sexta-feira, 10 de julho de 2015

EDITORIAL



Energia que é bom, necas.



Não é de se estranhar, em meio a tanta corrupção, neste país verde e amarelo, tinha que aparecer mais um escândalo aqui no Amapá, onde os protagonistas, pasmem, tinha que ser a Dona CEA e sua principal parceira de negócios, a Senhora Nortemi, uma empresa da área de distribuição e transmissão de energia elétrica, a priori, criada para desenvolver soluções técnicas inovadoras, mas ao que parece a referida integração se mostra escusa, numa concepção contratual obscura, com direito a adulterações e uma mirabolante arrumação que só beneficiou, mesmo, as duas empresas envolvidas nessa tramoia elétrica.
Muito tempo depois da denúncia, coisa de mais de um ano, envolvendo diretores da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), sobre a suposta adulteração de um contrato milionário para beneficiar a empresa Nortemi, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) começa a investigar.
Ainda não totalmente federalizada, a CEA será obrigada a providenciar cópias de todos os contratos celebrados pela companhia nos últimos quatro anos, conforme prevê a constituição estadual, numa mixórdia que não se sabe ainda no que vai dar.
O contrato original, celebrado no valor de mais de 40 milhões de reais, que ainda está em vigor, para a construção de linhas de transmissão nas subestações do Estado, visando a interligação ao sistema elétrico nacional, ganhou novas linhas em seu contexto, transformando a caução obrigatória de dois milhões de reais, que a empresa deveria depositar em nome da CEA, num mero item facultativo, que pode ser descontado a 'bel prazer'. Sem falar da rapidez com que foi assinado o embaraçado contrato, coisa de uma semana, apenas. E, pasmem, outra vez, transação que teve parecer favorável, às pressas, por um dos assessores jurídicos do quadro da CEA, que coincidentemente também é o advogado da Nortemi. Não há impedimento, dirias..., mas e o código de ética da OAB, será que aprovaria? No mínimo, o nobre causídico, defensor de ambas as partes, terá que se explicar na justiça, pois o curto-circuito na CEA começa a causar estragos e apagões.
Enquanto isso, a população amapaense, já brutalmente espoliada, continua no escuro, acumulando prejuízos com o péssimo serviço prestado pela Companhia de Eletricidade do Amapá.


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