sexta-feira, 19 de junho de 2015

ARTIGO DO GATO



Qual o Amapá que queremos?



O Amapá possui números econômicos desfavoráveis, seu Produto Interno Bruto aponta para uma anomalia econômica que indica com toda a segurança o caminho do colapso. Como podemos sonhar em desenvolver com uma pirâmide econômica, cuja base está atrofiada e o ápice gigante?

O Amapá claudica numa crise política e até hoje não tivemos um grupo hegemônico que pudesse dar ao Amapá um planejamento seguro e que promovesse o rompimento com esse paradigma econômico que nos impõe a dependência quase que total das transferências institucionais. Waldez Góes entre os governadores – Barcellos, Capi e Camilo – que tentou delinear esse planejamento que fortalecesse os setores produtivos –, nos moldes da maioria dos Estados nacionais. Sem quimera. Pé no chão. Iniciou, começou a dar certo, porém a limitação de mandato interrompeu esse processo e o que veio a seguir foi um retrocesso do qual hoje sentimos na pele as consequências.

No primeiro governo do PDT, Waldez Góes teve que criar uma rota do desenvolvimento, pois o governo antecessor aplicou como programa de governo a sustentabilidade econômica, uma matriz politicamente correta do ponto de vista ambiental, porém num Amapá sem estrutura humana preparada para o desenvolvimento dessa política, além da ausência de um planejamento real que pudesse implantar verdadeiramente o desenvolvimento sustentável. O que vimos durante sete anos foi um discurso ambiental que agrada muito ao primeiro mundo e coloca o homem da Amazônia como uma figura exótica num cenário de uma natureza preservada com um povo passando fome e vivendo no atraso.

Passados 25 anos, o Amapá retoma um programa largado há quatro anos, mas as dificuldades se avolumaram. A política econômica do governo federal equivocada provocou uma retração do setor produtivo nacional e consequentemente uma crise econômica que promove recessão no mercado. Esse cenário de incerteza faz com que a iniciativa privada se acautele e não invista. Os Estados ricos estão sentindo o baque da economia brasileira e num trabalho comparativo do investimento público em infraestrutura, comparando o quadrimestre de 2014 com 21015, percebe-se que a crise é séria. Estado do Sul, como o Paraná, deixou de investir 92,7%. A crise é geral.


Apesar do cenário de incerteza o que vemos acontecer no Amapá são categorias de profissionais como médicos e engenheiros paralisando, querendo aumento de salário. Não há de se entrar no mérito do justo e injusto, mas sim do momento que esses movimentos paredistas acontecem. Será que esse é o momento para isso? Ou será que essa turma está aproveitando o momento de intensa crise para promover o caos e desestabilizar a gestão pública do governador Waldez Góes? São perguntas que ficam no ar.

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