sexta-feira, 31 de julho de 2015

Meio Ambiente Urbano - Lixeiras viciadas proliferam em Macapá, de quem é a culpa?

Meio Ambiente Urbano
Lixeiras viciadas proliferam em Macapá, de quem é a culpa?

Lixeira viciada foi descoberta após fiscalização
na Rua Hildemar Maia


Reinaldo Coelho

Lixeiras viciadas cada vez mais afligem a população de Macapá e tomam conta das ruas, calçadas e terrenos. São mais de 55 pontos identificados na capital que servem de depósito de lixo e entulho, com amontoados de móveis usados, garrafas de plástico e outros materiais, ameaçando a saúde de quem mora nas proximidades desses locais.
Dos 55 pontos de lixeiras viciadas em Macapá, 25 delas foram descobertas na Zona Sul e outras 30 na Zona Norte durante ações de fiscalização da Prefeitura de Macapá. Nesse período, mais de 500 pessoas foram autuadas como responsáveis pelo despejo de lixo nesses pontos. As multas para quem for flagrado jogando lixo nestes locais variam de R$ 500 a R$ 1,5 mil.
Um dos pontos que chama a atenção, a Rua Hildemar Maia, no trecho que compreende o cruzamento com a Avenida Timbiras, no Bairro Buritizal, até a divisa com a Rodovia JK, no Bairro Muca, na Zona Sul. Lá, parte da faixa da via e da calçada é ocupada por uma grande pilha de lixo que dificulta a passagem de veículos e de pedestres.
O problema, segundo os moradores, é que esta situação insustentável, por ali, dura anos. A reportagem do Tribuna Amapaense identificou no Bairro Congós, atrás da chamada ‘Feira Maluca’, dez pontos de lixeiras viciadas ao longo de toda a extensão da faixa, uma delas com descarga de restos de ossada animal, atraindo urubus. O espaço é tomado por lixo deixado por moradores, e principalmente, comerciantes.



A pessoa autuada como responsável pela lixeira ou que despeje qualquer tipo de resíduo em via pública tem o prazo de 48 horas para fazer a retirada do material. Caso a sujeira permaneça, ela é multada e denunciada ao Ministério Público do Amapá (MP-AP).
Entretanto, eles reclamam que o lixo não é coletado em todas as ruas do bairro e isso acaba favorecendo acúmulo de sacolas plásticas naquele ponto do bairro. Outro problema também presente na comunidade é o descarte incorreto de alguns resíduos. Restos de eletrodomésticos e da construção, por exemplo, também acabam ficando na calçada.
“Isso aqui é um problema que enfrentamos há anos, parte desse lixo que é despejado nestes pontos são de moradores de outras ruas. Lamentamos o descaso, isso aqui já se tornou comum e ninguém liga mais para essa situação”, lamentou o comerciante Francisco Matos (44), que reside na rua há 13 anos. Parte dos moradores adverte que o problema está na falta de lixeiras e de placas informando onde se deve jogar o lixo.
Mas nem aviso de que não pode jogar lixo, impede o descarte incorreto dos resíduos também foi identificado num terreno, no Bairro Renascer I, Zona Norte. Os moradores que trafegam diariamente pela via convivem com o mau cheiro. “Dificilmente o lixo é recolhido. Às vezes quando o caminhão de coleta passa nas outras ruas do bairro temos que acioná-los para eles virem até este local. Eles reclamam que não faz parte da rota e que a localização é de difícil acesso”, disse um morador do bairro.

Lixo em Avenida


Por conta das obras paradas, em determinados pontos da cidade, há lixeiras viciadas. Em sua extensão, há objetos domésticos como tênis, cadernos usados, malas rasgadas, restos de concretos e sacos plásticos que se acumulam.

Avrantes informou que a população pode ajudar a secretaria a combater a prática ligando para o disque denúncia pelo número (96) 99147-1050 ou se dirigir ao prédio da SEMUR, localizado na Avenida Maria Quitéria, nº 317, Bairro Trem, na Zona Sul de Macapá.

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