Área de exploração de petróleo no Amapá
Pesquisadores
mapeiam dados para licença de exploração de petróleo na costa amapaense.
As empresas BP Energy do Brasil Ltda., Queiroz
Galvão Exploração e produção S.A. e Total E&P do Brasil Ltda serão
responsáveis pela exploração após aderirem o leilão da Agência Nacional de
Petróleo (ANP), em 2013, 12 blocos exploratórios na costa norte do Amapá, numa
faixa oceânica que se estende do Oiapoque, passando por Calçoene, até o Amapá.
O
total dos arremates somou R$ 802 milhões, o que representa quase 30% de toda a
licitação leiloada pela ANP, que alcançou a cifra de R$ 2,2 bilhões. O
investimento mínimo obrigatório em pesquisas a serem realizadas pelas empresas
no Amapá vai ser de R$ 1,624 bilhão.
Para
iniciar a exploração do petróleo, as empresas operadoras precisam obter junto
ao Ibama as licenças ambientais. A exploração de petróleo está prevista para
iniciar em 2018.
Diagnostico
Esta
semana as três empresas receberam um diagnóstico sobre as espécies de peixes e
flora existentes na costa do estado. O documento ainda contém informações sobre
a aquicultura e economia dos cinco municípios que serão afetados pelas
multinacionais.
O
diagnóstico servirá como base para as petrolíferas solicitarem a licença de
exploração ao Instituto de Meio Ambiente (Ibama) e foi produzido pelo Instituto
Estadual de Pesquisa (Iepa) e Universidade do Estado do Amapá (Ueap).
As
informações vão montar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de
Impacto do Meio Ambiente (Rima) das empresas, documentos obrigatórios para o
Ibama autorizar a exploração na costa amapaense.
De
acordo com a diretora-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá
(Fapeap), Mary Guedes, os estudos feitos por pesquisadores do estado foram
financiados pelas empresas que ganharam o leilão de exploração de petróleo.
Foram investivos R$ 267 mil nos estudos, desembolsados pela BP Energy, Queiroz
Galvão e Total.
"Foi
um acordo de cooperação técnica com a fundação e as três empresas para gerar
esses estudos. A pesquisa obedece ao termo de referência do Ibama, que exige
estudos para prever algum tipo de impacto ambiental. Esse documento dá a
certeza de que a exploração de petróleo não vai afetar a vida das espécies, por
exemplo", disse a diretora-presidente.
A
Fapeap também propôs às empresas a realização de estudos mais aprofundados
sobre os temas nas áreas onde a exploração de petróleo vai influenciar. A
próxima etapa seria com visitas a campo e ocorreria somente depois de o Ibama
apontar alguma inexistência de informações no diagnóstico apresentado nesta
terça-feira.
Os dados foram divididos em informações
inéditas sem publicação, conhecidas por "primárias"; e divulgados em
outras fontes de pesquisas, chamadas por "secundárias".
O
estudo reúne informações dos municípios de Calçoene, Itaubal, Macapá, Oiapoque
e Santana, no Amapá; e Chaves e Afuá, no Pará. Todas as localidades estão na
bacia da foz do rio Amazonas.
Descoberta de petróleo
Nos
dias 14 e 15 de maio de 2013, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) leiloou 14
blocos para exploração de petróleo no litoral do Amapá. O total dos arremates
somou R$ 802 milhões, o que representa quase 30% de toda a licitação leiloada
pela ANP, que alcançou a cifra de R$ 2,2 bilhões. A previsão é inciar a
exploração a partir de 2018.
Pesquisas
As
pesquisas de diagnóstico ambientais foram realizadas por meio de um Termo de
Cooperação no valor aproximado de R$ 268 mil com a Fundação de Amparo à
Pesquisa do Amapá (Fapeap) – órgão vinculado ao governo do Estado.
Atuaram
diretamente no processo 20 profissionais do Instituto de Pesquisas Científicas
e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa) e da Universidade do Estado do Amapá
(Ueap). O material subsidia as empresas BP e Total na construção do plano de
Estudos de Impactos Ambientais, utilizado para a retirada da licença ambiental
no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama).
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