudo, mas falava apenas o que era para ser dito. E assim, naquele momento, para milhões de alemães, o nazismo parecia ser a salvação política, econômica, cultural e social. Já para os judeus, campos de concentração, câmaras de gás, trabalhos forçados e por fim a morte no que foi batizado de a "solução final". Com Getúlio Vargas não foi diferente. O pai dos pobres e a mãe dos ricos (analise logo esta frase para conclusões) como foi apelidado, fazia dois jogos sem remorso algum. Era um populista desvairado e exatamente por isso, por atender "gregos" e "miseráveis" era adorado. A propaganda o vendia bem.

Por aqui recentemente, tivemos um projeto semelhante, mas felizmente fracassado. De uma hora para outra, um candidato que amargava o penúltimo lugar nas pesquisas de intenção de voto, tornou-se governador, graças a uma operação policial que até hoje não chegou a lugar algum. Sem preparo e assustado com o que havia acontecido, de receber um Estado para governar assim em seu colo, olhou ao redor "embebedado" e fez o que sabia fazer. E valeu a máxima de que o homem se faz conhecer quando tem nas mãos o poder. Vale aqui o que foi escrito no começo do artigo, que os piores homens têm as piores ideias.


 Assim como Hitler, Getúlio e até Fidel, a propaganda foi focada como ponto de apoio. A verba era até mais alta que a de setores cruciais da gestão. Cercado de propagandistas, também cegos, buscavam alquimisticamente transformar "pedra" em "ouro". Não deu certo e o povo descobriu a farsa, assim como foi com todos os tiranos da história. O problema é que por fazer parte da mentira, muitos ainda a vivem, mesmo com a queda do tirano. São as "viúvas", assim como se seguiu a Hitler, Vargas e os generais de 64. Ainda tem por aí, muita gente apaixonada por tudo isso, por mais incrível que pareça. No nosso caso mais recente, nossa comunicação está cheia de "viúvas" que choram o dia inteiro copiosamente tentando fortalecer as ideias do "rei morto" após a queda da "bastilha". Negam que o povo tomou o poder pelo voto legítimo e derrubou a opressão. Mentiras se perdem, mesmo que repetidas milhões de vezes. O que fica na História é a verdade e tão somente a verdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...