sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Área de exploração de petróleo no Amapá

Área de exploração de petróleo no Amapá

Pesquisadores mapeiam dados para licença de exploração de petróleo na costa amapaense.



 As empresas BP Energy do Brasil Ltda., Queiroz Galvão Exploração e produção S.A. e Total E&P do Brasil Ltda serão responsáveis pela exploração após aderirem o leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP), em 2013, 12 blocos exploratórios na costa norte do Amapá, numa faixa oceânica que se estende do Oiapoque, passando por Calçoene, até o Amapá.
O total dos arremates somou R$ 802 milhões, o que representa quase 30% de toda a licitação leiloada pela ANP, que alcançou a cifra de R$ 2,2 bilhões. O investimento mínimo obrigatório em pesquisas a serem realizadas pelas empresas no Amapá vai ser de R$ 1,624 bilhão.
Para iniciar a exploração do petróleo, as empresas operadoras precisam obter junto ao Ibama as licenças ambientais. A exploração de petróleo está prevista para iniciar em 2018.

Diagnostico
Esta semana as três empresas receberam um diagnóstico sobre as espécies de peixes e flora existentes na costa do estado. O documento ainda contém informações sobre a aquicultura e economia dos cinco municípios que serão afetados pelas multinacionais.


O diagnóstico servirá como base para as petrolíferas solicitarem a licença de exploração ao Instituto de Meio Ambiente (Ibama) e foi produzido pelo Instituto Estadual de Pesquisa (Iepa) e Universidade do Estado do Amapá (Ueap).
As informações vão montar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto do Meio Ambiente (Rima) das empresas, documentos obrigatórios para o Ibama autorizar a exploração na costa amapaense.
De acordo com a diretora-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap), Mary Guedes, os estudos feitos por pesquisadores do estado foram financiados pelas empresas que ganharam o leilão de exploração de petróleo. Foram investivos R$ 267 mil nos estudos, desembolsados pela BP Energy, Queiroz Galvão e Total.
"Foi um acordo de cooperação técnica com a fundação e as três empresas para gerar esses estudos. A pesquisa obedece ao termo de referência do Ibama, que exige estudos para prever algum tipo de impacto ambiental. Esse documento dá a certeza de que a exploração de petróleo não vai afetar a vida das espécies, por exemplo", disse a diretora-presidente.
A Fapeap também propôs às empresas a realização de estudos mais aprofundados sobre os temas nas áreas onde a exploração de petróleo vai influenciar. A próxima etapa seria com visitas a campo e ocorreria somente depois de o Ibama apontar alguma inexistência de informações no diagnóstico apresentado nesta terça-feira.
 Os dados foram divididos em informações inéditas sem publicação, conhecidas por "primárias"; e divulgados em outras fontes de pesquisas, chamadas por "secundárias".
O estudo reúne informações dos municípios de Calçoene, Itaubal, Macapá, Oiapoque e Santana, no Amapá; e Chaves e Afuá, no Pará. Todas as localidades estão na bacia da foz do rio Amazonas.

Descoberta de petróleo
Nos dias 14 e 15 de maio de 2013, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) leiloou 14 blocos para exploração de petróleo no litoral do Amapá. O total dos arremates somou R$ 802 milhões, o que representa quase 30% de toda a licitação leiloada pela ANP, que alcançou a cifra de R$ 2,2 bilhões. A previsão é inciar a exploração a partir de 2018.

Pesquisas


As pesquisas de diagnóstico ambientais foram realizadas por meio de um Termo de Cooperação no valor aproximado de R$ 268 mil com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) – órgão vinculado ao governo do Estado.
Atuaram diretamente no processo 20 profissionais do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa) e da Universidade do Estado do Amapá (Ueap). O material subsidia as empresas BP e Total na construção do plano de Estudos de Impactos Ambientais, utilizado para a retirada da licença ambiental no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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