Qual o Amapá que queremos?
O
Amapá possui números econômicos desfavoráveis, seu Produto Interno Bruto aponta
para uma anomalia econômica que indica com toda a segurança o caminho do
colapso. Como podemos sonhar em desenvolver com uma pirâmide econômica, cuja
base está atrofiada e o ápice gigante?
O
Amapá claudica numa crise política e até hoje não tivemos um grupo hegemônico
que pudesse dar ao Amapá um planejamento seguro e que promovesse o rompimento
com esse paradigma econômico que nos impõe a dependência quase que total das
transferências institucionais. Waldez Góes entre os governadores – Barcellos,
Capi e Camilo – que tentou delinear esse planejamento que fortalecesse os
setores produtivos –, nos moldes da maioria dos Estados nacionais. Sem quimera.
Pé no chão. Iniciou, começou a dar certo, porém a limitação de mandato
interrompeu esse processo e o que veio a seguir foi um retrocesso do qual hoje
sentimos na pele as consequências.
No
primeiro governo do PDT, Waldez Góes teve que criar uma rota do
desenvolvimento, pois o governo antecessor aplicou como programa de governo a
sustentabilidade econômica, uma matriz politicamente correta do ponto de vista ambiental,
porém num Amapá sem estrutura humana preparada para o desenvolvimento dessa
política, além da ausência de um planejamento real que pudesse implantar
verdadeiramente o desenvolvimento sustentável. O que vimos durante sete anos
foi um discurso ambiental que agrada muito ao primeiro mundo e coloca o homem
da Amazônia como uma figura exótica num cenário de uma natureza preservada com
um povo passando fome e vivendo no atraso.
Passados
25 anos, o Amapá retoma um programa largado há quatro anos, mas as dificuldades
se avolumaram. A política econômica do governo federal equivocada provocou uma
retração do setor produtivo nacional e consequentemente uma crise econômica que
promove recessão no mercado. Esse cenário de incerteza faz com que a iniciativa
privada se acautele e não invista. Os Estados ricos estão sentindo o baque da
economia brasileira e num trabalho comparativo do investimento público em
infraestrutura, comparando o quadrimestre de 2014 com 21015, percebe-se que a
crise é séria. Estado do Sul, como o Paraná, deixou de investir 92,7%. A crise
é geral.
Apesar
do cenário de incerteza o que vemos acontecer no Amapá são categorias de
profissionais como médicos e engenheiros paralisando, querendo aumento de
salário. Não há de se entrar no mérito do justo e injusto, mas sim do momento
que esses movimentos paredistas acontecem. Será que esse é o momento para isso?
Ou será que essa turma está aproveitando o momento de intensa crise para
promover o caos e desestabilizar a gestão pública do governador Waldez Góes?
São perguntas que ficam no ar.
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