sexta-feira, 14 de agosto de 2015

SISTEMA ELÉTRICO DO AMAPÁ

SISTEMA ELÉTRICO DO AMAPÁ
Rede de distribuição sucateada gera prejuízo para os amapaenses



Reinaldo Coelho
Da Editoria

O Amapá novamente é pauta em rede nacional. E novamente o motivo é a irresponsabilidade da administração pública e a falta de fiscalização das autoridades competentes sobre o sistema elétrico do Estado. O Amapá vive as escuras faz tempo. Sem posteamento correto tecnicamente, fiação roubada e sem luminárias públicas e o cidadão paga a “Taxa de Iluminação Pública” e não usufrui deste beneficio e, quem sofre com isso? A população, óbvio.













Os apagões no Amapá tem sido corriqueiros em todos os 16 municípios do Estado. Agora a sociedade começou a protestar diariamente, devido os prejuízos nas residências e no comércio.  A situação durante o dia é complicada, porém a noite e que a situação piora, chegando a catástrofe nas ruas, pois os semáforos ficam apagados, e quem está voltando para casa no horário noturno vem preocupado. Em casa, as noites têm sido sofridas, pois o verão amapaense chega numa mínima de 27° e, sem ventilador, os idosos e as crianças padecem. Nesse interim, os comerciantes acumulam os prejuízos.



A situação se agravou tanto que o problema chegou ao noticiário nacional. O programa Bom Dia Brasil da Rede Globo de Televisão desta terça-feira (11) divulgou uma matéria de Aline Ferreira sobre as quedas de energia no Amapá nos 16 municípios amapaenses. A mesma matéria também foi divulgada, com a participação ao vivo de Wedson Castro, na Globo News.

ELETRONORTE
‘Sistema Elétrico do Amapá está sobrecarregado’

O apagão do século





















Em janeiro de 2015 o Amapá sofreu o maior blecaute do século XXI foram mais de 18 horas sem energia em 12 municípios amapaenses. O gerente regional das Centrais Elétricas do Norte (ELETRONORTE), engenheiro Marcos Drago afirmou na ocasião (20/01) que fora informado sobre o ‘apagão’ que uma linha de distribuição subterrânea havia se rompido, ocasionando a perda simultânea de várias máquinas geradoras da Usina Termelétrica de Santana (UTE/STN).


“Além de Macapá e Santana, soubemos que pelo menos outros dez (10) municípios foram atingidos pela falta de energia. Claro que boa parte desse sistema foi logo normalizado pela manhã e ficou apenas a cidade de Santana comprometida por está dentro do circuito que foi mais afetado. É lamentável que esse problema não tenha sido totalmente resolvido, já que o sistema de distribuição de energia elétrica do Amapá encontra-se praticamente sobrecarregado”, complementou o gerente da Eletronorte no Amapá, cogitando sobre possíveis “apagões” que poderão ocorrer no futuro.

Sucateamento


Na reportagem a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) informou que a produção de energia no Estado é atualmente três vezes maior do que e consumido. Então qual e o motivo das quedas de energia? O problema e que o Estado não está totalmente interligado ao Sistema Nacional de Energia e o que esta sendo produzindo chega a mais de 800 MW e pouco mais de 270 MW são consumidos, a energia excedente produzida e vendida para outros Estados brasileiros e o que fica, ou seja, mais de 40% são perdidos por causa de gatos e problemas nas redes de distribuição que leva energia para a residência dos consumidores que esta velha e sucateada.
A rede tem quase 20 anos, os investimentos que deveriam ter sido feitos em 2008, só começaram a serem executados em 2014, novas linhas de distribuições e novas subestações precisaram ser construídas. Só no fim de 2016 e que reforma e a interligação no sistema deverão ser concluídas.
O assessor da presidência da CEA, Jonas Gemaque, declarou na ocasião que “A sociedade teme que entender que esses apagões são necessários nessa fase de transição até que a rede esteja interligada integralmente ao sistema nacional”. Enquanto isso o cidadão amapaense tem de arcar com os prejuízos.


A situação real e crítica, a rede de distribuição primária de quando o Amapá ainda era Território Federal, na década de 60, e já existia na época racionamento de energia elétrica. Foi quando a CEA passou a ser administrada pela ELETRONORTE, pois deveria receber a energia da Hidroelétrica Coaracy Nunes que tinha na tensão de 2.400 Volts e a secundária 110/220 Volts, em posteação precária de madeira não padronizada. Com 51 km de extensão, a rede de distribuição era composta de cerca de 1.700 postes, 20 transformadores com capacidade instalada de 1.150 KVA com um só alimentador. Somente na década de 70 e que a empresa distribuidora começou a modernizar e ampliar a rede de distribuição dentro dos padrões recomendáveis e paulatinamente foram sendo instalados medidores de energia elétrica nos consumidores.
A rede é tão precária que basta uma chuva de fim de tarde para que os transformadores estourem e pode se verificar a “olho nu” que os quatro cabos de redes folgados um próximo ao outro sem a ferramenta de isolamento vertical.  Os bairros periféricos e de invasão e nos alagados ainda temos postes de madeira, isso tudo mostra o péssimo serviço que vinha sendo prestado pela empresa, que não esquece o consumidor NA HORA DE ENTREGAR A CONTA E NA HORA DE CORTAR.

Chuva e ventania provocam apagões em bairros da capital


Onde esta a iluminação publica?
Os atos de vandalismo ainda lideram a lista de causadores de dificuldades na iluminação pública. Eles geram problemas que vão desde a quebra das lâmpadas até o roubo de fios e outros equipamentos, comprometendo todo o sistema de iluminação. Essas situações são mais comuns nas praças.
Porém, a CEA declarou no fim de janeiro de 2015 que estaria investindo mais de R$ 4 milhões na recuperação da iluminação pública em todo o Estado. Para executar o serviço, a Companhia de Eletricidade contratou uma empresa especializada em manutenção de rede de distribuição de iluminação pública.
E que seguindo determinação da Resolução nº 414 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que confere a responsabilidade da iluminação pública aos municípios, a Companhia de Eletricidade estava promovendo as medidas administrativas necessárias para conclusão desse processo de transferência, e estava assinando acordos com as prefeituras, por meio dos quais assume o compromisso de realizar a manutenção do sistema de iluminação, mesmo após a assinatura dos termos.

No Brasil e, principalmente no Amapá, alguns municípios, notadamente os menores, estão resistindo, por meio da obtenção de liminares judiciais, a se adequarem ao proposto na resolução da ANEEL. O principal motivo alegado é a falta de recursos financeiros para arcar com os custos que a nova responsabilidade exige. O documento regulatório permite que a gestão dos serviços de iluminação pública seja passada a terceiros por meio de licitação.

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