Por dentro do coletivo
Quando
eu entro no ônibus, me deparo com uma cena tanto surpreendente quanto
tristonha. Não importa se na ida ou vinda do trabalho, a maioria das pessoas lá
dentro estão... dormindo.
Fico pensando nos motivos. Um e o primeiro que vem a mente: não dormiram direito. Bem normal que numa cidade grande, agitada e que "nunca dorme", as pessoas tenham noites mal dormidas. Dois e o que também me parece óbvio: o balanço do ônibus induz ao sono. Eu posso falar isso certificado por vivência própria: desde os meus oito, nove anos, quando no ensino fundamental ia e voltava pra casa de ônibus, na volta principalmente, eu cambaleava e adormecia em grande parte do trajeto. É incrível o poder hipnotizador que o mexe-remexe do ônibus possui e exerce sobre os passageiros!
Ao ver todas aquelas pessoas dormirem, me vem a mente uma infinidade de outras coisas. Como e qual será o trabalho de cada uma delas? Serviços gerais ou atendente? Garçom ou gerente? Deve haver algum chefe por ali, com certeza. Uma dona de casa, uma mãe. Um pai solteiro. E começo a pensar nos desafios que essas pessoas tem passado. Será que já estão enjoadas do emprego atual? Ou o emprego novo não é como imaginavam ser, mas a crise tá feia e não tá dando pra escolher? Penso que levaram uma bronca do "superior imediato", e estão cansadas de só trabalhar, trabalhar e não ter quase nunca uma folga no orçamento.
Tem algumas pessoas que estão tão cansadas, pensem, tão cansadas, que o pescoço parece de borracha. Explico. Imagine a cena, é simples: o pescoço está curvado de tal forma que o queixo afunda no peito. E no zig-zag do ônibus os pescoços de muitas delas rola de lá pra cá, e de cá pra lá. Dói de ver.
Penso que, de certa forma, o caminho entre a casa e o trabalho numa cidade grande e com trânsito apocalíptico, dormir seja uma ideia inteligente. Você se encosta ali e, quando o sono vem, dá pra tentar recuperar alguma coisa. O cérebro hiberna, os músculos relaxam... afinal, a média de tempo da viagem é de 45 minutos, uma hora.
Tudo bem que os assentos dos ônibus não são aquela coisa mais confortável do mundo, especialmente na parte pra se encostar a cabeça. Aliás, essa é a coisa mais mal projetada num ônibus, penso eu.
Apesar das buzinas, cochichos e apitos do sinal de parada solicitada que é recorrente dentro do ônibus, seja na ida ou volta do trabalho, muitas pessoas conseguem dormir bem.
Só as sentadas, porque as que vão em pé, e eu sempre estou nesse meio – por opção mesmo –, bem, aí não tem sossego.
Fico pensando nos motivos. Um e o primeiro que vem a mente: não dormiram direito. Bem normal que numa cidade grande, agitada e que "nunca dorme", as pessoas tenham noites mal dormidas. Dois e o que também me parece óbvio: o balanço do ônibus induz ao sono. Eu posso falar isso certificado por vivência própria: desde os meus oito, nove anos, quando no ensino fundamental ia e voltava pra casa de ônibus, na volta principalmente, eu cambaleava e adormecia em grande parte do trajeto. É incrível o poder hipnotizador que o mexe-remexe do ônibus possui e exerce sobre os passageiros!
Ao ver todas aquelas pessoas dormirem, me vem a mente uma infinidade de outras coisas. Como e qual será o trabalho de cada uma delas? Serviços gerais ou atendente? Garçom ou gerente? Deve haver algum chefe por ali, com certeza. Uma dona de casa, uma mãe. Um pai solteiro. E começo a pensar nos desafios que essas pessoas tem passado. Será que já estão enjoadas do emprego atual? Ou o emprego novo não é como imaginavam ser, mas a crise tá feia e não tá dando pra escolher? Penso que levaram uma bronca do "superior imediato", e estão cansadas de só trabalhar, trabalhar e não ter quase nunca uma folga no orçamento.
Tem algumas pessoas que estão tão cansadas, pensem, tão cansadas, que o pescoço parece de borracha. Explico. Imagine a cena, é simples: o pescoço está curvado de tal forma que o queixo afunda no peito. E no zig-zag do ônibus os pescoços de muitas delas rola de lá pra cá, e de cá pra lá. Dói de ver.
Penso que, de certa forma, o caminho entre a casa e o trabalho numa cidade grande e com trânsito apocalíptico, dormir seja uma ideia inteligente. Você se encosta ali e, quando o sono vem, dá pra tentar recuperar alguma coisa. O cérebro hiberna, os músculos relaxam... afinal, a média de tempo da viagem é de 45 minutos, uma hora.
Tudo bem que os assentos dos ônibus não são aquela coisa mais confortável do mundo, especialmente na parte pra se encostar a cabeça. Aliás, essa é a coisa mais mal projetada num ônibus, penso eu.
Apesar das buzinas, cochichos e apitos do sinal de parada solicitada que é recorrente dentro do ônibus, seja na ida ou volta do trabalho, muitas pessoas conseguem dormir bem.
Só as sentadas, porque as que vão em pé, e eu sempre estou nesse meio – por opção mesmo –, bem, aí não tem sossego.
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