quarta-feira, 1 de abril de 2015

HOSPITAL METROPOLITANO 14 ANOS NA UTI

A saga do Hospital Metropolitano -  Há 14 anos na UTI
Prefeito Clécio tem dinheiro, tem o projeto e marcou prazo de entrega.

A pergunta que fica no ar. Está tudo pronto e atualmente, o município tem à disposição R$ 5,4 milhões em verbas federais destinadas à conclusão da obra e porque está totalmente abandonada?


Fernando Santos
Colaborador

O Estado do Amapá completa 70 anos de criação e um dos seus maiores problemas é a falta de hospitais. O Amapá possui somente uma unidade de saúde de alta complexidade (em parte), que é o Hospital das Clínicas Alberto Lima (HCAL), além de uma maternidade.

O absurdo é que o pequeno município paraense de Cametá, que possui um pouco mais de 120 mil habitantes tem dois Hospital Regional, Um Hospital Municipal, Uma UPA - Unidade de Pronto Atendimento entre outros serviços, ou seja, muito mais equipado  que o Amapá.

Ao ser eleito prefeito de Macapá, Clécio Luiz, em outubro de 2012 declarou a imprensa que “Nós temos um plano emergencial para os cem primeiros dias que contempla a saúde: colocar os postos de unidade de saúde para funcionar, comprar medicamentos e contratar mais médicos. Quem tem dor, quem está doente, tem pressa”.

E completou “Na saúde, promete concluir a construção do hospital metropolitano e ampliar o programa Saúde em Casa”. O tempo está se esgotando, faltam 630 dias, ou seja, um ano e nove meses e o prazo dado pelos responsáveis pela obra  contratados na gestão de Clécio, foi de dois anos, se tivesse começado em agosto de 2014.

Palavra é para ser  cumprida esse é o lema de Clécio Luiz, nos outdoor das obras tocadas pelo município, mas não é que está se vendo. Promessas e promessas, e as obras continuam paralisadas. Além do Hospital Metropolitano temos o lendário Restaurante Popular, já fechados em muitos municípios e aqui nem funcionou.
O senador Randolfh Rodrigues, na época da campanha eleitoral de 2012, bradou que o então prefeito não fazia por Incompetência ou preguiça e agora senador?



Hospital Metropolitano: Obra interminável

Quem nunca trafegou pela Rua Tancredo Neves e se deparou com a imagem acima? Pois é! A foto é do Hospital Metropolitano de Macapá. O mesmo seria o futuro prédio do Hospital do Câncer, que está localizado na zona Norte da cidade, e que ficou mesmo conhecido por sua interminável  construção, já se vão 14 anos sendo esperado pelos cidadãos macapaenses que residem nos 32 bairros da zona mais populosa da Capital amapaense e vê nessa obra uma solução para o atendimento de Saúde, próximo a suas residências.
As obras deram-se início no segundo semestre de 2001, na gestão do ex-prefeito João Henrique Pimentel. Nesse período, João Henrique havia sido eleito pelo Partido socialista Brasileiro (PSB) com o apoio do então governador João Alberto Capiberibe nas eleições do ano 2000, e este hospital seria como já foi dito antes, destinado a atender a demanda dos pacientes com câncer de Macapá.

 As obras do hospital seguiram de 2001 a 2004, quando ocorreu a reeleição de João Henrique pelo Partido dos Trabalhadores (PT). No mês seguinte após o pleito, Pimentel foi preso pela Polícia Federal durante a “Operação Pororoca”, investigado por fraude em licitação e desvio de verba pública. Isso tudo foi um adeus às expectativas dos amapaenses de terem um hospital especializado no tratamento de câncer .

Depois de concluída as investigações, já no ano de 2012, o ex-prefeito citado foi condenado pela Justiça Federal a seis anos de prisão pela suposta fraude.
Em 2010, assume a prefeitura de Macapá Roberto Góes (PDT), retomando as obras do hospital do câncer que estavam paralisadas a mais de seis anos. Roberto Góes resgatou o processo junto à Justiça Federal, ampliando a abrangência da unidade que passou a ser denominado Hospital Metropolitano de Macapá. A obra foi retomada em 2012, e nesse mesmo ano ficou paralisada.



Promessas psolistas

Atualmente, o Hospital metropolitano está incluído nas promessas políticas do Prefeito de Macapá, que hoje é Clécio Luís Vilhena Vieira, que prometeu retomar as obras no segundo semestre de 2014 e até agora não cumpriu com a palavra.
Francisco Oliveira de 45 anos, caminhoneiro e que trabalha a quase oito anos próximo do hospital, diz que todo esse tempo o que ele ouve são promessas e mais promessas “não sei nem se acredito na conclusão desse hospital, o prefeito já deveria ter começado, já que ele esta mais da metade do mandato dele, no mínimo já era pra está quase concluído. Quem sofre é a gente que precisa de atendimento e temos que enfrentar uma fila enorme pra receber atendimentos nos hospitais”, ressalta Francisco.

Novo projeto, nova promessa.
Foram aproximadamente seis anos de obras paralisadas, em 2011, a Prefeitura de Macapá apresentou uma nova proposta de intervenção para o prédio, já parcialmente pronto, porém depredado, que culminou em novo contrato com a Caixa Econômica Federal, com objetivo de Obras e Instalações de Conclusão do Hospital de Clínicas Metropolitano, com recurso no valor de repasse R$ 6.000.000,00 e de contrapartida R$ 250.000,00. Em janeiro de 2012, a construtora retomou a obra mais uma vez, mas paralisou no mesmo ano, com 12,94% do percentual físico executado e pago, faturando R$ 761.575,63 de R$ 5.886.045,45 do valor contratual.
 Após reuniões com a referida empresa, em 8 de dezembro de 2013 a atual gestão, através da Semob, assinou rescisão contratual amigável com a empresa responsável pelos trabalhos. Logo após, contratou a empresa DPJ-Arquitetura e Engenharia Ltda., que é autora dos projetos iniciais, para reprogramá-los, adequando-os à atual legislação.
O novo projeto prevê a readequação da estrutura a novas normas estabelecidas em legislações de saúde. O hospital, com 74 leitos, estaria destinado para ser clínica geral, com várias especialidades, incluindo um setor de traumatologia e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto e infantil.
Em fevereiro de 2014, ou seja, há mais de um ano o então secretário de obras do município, Rogerio Cardoso declarou que “Concluindo esse processo, o nosso cronograma é que até o fim de junho as obras estejam recomeçadas”.
E mais um prazo foi fixado na época pelo arquiteto responsável pela obra, José Freire: "Estamos finalizando outros projetos para licitar. Como a obra não está em estado difícil de conclusão, acredito que ela pode estar pronta em um período entre um ano e meio e dois anos".
A pergunta que fica no ar. Está tudo pronto e atualmente, o município tem à disposição R$ 5,4 milhões em verbas federais destinadas à conclusão da obra e porque  está totalmente abandonada?


  
Comissão da Saúde da ALAP visita Hospital Metropolitano em Macapá e constata total abandono


Membros da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa estiveram visitando as instalações do Hospital Metropolitano, na zona Norte de Macapá. A visita dos parlamentares teve como finalidade verificar a demora na conclusão da obra do hospital e subsidiar o executivo Estadual para que tome ações práticas com resultados bem sucedidos e no atendimento aos usuários do sistema público de saúde. “Começamos os nossos trabalhos justamente por uma obra que já dura mais de dez anos e ainda não está concluída, quer dizer, o hospital já poderia assistir a população da zona Norte e até agora nada; queremos saber o que aconteceu e o que pode ser feito para solucionarmos o problema e entregarmos o hospital à população”, explicou o deputado Jaci Amanajás, presidente da Comissão de Saúde. A situação em que ora encontra-se o espaço físico do hospital preocupou os deputados.

De acordo com a técnica Daniele Coutinho, após aproximadamente seis anos de obra paralisada, a Prefeitura de Macapá apresentou uma nova proposta de intervenção para o prédio já parcialmente pronto, porém depredado, que culminou com contrato com a Caixa Econômica Federal, com a finalidade de conclusão das obras. “Hoje a Prefeitura de Macapá, têm em caixa mais de cinco milhões de reais para concluir a obra. Sugeri ao prefeito Clécio Luiz que finalizasse a obre e transferisse a gerência do hospital para o Estado”, comentou o vice-presidente da Comissão de Saúde, deputado Dr. Furlan.

No entender do deputado Dr. Furlan, com a conclusão das obras do hospital, a superlotações das unidades hospitalares de urgência e emergência de Macapá irão diminuir. O deputado defende que os procedimentos para que ele seja finalizado sejam feitos o mais rápido possível. “A população precisa que o Hospital Metropolitano seja concluído. Faz doze anos que as obras iniciaram e até hoje ele não está funcionando. Isso é negativo para todos nós. Então eu tenho um compromisso e uma vontade que essas obras sejam concluídas e que este hospital passe a atender as pessoas”, afirmou Dr. Furlan.









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