quinta-feira, 13 de agosto de 2015

DE TUDO UM POUCO



As belezas da nossa querida Língua Portuguesa

        Tenho “viajado” por caminhos diversos para fazer jus ao título desta coluna, porque me dá a sensação de liberdade para escrever sobre qualquer tema, seja qual for sua função pragmática e sob a ótica de minha interpretação. Se jurídico, as Leis contemplam-me com a certeza de não macular ou ofender terceiros; se contábeis, busco na Ciência os fundamentos legais (leis de regência), na Técnica (normas de procedimento) as formas de cumpri-los, e na Arte, a beleza da apresentação das Demonstrações Contábeis. A Contabilidade é uma Ciência exata. Posso provar que é.
        Como me é dada essa possibilidade de múltiplas expressões, quero neste artigo adentrar pelas maravilhas da Língua Portuguesa, destacando algumas incorreções que são veiculadas em jornais, rádio e televisão quando de entrevistas ou reportagens. Alguns vícios de linguagem são cometidos até por repetição em razão de tanto ouvir ou ler. Sobre esse assunto já escrevi no Jornal Tribuna Amapaense, ano passado. Pesquise.
        Neste artigo dois termos da Língua Portuguesa são comumente invertidos, as vezes trocados e outras vezes concomitantemente usados – EFICAZ e EFICÁCIA, EFICIENTE e EFICIÊNCIA. Vamos as interpretações e usos.
        Folheando o Dicionário encontramos definições: EFICAZ, adj. “Que tem força, virtude de produzir efeito”. Ex: A Medida Provisória tem força de Lei, isto é, produz efeito. EFICÁCIA, s.f., “qualidade de eficaz, isto é, produziu o efeito esperado”. Ex: O lucro que a empresa teve comprovou a eficácia da propaganda na televisão. É, também, um princípio voltado á comprovação de que foram adotados os procedimentos previstos e na forma prevista, para atingir um objetivo. A preocupação, portanto, dirige-se à estrutura, normas, políticas, decisões, etc... organizada para execução de negócios, ações, projetos e assemelhados; para o registro e análises de atividades e para sua informação estruturada.
        Quando esses fatores não são tratados de forma adequada, podendo gerar despesas, custos, utilização de tempo e, no final, não contribuir para o atingimento dos objetivos, fica clara a situação de riscos para a fonte planejadora. Os controles da eficácia são aplicáveis em nível de teste de pré-implementação ou durante o desenvolvimento da atividade, sistemas de informações, etc.... exigindo análises específicas, quantitativas, qualitativas, financeiras, envolvendo todo o conjunto da fonte planejadora.
        O termo seguinte é EFICIENTE, adj., “que tem capacidade de desempenhar, realizar, produzir”. Diz-se, geralmente à alguém possuidor dessas qualidades: “Fulano é eficiente”, pois acredita-se que tem qualidades, conhecimento e pode realizar um trabalho, uma ação, que lhe é imposta.
        Concomitante, vem a EFICIÊNCIA, s.f., “qualidade de eficiente”. Aqui é demonstrado o resultado da ação, do objetivo cumprido, do planejamento executado. É a prova objetiva da capacidade de realização do serviço ou da ação propostos. É, em verdade, um princípio voltado a verificar e comprovar que os procedimentos adotados pela fonte planejadora, seu sucesso decisório, capacidade de organização e comando, ainda que eficazes, no sentido de cumprir seus objetivos, são, de fato, eficientes, ou seja: executados com melhor qualidade (= qualidade); nos tempos mais curtos possíveis (= velocidade); e, com otimização dos recursos (= custos/despesas).
        Que cuidados devemos ter para não incorrer em floreios, dando conotação de “positividade ou de sucesso” a uma ação ou serviço realizado: 1) a EFICÁCIA do nosso planejamento, produziu resultado EFICAZ; 2) se formos EFICIENTES na execução do planejamento, a EFICIÊNCIA da ação ou serviço será positiva.
        Nunca dizer “nos realizamos um trabalho EFICAZ e EFICIENTE”.
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Para reflexão semanal: “Nunca desista de si mesmo (a). Não deixe para amanhã, o que pode fazer hoje, pois pode não haver tempo”.

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