quinta-feira, 28 de maio de 2015

IJOMA

 OMS anuncia inclusão de 16 remédios para câncer nos sistemas públicos de saúde


A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou neste mês a inclusão de 16 novos medicamentos para tratar o câncer na Lista-Modelo de Medicamentos Essenciais, para Adultos (EML) e Crianças (eMLC). Agora a organização considera como prioritários para o tratamento oncológico um total de 46 fármacos, que devem ser oferecidos no sistema público de todos os países. Os novos fármacos foram sugeridos à organização por um estudo feito por 90 médicos espalhados pelo mundo.

Um dos colíderes da força-tarefa do estudo, Gilberto Lopes, do Centro Paulista de Oncologia, do Grupo Oncoclínicas do Brasil, ressaltou que esta foi a maior inclusão de medicamentos desde a criação da lista, em 1977.

— Ficamos muito contentes que a OMS tenha aprovado 16 das 22 drogas que sugerimos. Elas têm impacto significativo na sobrevida e, muitas vezes, na qualidade de vida dos pacientes, informou Lopes.

— Ela inclui alguns medicamentos que já são genéricos, mas também de alguns de alto custo, como o
Nome comercial Herceptin®,
Trastuzumab, o Imatinib e o Rituximab, que são usados para tratamento de câncer de mama, mieloide crônica e linfoma, respectivamente.

O oncologista lembrou que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vários dos medicamentos, recém-incluídos na lista, mas alguns são restritos a tratamentos específicos. Ele citou, como exemplo, o Trastuzumab, que está aprovado no SUS somente para o tratamento adjuvante, que é posterior à cirurgia, para prevenir que a doença volte.

— A lista da OMS agora também inclui a droga para o tratamento de pacientes com a doença mais avançada, metastática, para que elas vivam melhor e por mais tempo. Essa é uma das novidades da lista deste ano, incluímos não só os remédios, mas também as indicações para as quais eles são considerados essenciais, declarou.

Lopes comemorou também o fato de a OMS ter sinalizado que a atualização da lista-modelo passará a ser anual ou bienal.

— A última revisão ocorreu há mais de uma década, mas conseguimos chegar a um acordo de que essas revisões devem ser periódicas e não só quando há pressão muito grande de pacientes e médicos. Assim, poderemos tentar incluir na próxima revisão alguns medicamentos que consideramos muito importantes, mas que não estão na lista, disse.


*Agência Brasil

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