MP/AP
Investiga furtos de
veículos e alerta para o golpe do ‘Chapolin’
Reinaldo Coelho
Da Editoria
A aprendizagem criminosa é
célere, as novidades são importadas rapidamente pelos aprendizes do crime.
Macapá tem uma frota de mais de 140 mil automóveis e a falta de rodovias que de
acesso outros Estados não vem inibindo o roubo de carros no Amapá,
principalmente em Macapá.
A Polícia Civil, com seu
serviço de inteligência, vem atuando contra este segmento criminoso,
descobrindo desmanches, localizando e prendendo as quadrilhas que praticam os
crimes de roubo e interceptação de veículos em Macapá.
A maioria dos assaltos na
capital é cometida por motociclistas, garantiu a Polícia Militar do Amapá (PM).
De acordo com os registros, mais de 50% das ocorrências de roubos apontam que
os assaltantes utilizaram motos quase sempre roubadas.
O subcomandante da PM,
Rodolfo Oliveira, informou que este ano, 127 motocicletas foram roubadas na
capital e segundo ele, os veículos permanecem na cidade para serem utilizados
em crimes ou serviços clandestinos, como por exemplo, de transporte.
Em 2014 dois homens foram
presos pela Polícia Interestadual (POLINTER) suspeitos de integrarem uma
quadrilha descoberta em 2013 que praticava os crimes de roubo e interceptação
de veículos em Macapá. Dos seis carros roubados, a polícia ainda conseguiu
recuperar dois em 2013. Segundo as investigações, os suspeitos tinham
preferência em roubar carros no modelo 'sedan' e de cor preta.
A novidade
Trata-se do uso de um
dispositivo conhecido como “chapolin”, que, acionado pelos criminosos a certa
distância do veículo, bloqueia o alarme e suas funções, como o travamento de
portas.
O Ministério Público do
Amapá (MP-AP), por meio da Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais
(PICC), depois de denúncias, instaurou procedimentos para investigar furtos em
automóveis que vêm ocorrendo sem nenhum arrombamento, no centro de Macapá.
Segundo a promotora de
justiça e coordenadora do Núcleo de Investigação da PICC, Andréa Guedes de
Medeiros, o “chapolin” é um controle remoto para eletroeletrônicos, vendido
ilegalmente em sites estrangeiros e brasileiros. Os criminosos descobriram um
“efeito colateral” desse aparelho: quando acionado, ele inibe e invalida o
comando de outros controles, como os dos alarmes de veículos. Dessa forma, o
dono acredita que o carro foi trancado, mas o ladrão conseguirá abri-lo
facilmente.
O Ministério Público
recomenda que as pessoas fiquem atentas ao som do bip, pois, quando o
bloqueador é acionado, não é possível ouvir o barulho do travamento das portas,
nem o acionamento do alarme.
“Nós estamos preocupados,
temos conhecimento das denúncias há quase três meses, e posteriormente, demos
início às investigações na tentativa de alertar e ajudar na segurança da
população”, ressaltou a promotora.
Além do MP-AP, participam
também das investigações o Centro integrado de Operação e Defesa Social
(CIODS). Outra recomendação é para que as pessoas, mesmo acionando o bip do
carro, retornem ao veículo verificando se realmente as travas do carro foram
trancadas.
Foto em anexo de divulgação:
Promotora de Justiça, coordenadora do núcleo de investigação da PICC Andréa
Guedes de Medeiros.
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