quinta-feira, 23 de julho de 2015

PIONEIRISMO




Um grande exemplo de um “enfermeiro” amapaense e pioneiro na saúde do Amapá foi o “Seu” Bandeira, que conseguia amigos e faziam sorrir os doentes em situações criticas. Pois tinha uma mania de quando ia aplicar as injeções assobiava um musica que não me recordo e isso ajudava o paciente a esquecer da agulhada.



“Seu Bandeira” 
Um Pioneiro da Saúde no Amapá


Nas décadas de 40 a 60, era reduzido o numero de profissionais médicos, e os muitos não queriam se deslocar para locais de difícil acesso e insalubre, principalmente na Amazônia, o que hoje ainda persiste. É nesse cenário que os missionários e voluntários de organizações religiosas americanas e europeias vinham realizar trabalhos de saúde pública na “Selva Amazônica”.
O enfermeiro, como até hoje era o único representante junto as comunidades ribeirinhas, interioranas e no próprio centro urbano que podiam salvar.
Naqueles bons tempos aqueles em que no plantão noturno, por falta de médicos residentes, os enfermeiros assumiam responsabilidades profissionais que os  elevavam na equipe de saúde. Nesta harmonia do trabalho o beneficiado era o paciente.


O doente era conhecido e só se referia a ele pelo nome, os enfermeiros sabiam de todos os seus pacientes, inclusive sua situação familiar e muitos mantinham laços de amizades e participavam socialmente das famílias.
Um grande exemplo de um “enfermeiro” amapaense e pioneiro na saúde do Amapá foi o “Seu” Bandeira, que conseguia amigos e faziam sorrir os doentes em situações criticas. Pois tinha uma mania de quando ia aplicar as injeções assobiava um musica que não me recordo e isso ajudava o paciente a esquecer da agulhada.
Sebastião Bandeira do Espírito Santo –conhecido como “Bandeira” - nasceu no dia 1º de novembro de 1929, no Município de Arariúna, na ilha de Marajó, Estado do Pará, filho de Antônio Libânio do Espírito Santo e D. Flodoalda do Espírito Santo, trabalhadores na agricultura. Chegou ao Amapá, no dia 26 de fevereiro de 1949, aos 20 anos de idade.
Bandeira fez seus estudos no Grupo Escolar Castelo Branco e na Escola Comercial do Amapá. Fez o curso de Assistente de Enfermagem no Hospital São Camilo e posteriormente, o curso de Técnico em Enfermagem, em nível de 2.° grau.
Logo que chegou a Macapá começou a trabalhar na Divisão de Saúde do Governo do Território do Amapá, na função de Auxiliar de Enfermagem, lotado no Hospital Geral de Macapá. Passou para o quadro de enfermeiros e designado para chefiar o Posto Médico da cidade de Amapá.
Após exercer suas atividades no longínquo e de difícil acesso, na época, município de Amapá. No seu retomo foi servir no setor de doenças venéreas; trabalhou com o Dr. Alberto da Silva Lima no dispensário de Hanseníase.


Sebastião Bandeira era procurado e preferido para um curativo ou uma injeção. Serviu durante anos seguidos no Hospital Geral, na sua função de enfermeiro. Participou da fundação da farmácia, localizada no Carmelo de Santa Terezinha, administrada pela igreja. Não participou da política partidária. Gostava de jogar uma "pelada" no Bairro do Trem.

Era assim o Hospital construído no governo Janary Nunes.
Foi uma das primeiras obras em alvenaria de Macapá.
Chamava-se Hospital Geral de Macapá.

Família
Casado com D. Raimunda Alberto do Espírito Santo, tiveram os filhos Alexandrina, Maria Angélica, Conceição, Maria de Nazaré, Maria das Graças, Maria José, José Tarcísio e Jeremias. Aposentou-se no ano de 1985, e montou um ambulatório onde continuou a desempenhar suas funções.
Em 2011 "uma enfermidade lhe tirou a força física e o discernimento já não estava tão claro. Nos últimos cinco meses de vida tornaram-se totalmente dependente dos cuidados dos filhos, da esposa dedicada e dos cuidadores de idosos."
Apesar de todos os cuidados médicos possíveis, “Seu” Bandeira faleceu em Macapá na terça-feira, dia 03 de janeiro de 2012, aos 82 anos, cercado do carinho da família.
Nossa homenagem póstuma, a esse personagem importante do Amapá.

Fonte: Livro “Personagens Ilustres do Amapá” Vol. II – de Coaracy Barbosa – edição de 1998. 

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