sexta-feira, 7 de agosto de 2015

DE TUDO UM POUCO



CARTA ABERTA AO JOAQUIM SILVA SANTOS – O JOCA

Prezado JOCA.
Dentre os vários desígnios que a vida nos oferece, estão aqueles que buscamos; os que conquistamos; os que nos são oferecidos; e aqueles que não queremos mas nos são impostos pela vivência ou convivência humana.
Em todo o tempo de nossa convivência, destaco os mais importantes para ambos, pois em todos eles estávamos presentes física e tecnicamente.
Lembro com muita saudade dos tempos do Juventus, o Moleque Travesso, que arrastava multidões ao Glicério Marques para ver os “moleques” tratarem a bola (aquela época de couro) de “excelência”. Ah! Como a torcida ficava extasiada com belas jogadas e lindos gols feitos por Você, por mim, pelo Antoninho, Jangito entre outros. Mas essa glória do gol que fazíamos e deixava a galera eufórica, vinha das geniais jogadas de Biló, Orlando, Mafra, Ciro e outros craques que, a sua retaguarda tinham Magalhães, Zé Roberto, Walderlei, goleiros, e Bento, Zé Marques, Célio, Cadico, Fusqueta e outros tantos, que por excelência de genialidade, compunham essa bela história vivida juntos.
Desculpem-me os “moleques travessos” que viveram essa história de sucesso e que por incompetência de minha memória e espaço no papel, não tiveram seus nomes aqui citados, inclusive, em memória, os queridos Chefe Humberto, Expedito Ferro (91), Sacaca, Biroba, Walter banhos, ... nossos treinadores.
Paralelo às glórias do esporte, nossos caminhos novamente cruzaram-se na Escola Industrial de Macapá, àquela época e década de 60, só ingressavam homens em regime de internato, os que vinham do interior e semi-internado, que moravam em Macapá. A Escola Técnica de Comércio do Território Federal do Amapá, com o ensino da Ciência Contábil, formando Técnicos em Contabilidade, que a mim parece, a primeira profissão sua, pois a minha foi de sapateiro, na oficina do mestre Waldor Oliveira, na Cândido Mendes. Continuei por aqui e Você foi para Belém, fazer vestibular. Tirou de letra e de primeira para o curso de graduação em Ciências Contábeis, com o título de Contador. A mesma Ciência nos mantinha unidos, mas separados pelo título o que não tinha a menor importância.
O serviço público precisava de inteligências comprometidas com a ética, com a profissionalização, competência e carisma públicos, e lá foi Você contribuir com o então Território e hoje Estado do Amapá. Você nesse campo deu show, jogou sozinho, mas distribuiu conhecimentos, ensinou, realizou e deixou um grande legado a seus colegas e ao povo amapaense – dignidade, honra e dedicação ao serviço público. E olha, você do lado de lá e eu do lado de cá, discutindo a melhor interpretação da Lei, não para favorecer o colega de profissão, mas para salvaguardar o Direito do contribuinte sem macular a honra do Estado. Não sei quanto tempo de dedicação Você impôs a si mesmo nesse mister profissional, mas sei que você deixou de viver muito mais com sua família e com você mesmo. Lá, na Secretaria ou no DAT, quando alguém procurava solução para algum problema, alguém dizia “procura o JOCA, que ele resolve”. Do primeiro cargo ocupado no início da carreira ao de Secretário de Estado da Fazenda do Estado do Amapá, você foi sempre a mesma pessoa, que agradecia de sorriso largo, as felicitações.
Mas a vida reservava mais para você. Tudo que já havia feito era pouco. Você ingressou no LEONISMO. Aí, sim, nos reencontramos novamente em atividade comum. Também eu já era Associado, filiado ao Lions Clube de Macapá Marco Zero do Equador e Você e Dulce, no Lions Clube de Macapá Centro. Mas nossa missão era a mesma, a de SERVIR. Aí, meu Companheiro, descobri a grandeza do Leão que Você foi. Ao candidatar-me ao cargo de Governador do Distrito L-26, composto pelos Estados do Piauí, Maranhão, Pará e Amapá, nos anos 1995/1996, à vice-governador, tive a certeza de que valeria a pena ser o futuro Governador desse grandioso Distrito em 1996/1997, porque tinha ao lado direito o CL Josué Costa, como secretário, e do esquerdo o CL Joaquim Silva Santos – o JOCA, como tesoureiro. O trio dos JOTAS estava pronto para SERVIR e ir ao encontro do sucesso, cantando nosso slogan – AMIGOS PARA SEMPRE.
Devido sua humildade e descaracterização de grandeza, você não atendeu aos meus inúmeros convites para homenageá-lo condigna e pessoalmente. Como o tempo é dono da razão, e sabedor de sua viagem à Eternidade no Domingo (2), disse a mim, é agora, este é o momento. Busquei e encontrei o que havia guardado a muitos anos e que lhe pertencia – o DISTINTIVO DE HONRA DOS BENEMÉRITOS DO LEONISMO. Hoje, na presença de seus familiares, colegas, amigos, admiradores e companheiros, coloquei na lapela de sua camisa o seu distintivo de LEÃO BENEMÉRITO.
Despeço-me de Ti, silenciosamente, a fim de guardar comigo todas as lembranças que fortaleceram nossa AMIZADE.

Macapá, 05 de Agosto de 2015.
CL PDG JURACY DA SILVA FREITAS

        

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