segunda-feira, 25 de maio de 2015

Embrapa



 Embrapa
Alunos da E.F.A. do Pacuí aprendem aplicar vermífugo em tracajá

Reinaldo Coelho

O Estado do Amapá possui, atualmente, cinco escolas famílias agrícolas/agroextrativistas. No município de Macapá encontra-se a Escola Família Agrícola do Pacuí, no município de Pedra Branca do Amaparí a Escola Família Agrícola da Perimetral Norte, no município de Mazagão a Escola Família Agroextrativista do Carvão e a Escola Agroextrativista do Maracá e no município de Tartarugalzinho a Escola Família Agroextrativista do Cedro. As escolas atendem a um total de oitocentos e dezenove alunos de mais de quinhentas famílias espalhadas por mais de cento e quarenta comunidades nos dezesseis municípios do Amapá e incluindo algumas regiões do Pará.

Desde o início das atividades das EFAs no Amapá, as associações de pais já buscavam à Embrapa como colaboradora em ações pontuais junto aos alunos e também com a participação da comunidade como um todo. Essa parceria vem acontecendo ininterruptamente.

Repassando tecnologia
A Escola Família Agrícola do Pacuí, localizada na comunidade de São Joaquim do Pacuí, no município de Macapá, é a mais antiga das escolas no Amapá. A propriedade da escola possui uma área de oitenta e seis hectares e atende a um total de cento e sessenta alunos do ensino médio e profissionalizante.

Este ano, mais uma técnica foi repassada a comunidade escolar da Escola Família Agrícola do Pacuí. A forma correta de aplicar vermífugo no esôfago do tracajá que é uma técnica que Mateus Andrade Braga, 19 anos, considerou inesquecível do período em que estagiou nos laboratórios da Embrapa Amapá.

Assim como ele, outros 11 jovens que concluem este ano o ensino médio da Escola Família Agrícola do Pacuí tiveram a oportunidade de vivenciar na prática vários conceitos do ensino em técnico agrícola.

O estágio curricular obrigatório é viabilizado por meio de convênio entre a Embrapa Amapá e a Escola Família do Pacuí, firmado há 15 anos. Este ano, a programação do estágio constou de palestras e práticas de laboratórios e em campos experimentais da Embrapa, ministrados por pesquisadores e analistas de diversas áreas do conhecimento agropecuário. Uma experiência que tem potencial para motivar plano de carreira profissional como o de Ronaldo Vilhena, 18 anos.




Achei tudo muito organizado, os ministrantes do estágio dão bastante atenção para nosso aprendizado e possuem alto conhecimento do conteúdo. Pretendo me formar em algum curso na área da agropecuária e ser um pesquisador da Embrapa”, afirmou Ronaldo, ao fazer um balanço da sua experiência.

A escola está localizada na, mesma região onde moram Mateus e Ronaldo, e vária outros alunos filhos de agricultores que mantém a Associação da Escola Família do Pacuí. “Minha família cultiva mais mandioca, tanto para consumo próprio quanto para produzir a farinha e vender nas feiras de Macapá”, explicou Ronaldo Vilhena.
Seu colega de turma, Mateus Braga também vive a rotina de cultivo da mandioca –, um dos principais produtos agrícolas produzidos no Estado do Amapá. “Esse estágio foi muito bom na variedade de temas. Gostei muito de conhecer as práticas dos laboratórios de Aquicultura, muitas técnicas que não conhecia antes de estagiar na Embrapa”, acrescentou o acadêmico.

A turma deste ano é formada de doze jovens que, brevemente, estarão aptos a atuarem como técnicos agrícolas em instituições públicas, privadas e do terceiro setor. Os acadêmicos foram divididos em quatro grupos. Eles participaram de palestras, de atividades nos Campos Experimentais e também de práticas em quatro laboratórios: Alimentos e Nutrição Animal, Solos, Aquicultura e Pesca e Proteção de Plantas.

O supervisor do estágio, analista Leandro Damasceno – responsável pela gestão dos laboratórios da Embrapa Amapá –, explicou o estágio funciona como integração entre teoria e prática profissional e habilita os alunos a enfrentarem desafios na futura carreira de técnico agrícola.


Todos os estagiários cursam o último ano do ensino médio profissionalizante, com a habilitação em técnico agrícola. São filhos de agricultores familiares. No modelo educacional de práticas de campo chamado de Escola Família (são cinco funcionando atualmente no Amapá) é aplicada a pedagogia da alternância, onde o aluno fica um período na escola em regime semiaberto na escola aprendendo e trocando conhecimentos com os professores e, em seguida, outro período em casa repassando o que aprendeu à sua família. A Escola Família Agrícola do Pacuí tem 27 anos de funcionamento.

Créditos de fotos para Flávia Brito

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...