OMS
anuncia inclusão de 16 remédios para câncer nos sistemas públicos de saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
anunciou neste mês a inclusão de 16 novos medicamentos para tratar o câncer na
Lista-Modelo de Medicamentos Essenciais, para Adultos (EML) e Crianças (eMLC).
Agora a organização considera como prioritários para o tratamento oncológico um
total de 46 fármacos, que devem ser oferecidos no sistema público de todos os
países. Os novos fármacos foram sugeridos à organização por um estudo feito por
90 médicos espalhados pelo mundo.
— Ficamos muito contentes que a OMS tenha aprovado 16 das
22 drogas que sugerimos. Elas têm impacto significativo na sobrevida e, muitas
vezes, na qualidade de vida dos pacientes, informou Lopes.
— Ela inclui alguns medicamentos que já são genéricos,
mas também de alguns de alto custo, como o
Trastuzumab, o Imatinib e o Rituximab,
que são usados para tratamento de câncer de mama, mieloide crônica e linfoma,
respectivamente.
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Nome comercial Herceptin®, |
O oncologista lembrou que o Sistema Único de Saúde (SUS)
oferece vários dos medicamentos, recém-incluídos na lista, mas alguns são
restritos a tratamentos específicos. Ele citou, como exemplo, o Trastuzumab,
que está aprovado no SUS somente para o tratamento adjuvante, que é posterior à
cirurgia, para prevenir que a doença volte.
— A lista da OMS agora também inclui a droga para o
tratamento de pacientes com a doença mais avançada, metastática, para que elas
vivam melhor e por mais tempo. Essa é uma das novidades da lista deste ano,
incluímos não só os remédios, mas também as indicações para as quais eles são
considerados essenciais, declarou.
Lopes comemorou também o fato de a OMS ter sinalizado que a atualização da lista-modelo passará a ser anual ou bienal.
— A última revisão ocorreu há mais de uma década, mas
conseguimos chegar a um acordo de que essas revisões devem ser periódicas e não
só quando há pressão muito grande de pacientes e médicos. Assim, poderemos
tentar incluir na próxima revisão alguns medicamentos que consideramos muito
importantes, mas que não estão na lista, disse.
*Agência Brasil
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