Energia que é bom, necas.
Não
é de se estranhar, em meio a tanta corrupção, neste país verde e amarelo, tinha
que aparecer mais um escândalo aqui no Amapá, onde os protagonistas, pasmem,
tinha que ser a Dona CEA e sua principal parceira de negócios, a Senhora
Nortemi, uma empresa da área de distribuição e transmissão de energia elétrica,
a priori, criada para desenvolver soluções técnicas inovadoras, mas ao que
parece a referida integração se mostra escusa, numa concepção contratual
obscura, com direito a adulterações e uma mirabolante arrumação que só
beneficiou, mesmo, as duas empresas envolvidas nessa tramoia elétrica.
Muito
tempo depois da denúncia, coisa de mais de um ano, envolvendo diretores da
Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), sobre a suposta adulteração de um
contrato milionário para beneficiar a empresa Nortemi, a Procuradoria Geral do
Estado (PGE) começa a investigar.
Ainda
não totalmente federalizada, a CEA será obrigada a providenciar cópias de todos
os contratos celebrados pela companhia nos últimos quatro anos, conforme prevê
a constituição estadual, numa mixórdia que não se sabe ainda no que vai dar.
O
contrato original, celebrado no valor de mais de 40 milhões de reais, que ainda
está em vigor, para a construção de linhas de transmissão nas subestações do
Estado, visando a interligação ao sistema elétrico nacional, ganhou novas
linhas em seu contexto, transformando a caução obrigatória de dois milhões de
reais, que a empresa deveria depositar em nome da CEA, num mero item
facultativo, que pode ser descontado a 'bel prazer'. Sem falar da rapidez com
que foi assinado o embaraçado contrato, coisa de uma semana, apenas. E, pasmem,
outra vez, transação que teve parecer favorável, às pressas, por um dos
assessores jurídicos do quadro da CEA, que coincidentemente também é o advogado
da Nortemi. Não há impedimento, dirias..., mas e o código de ética da OAB, será
que aprovaria? No mínimo, o nobre causídico, defensor de ambas as partes, terá
que se explicar na justiça, pois o curto-circuito na CEA começa a causar
estragos e apagões.
Enquanto
isso, a população amapaense, já brutalmente espoliada, continua no escuro,
acumulando prejuízos com o péssimo serviço prestado pela Companhia de
Eletricidade do Amapá.
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