É TEMPO DE
TRABALHO
Rodolfo Juarez
Chegou o verão. O período sem chuva no Amapá.
Tempo bom para execução de obras de infraestrutura e de transporte, sem que
aleguem dificuldades com relação à chuva e os problemas que ela possa trazer
para as chamadas obras descobertas.
O tempo chegou, mas não significa dizer que
vai ficar assim para todo o tempo. Em dezembro o período de chuva chega outra
vez, e as mesmas repetidas desculpas não podem servir de pano de fundo para o
não fazer.
Os prefeitos têm a última oportunidade para
convencer o eleitor de que aproveitou o tempo que esperou.
O prefeito de Macapá, por exemplo, tem pedido
paciência para os serviços que serão realizados a partir de agora.
Então, é agora ou nunca, mais se tiver alguma
vontade de renovar o mandato. Até agora nada combina com as necessidades que a
população de Macapá tem declarado, repetidas vezes.
E por quê?
Por que o próximo verão, o de 2016, não
estará à disposição do prefeito para trabalhar pela reeleição, pois, em junho
serão as convenções partidárias e logo no começo de julho a campanha eleitoral,
se estendendo até a votação, em primeiro turno, no dia 2 de outubro e a de
segundo turno - se houver -, no dia 30 de outubro.
Aproveitar agora é a ordem.
Aproveitar e fazer, pois, mesmo com as
dificuldades de rejeição que experimenta o atual prefeito, os seus prováveis
concorrentes também não estão livres desse peso, pois são figuras carimbadas da
política local.
O problema para os concorrentes é daqui até
junho de 2016 aparecer um expoente, desses meteóricos, com um bom discurso e
capacidade de convencimento.
Esse mesmo cenário está à disposição dos
outros prefeitos que estão pensando em tentar a reeleição. As possibilidades de
cada um deles estão diretamente ligadas à qualidade dos concorrentes que terá
que enfrentar e aos serviços que farão neste verão.
Para o Governo do Estado esse verão também é
muito importante.
Dá a chance de sair do casulo, apresentar-se
para a população, principalmente nas etapas de construção de rodovias e obras
públicas, inclusive aquelas obras enterradas e que sempre dizem que “não dá
voto”.
E como a administração é bombada pela
perspectiva de ações que “dão voto” então é agora a vez de cuidar das pessoas e
das cidades como prometido.
O apelo é bom, a retórica é motivadora, falta
apenas ‘ação’.
Somado a tudo isso há o descostume das
equipes de governo ao trabalho, esse que coloca todo mundo na rua. A turma
gosta demais de um ar condicionado e de não trabalhar sábado e domingo.
É tempo de não folgar nos dias imprensados
por feriados e dia santo. É tempo de não dar folga e aquele que não topar deve
ser sumariamente eliminado e mandado para a divisão inferior para hibernar no
próximo período de chuvas.
Quando digo todo mundo, quero dizer todo
mundo mesmo. Até aqueles que estão acostumados a ficar no Setentrião, falando
em nome do governador, agindo como se tivessem a cobertura do governador (tem
alguns deles que juram de pés juntos que têm).
Afinal, encarar os próximos cinco meses como
tempo de trabalho é o que sobra para ser feito.
Basta de preguiça e de espreguiçadeiras.
Chega de ficar com a bunda colada na poltrona. É tempo de trabalho. É tempo de
responder àqueles mais de 60% dos eleitores do Estado que votaram no Governador
e no vice-governador.
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