Meio Ambiente Urbano
Lixeiras viciadas proliferam
em Macapá, de quem é a culpa?
Lixeira viciada foi descoberta após fiscalização na Rua Hildemar Maia |
Reinaldo
Coelho
Lixeiras
viciadas cada vez mais afligem a população de Macapá e tomam conta das ruas,
calçadas e terrenos. São mais de 55 pontos identificados na capital que servem
de depósito de lixo e entulho, com amontoados de móveis usados, garrafas de
plástico e outros materiais, ameaçando a saúde de quem mora nas proximidades
desses locais.
Dos
55 pontos de lixeiras viciadas em Macapá, 25 delas foram descobertas na Zona
Sul e outras 30 na Zona Norte durante ações de fiscalização da Prefeitura de
Macapá. Nesse período, mais de 500 pessoas foram autuadas como responsáveis
pelo despejo de lixo nesses pontos. As multas para quem for flagrado jogando
lixo nestes locais variam de R$ 500 a R$ 1,5 mil.
Um
dos pontos que chama a atenção, a Rua Hildemar Maia, no trecho que compreende o
cruzamento com a Avenida Timbiras, no Bairro Buritizal, até a divisa com a
Rodovia JK, no Bairro Muca, na Zona Sul. Lá, parte da faixa da via e da calçada
é ocupada por uma grande pilha de lixo que dificulta a passagem de veículos e
de pedestres.
O
problema, segundo os moradores, é que esta situação insustentável, por ali,
dura anos. A reportagem do Tribuna Amapaense identificou no Bairro Congós,
atrás da chamada ‘Feira Maluca’, dez pontos de lixeiras viciadas ao longo de
toda a extensão da faixa, uma delas com descarga de restos de ossada animal,
atraindo urubus. O espaço é tomado por lixo deixado por moradores, e principalmente,
comerciantes.
Entretanto,
eles reclamam que o lixo não é coletado em todas as ruas do bairro e isso acaba
favorecendo acúmulo de sacolas plásticas naquele ponto do bairro. Outro
problema também presente na comunidade é o descarte incorreto de alguns
resíduos. Restos de eletrodomésticos e da construção, por exemplo, também
acabam ficando na calçada.
“Isso
aqui é um problema que enfrentamos há anos, parte desse lixo que é despejado
nestes pontos são de moradores de outras ruas. Lamentamos o descaso, isso aqui
já se tornou comum e ninguém liga mais para essa situação”, lamentou o
comerciante Francisco Matos (44), que reside na rua há 13 anos. Parte dos
moradores adverte que o problema está na falta de lixeiras e de placas
informando onde se deve jogar o lixo.
Mas
nem aviso de que não pode jogar lixo, impede o descarte incorreto dos resíduos
também foi identificado num terreno, no Bairro Renascer I, Zona Norte. Os
moradores que trafegam diariamente pela via convivem com o mau cheiro. “Dificilmente
o lixo é recolhido. Às vezes quando o caminhão de coleta passa nas outras ruas
do bairro temos que acioná-los para eles virem até este local. Eles reclamam
que não faz parte da rota e que a localização é de difícil acesso”, disse um
morador do bairro.
Lixo
em Avenida
Por
conta das obras paradas, em determinados pontos da cidade, há lixeiras
viciadas. Em sua extensão, há objetos domésticos como tênis, cadernos usados,
malas rasgadas, restos de concretos e sacos plásticos que se acumulam.
Avrantes
informou que a população pode ajudar a secretaria a combater a prática ligando
para o disque denúncia pelo número (96) 99147-1050 ou se dirigir ao prédio da SEMUR,
localizado na Avenida Maria Quitéria, nº 317, Bairro Trem, na Zona Sul de
Macapá.
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