Contribuir para fomentar as atividades agrícolas do Estado. Esta é a intenção do governador Waldez Góes, quando anuncia a retomada do Programa de Produção Integrada (PPI), num sério compromisso de desenvolver o Amapá economicamente.
O PPI estava parado, prejudicando comunidades inteiras de produtores rurais que costumavam produzir melancia, abóbora, mandioca e farinha, além de outras culturas, para poder ter uma renda própria.
O programa está sendo reformulado, com previsão de retomada para o mês de agosto, já que o desenvolvimento econômico parece ser uma prioridade do atual governo, que entende ser esta a melhor alternativa para enfrentar a crise que o Brasil está passando e que impacta diretamente na economia amapaense.
É preciso desenvolver atividades capazes de gerar recursos para investimentos na saúde, segurança e educação, por isso, aqui no Amapá, o desenvolvimento econômico está sendo trabalhado em duas linhas, a agricultura comercial, voltada para o aproveitamento do cerrado amapaense através da produção de grãos, e a agricultura familiar, voltada para o incentivo da produção agrícola por meio do PPI e outros programas do governo.
O que se pretende é alcançar um novo patamar econômico, deixando de ser um Estado dependente da União e passando a ser um produtor e exportador de alimentos, aquecendo a economia e assegurando novos recursos para investir e superar a crise financeira que atinge o país inteiro.
A ideia é investir em programas que incentivem a produção de acordo com as vocações e potencialidades de cada região, em um sistema que deve começar com os cuidados com o solo e a preparação da terra, num projeto voltado à agricultura familiar que já beneficia cerca de oito comunidades no Amapá, tecnologia desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no Pará (Embrapa Amazônia Oriental) e aplicado no Estado em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (RURAP), onde já se comemora resultados positivos.
É uma forma correta de tornar a produção mais rentável ao produtor e menos danosa ao ambiente que o modelo de derruba-e-queima, que é muito comum aqui na região Norte do país.
O PPI faz parte da política de desenvolvimento do setor primário para consolidar a produção agrícola, fortalecer e incentivar a geração e distribuição de renda do produtor rural e estimular o cultivo em áreas degradadas, tendo como base a recuperação do cerrado e a redução do desmatamento ambiental.
A intenção do governador é propiciar estruturas básicas para o homem do campo, com créditos rurais, assistência técnica, escoamento da produção e a comercialização, o que vinha sendo desvalorizado pelas políticas públicas frente ao seu potencial produtivo.
O que é preciso entender é que a agricultura de pequena escala é responsável por 70% do abastecimento do mercado nacional e que sua importância não corresponde as atitudes que o governo tem em relação a aplicabilidade das verbas nesse setor, pois grande parte dos incentivos e financiamentos são para atender os grandes agricultores.
A agricultura familiar é um sistema estreitamente ligado ao conjunto da família, pois a grande maioria da mão de obra empregada são os próprios familiares que exercem a força de trabalho, mas também sendo considerado um setor pré-capitalista e que consegue ainda se reproduzir dentro de uma sociedade altamente atrelada aos interesses do capital.
O programa abrange linhas de crédito como PRONAF custeio, PRONAF investimento (mais alimentos), micro créditos rurais, entre outros, numa clara oportunidade para que os agricultores familiares coloquem em prática o seu projeto de desenvolvimento, suas expectativas de renda e de mudança de vida.
Enfim, o que o governo do Amapá pretende é retomar um projeto abrangente a fim de levar aos agricultores familiares amapaenses uma forma concreta da manutenção enquanto seres reprodutores desses espaços e o devido fortalecimento desse setor, garantindo assistência técnica, qualidade do serviço, a presença de técnicos no acompanhamento do processo produtivo e facilidades para o escoamento da produção.
O que fica é a expectativa, a esperança e a probabilidade de que isso possa melhorar a vida dos agricultores através da venda dos seus produtos agregados criando uma logística de mercado e se inserindo assim de fato dentro da lógica da produção e reprodução da sociedade atual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário