sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Matéria de capa


Clécio Luís, um lobo disfarçado de ovelha.



Da Superintendência

Um conceito médico sobre dupla personalidade ou o transtorno dissociativo afirma que esse problema não está ligado à esquizofrenia, psicopatia ou algo do tipo. Quem sofre desse transtorno acredita em suas próprias mentiras como se fosse realidade, cria convicções e por conta desse fato tem reações diferentes diante da mesma situação.

O prefeito de Macapá, Clécio Luís, se encaixa perfeitamente nesse arquétipo. Com um perfil de socialista convicto, defensor das teorias Marxistas, Engels, Saint-Simon, Charles Fourier etc... Sempre utilizou os discursos anticapitalismo para justificar sua existência na política amapaense. Como vereador, utilizava-se da boa retórica para disparar frases feitas contra a corrupção impregnada que alegava existir na direita capitalista e sempre esposava o discurso baseado nas orientações do Partido Socialismo e Liberdade, no qual ingressou em 2005, após o surgimento da Sigla.

O artigo quarto do Estatuto versa o seguinte: Art. 4º - O Partido SOCIALISMO E LIBERDADE atuará em âmbito nacional, com estrita observância deste Estatuto, do seu Programa Partidário e da Legislação em vigor.
Clécio e Randolfe do PSOL rasgaram o estatuto do partido
O quinto orienta as ações de seus militantes, leiam: Art. 5º - O Partido SOCIALISMO E LIBERDADE desenvolverá ações com o objetivo de organizar e construir, junto com os trabalhadores do campo e da cidade, de todos os setores explorados, excluídos e oprimidos, bem como os estudantes, os pequenos produtores rurais e urbanos, a clareza acerca da necessidade histórica da construção de uma sociedade socialista, com ampla democracia para os trabalhadores, que assegure a liberdade de expressão política, cultural, artística, racial, sexual e religiosa, tal como está expressado no programa partidário.

Mas a personalidade ambígua de Clécio levou-o a rasgar o Estatuto Psolista e se abraçar com seus figadais adversários. A direita capitalista. Na eleição municipal de 2012 venceu no segundo turno abraçado com o DEM, do empresário Davi Alcolumbre, aliado histórico do PSDB e com o PTB de Lucas Barreto. Numa entrevista concedida a Revista Carta Capital, Pasmem os senhores e leiam o que disse o duas caras ‘Clécio’, à época, para justificar tamanha incoerência:
Prefeito eleito de Macapá Clécio Luis em entrevista
 ao TV Estadão e UOL


Clécio Luís: O PSOL tem que entender as diferenças regionais, entender os “Brasis” para se autoafirmar como um partido nacional. Não há uma receita pronta para a militância que se aplique da mesma forma em São Paulo e no Amapá. Seria muito ruim que a gente tivesse um discurso aqui que debatesse apenas grandes temas brasileiros e esquecesse da nossa realidade, como o esquerdismo quer fazer. Por exemplo: você vai numa reunião em Pracuúba, o menor município do Estado. As pessoas estão de pé no chão, descalças. Lá, tudo é muito mais difícil, o dia a dia é o que importa. Se você chegar lá e fizer um discurso da dívida externa, você fala em uma frequência que o povo não te ouve. Ou seja, nós ficamos atentos a essas peculiaridades e por isso há um nível maior de sucesso no diálogo com o povo. 

Esse é o Clécio, que declara para o Brasil que o povo humilde, desprovido dos conhecimentos teóricos das ideologias políticas pode ser perfeitamente enganado, pois nós amapaenses não podemos ser comparados aos paulistanos.

Clécio na atitude controversa da composição de seu arco de aliança já deixava nas entrelinhas o que seria sua administração à frente do município de Macapá. E frase dita por Randolfe Rodrigues ao jornal Folha de São Paulo sobre a eleição municipal de Macapá, de que a disputa aqui era entre o Sol nascente contra quem viu o sol nascer quadrado, por pouco não serviu para os próprios.

os senadores Randolfe Rodrigues e Lindberg Farias
antigos cara pintados
A Operação da Polícia Federal “Limbos” bateu na porta da prefeitura Psolista por fraude no programa ‘Bolsa Família’. A secretária Municipal de Assistência Social e Trabalho (SEMAST) foi presa por fraude. Segundo dados da Polícia Federal o golpe gerou um prejuízo ao erário federal da ordem de R$ 1,7 milhão. A Operação denominada de “LIMBOS” que na mitologia grega personifica a fome, em Macapá serviu para mostrar a falta de caráter do prefeito Clécio Luís, que interrogado sobre o fato disse não conhecer a secretária do seu (des) governo. A indicação era de Randolfe Rodrigues.

Outro fato foi a contratação da empresa Terra Plena condenada pela justiça paraense.

Leiam:
ESTADO DO PARÁ TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS GABINETE DA CONSELHEIRA MARA LÚCIA – Processo nº: 140122002-00 – Classe: Prestação de Contas
Órgão: Secretaria Municipal de Saneamento de Belém - SESAN 
Responsáveis: Francisco Eduardo Pasetto e Ivanize dos Santos Carvalho
Instrução: 3ª Controladoria/TCM
Ministério Público: Procuradora Maria Regina Cunha

Assim, subsiste a manifestação da Controladoria pela irregularidade das contas. O Ministério Público de Contas seguiu o mesmo entendimento (fls. 499-500).

Em 12 de Junho de 2013.
Conselheira Mara Lúcia Relatora
Faço remessa dos presentes autos à Secretaria Geral, do que, para constar, lavro o presente termo.
O juiz Lúcio Barreto Guerreiro, da 13ª Vara Cível da capital em exercício, determinou, ontem, a imediata suspensão do processo licitatório 004/2013-CPL/SESAN, para contratação de empresa para serviços de conservação urbana e coleta de lixo domiciliar em Belém (Lote II) no valor de R$ 120.000.000,00.
A abertura dos envelopes com as propostas ocorreria hoje. A BA Meio Ambiente Ltda. vem lutando na Justiça para evitar que Secretaria de Saneamento do município (SESAN) realize a concorrência para a contratação de serviços que a empresa já executa em contrato assinado com o município e que foi mantido por força de decisão judicial. Caso haja descumprimento da decisão o juiz estipula multa diária de R$ 15 mil a ser paga pela prefeitura e por desobediência (art. 330 do Código Penal).

Em Macapá esta empresa paraense entrou pelos braços do Psolista Edmilson Rodrigues e numa licitação eivada de ilicitudes abocanhou um polpudo contrato de R$ 58 milhões de reais, apesar do desembargador Gilberto de Paula Pinheiro ter dado liminar pela suspensão dos efeitos do processo licitatório, estranhamento a empresa que litigava contra a Prefeitura, desistiu da ação, mesmo com uma vitória parcial no processo e o Clécio Luís, mais uma vez levou adiante mais uma ação nebulosa de sua temerária gestão.

Recentemente, um professor procurou a redação do Tribuna Amapaense e apresentou uma carta denúncia contra supostos abusos cometidas dentro da Secretaria Municipal de Educação.

Segue trechos da carta:
“As condições das escolas municipais em Macapá”. ... As escolas recebem dez cotas dos recursos de manutenção e merenda dependendo do número de alunos matriculados no ano anterior, pelo censo escolar. Então começa a problemática, pois este ano de 2015 com o número de matrículas desenfreadas e sem ampliação de espaços, o número de aluno quase dobrou, comprometendo os recursos que não são suficientes para atender a demanda de alunos. ... Outro grande problema que atrapalha a qualidade da merenda é que os depósitos da SEMED deveria entregar mensalmente a cada escola 70% de gêneros alimentícios e nem 30% desses produtos chegam as escolas e o denunciante segue num corolário de denúncias contra a gestão de Clécio Luís.

Clécio para se eleger em 2010 uniu-se a direita , caso do DEM 

Clécio é isso, um poço de contradição. Um homem de ‘duas caras’ que diz o que não faz e faz o que não diz. Para você ter uma ideia de quem é Clécio Luís, ele ingressou no Partido Socialismo e Liberdade (Psol) em 2005, quando a sigla recebeu registro do Tribunal Superior Eleitoral. O Psol foi fundado em 2004, após a expulsão de Heloisa Helena, Babá, João Fontes e Luciana Genro por tecerem duras críticas ao Partido dos Trabalhadores pelo distanciamento das diretrizes ideológicas do socialismo, ideologia que o PT defendia até antes de chegar ao poder.

Meus amigos nesses anos de filiação no Psol o PARTIDO só serviu para dar aos dois os mandatos de PREFEITO e SENADOR. Nenhum respeito ao Estatuto do Psol e um festival de notas de desagravo contra o comportamento camaleônico dos dois. Agora tanto um quanto o outro ensaia a saída do Psol em busca de novos ninhos. Pasmem! Clécio, socialista (convicto!?) quer ir para o PROS. E, Randolfe Rodrigues? Especula-se que deva pedir arrego ao PT, prato em que comeu e cuspiu, dizendo-se envergonhado com os antigos companheiros, pois haviam maculado suas biografias de defensores dos pobres e trabalhadores, envolvendo-se em escândalos de corrupção (leia-se Mensalão). Hoje anda de braços dados e defende a permanência da presidente Dilma Rousseff no governo. Até agora não pintou a cara de verde e amarelo e foi as ruas pedir moralidade com a coisa pública, mas anda com a cara lustrosa de Óleo de Peroba, na cara de pau que usa para defender um mandato inoperante de poucos resultados após quatro anos de muito blá blá blá e pouca prática. Aliás, comportamento normal para a “esquerda caviar”.






Se Joseph Goobbels, responsável pela propaganda Nazista estivesse vivo diria aos dois camaleões. Esses homens são perigosos, eles acreditam no que dizem.

Como entraram no Psol:
Randolfe Rodrigues e Clécio Luís, ambos petistas à época, o primeiro deputado estadual e o segundo vereador pegaram carona nesse arroubo de moralidade do BIP intelectual da esquerda brasileira, como (+) Asis Ab’Saber (geógrafo) Milton Temer (jornalista) Leandro Konder (filósofo) entre outros e assinaram ficha de filiação na nova sigla que surgia com espectro político de trafegar na esquerda e na extrema esquerda em suas ações e pensamentos.
Não demorou, para os Psolistas perceberem que compraram ‘gato por lebre’. Na eleição municipal de 2010 Clécio Luís, em pleno exercício do segundo mandato de vereador, lança sua candidatura a prefeitura de Macapá e forma uma chapa com o vice do Partido Popular Socialista (PPS) – base da direita (PSDB e DEM) na Câmara e forma a coligação Unidade Popular, composta pelos partidos – PPS, PRTB, PMN, PTC, PV, PCB e Psol.

Da frente de partidos, o único considerado de esquerda é o PCB, os demais totalmente ligados a direita. Mas quem pensava que o cinismo de Clécio parava por aí se enganou, ele no segundo turno da eleição fez um acordo político com os Democratas do empresário Davi Alcolumbre e o Partido da Social Democracia Brasileira PTB de Lucas Barreto.

Quem acredita nesse rapaz?

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