Clécio Luís, um lobo disfarçado de ovelha.
Da Superintendência
Um conceito médico sobre dupla personalidade
ou o transtorno dissociativo afirma que esse problema não está ligado à
esquizofrenia, psicopatia ou algo do tipo. Quem sofre desse transtorno acredita
em suas próprias mentiras como se fosse realidade, cria convicções e por conta
desse fato tem reações diferentes diante da mesma situação.
O prefeito de Macapá, Clécio Luís, se encaixa
perfeitamente nesse arquétipo. Com um perfil de socialista convicto, defensor
das teorias Marxistas, Engels, Saint-Simon, Charles Fourier etc... Sempre
utilizou os discursos anticapitalismo para justificar sua existência na
política amapaense. Como vereador, utilizava-se da boa retórica para disparar
frases feitas contra a corrupção impregnada que alegava existir na direita
capitalista e sempre esposava o discurso baseado nas orientações do Partido
Socialismo e Liberdade, no qual ingressou em 2005, após o surgimento da Sigla.
O artigo quarto do Estatuto versa o
seguinte: Art. 4º - O Partido SOCIALISMO E LIBERDADE atuará em
âmbito nacional, com estrita observância deste Estatuto, do seu Programa
Partidário e da Legislação em vigor.
Clécio e Randolfe do PSOL rasgaram o estatuto do partido |
O quinto orienta as ações de seus militantes, leiam: Art. 5º - O Partido SOCIALISMO
E LIBERDADE desenvolverá ações com o objetivo de organizar e construir,
junto com os trabalhadores do campo e da cidade, de todos os setores
explorados, excluídos e oprimidos, bem como os estudantes, os pequenos
produtores rurais e urbanos, a clareza acerca da necessidade histórica da
construção de uma sociedade socialista, com ampla democracia para os
trabalhadores, que assegure a liberdade de expressão política, cultural,
artística, racial, sexual e religiosa, tal como está expressado no programa
partidário.
Mas a personalidade ambígua de Clécio levou-o
a rasgar o Estatuto Psolista e se abraçar com seus figadais adversários. A
direita capitalista. Na eleição municipal de 2012 venceu no segundo turno
abraçado com o DEM, do empresário Davi Alcolumbre, aliado histórico do PSDB e
com o PTB de Lucas Barreto. Numa entrevista concedida a Revista Carta Capital,
Pasmem os senhores e leiam o que disse o duas caras ‘Clécio’, à época, para
justificar tamanha incoerência:
Prefeito eleito de Macapá Clécio Luis em entrevista ao TV Estadão e UOL |
Clécio Luís: O PSOL tem que entender as
diferenças regionais, entender os “Brasis” para se autoafirmar como um partido
nacional. Não há uma receita pronta para a militância que se aplique da mesma
forma em São Paulo e no Amapá. Seria muito ruim que a gente tivesse um discurso
aqui que debatesse apenas grandes temas brasileiros e esquecesse da nossa
realidade, como o esquerdismo quer fazer. Por exemplo: você vai numa reunião em
Pracuúba, o menor município do Estado. As pessoas estão de pé no chão,
descalças. Lá, tudo é muito mais difícil, o dia a dia é o que importa. Se você
chegar lá e fizer um discurso da dívida externa, você fala em uma frequência
que o povo não te ouve. Ou seja, nós ficamos atentos a essas peculiaridades e
por isso há um nível maior de sucesso no diálogo com o povo.
Esse é o Clécio, que declara para o Brasil
que o povo humilde, desprovido dos conhecimentos teóricos das ideologias
políticas pode ser perfeitamente enganado, pois nós amapaenses não podemos ser
comparados aos paulistanos.
Clécio na atitude controversa da composição
de seu arco de aliança já deixava nas entrelinhas o que seria sua administração
à frente do município de Macapá. E frase dita por Randolfe Rodrigues ao jornal
Folha de São Paulo sobre a eleição municipal de Macapá, de que a disputa aqui
era entre o Sol nascente contra quem viu
o sol nascer quadrado, por pouco não serviu para os próprios.
A Operação da Polícia Federal “Limbos” bateu
na porta da prefeitura Psolista por fraude no programa ‘Bolsa Família’. A secretária
Municipal de Assistência Social e Trabalho (SEMAST) foi presa por fraude.
Segundo dados da Polícia Federal o golpe gerou um prejuízo ao erário federal da
ordem de R$ 1,7 milhão. A Operação denominada de “LIMBOS” que na mitologia
grega personifica a fome, em Macapá serviu para mostrar a falta de caráter do
prefeito Clécio Luís, que interrogado sobre o fato disse não conhecer a secretária
do seu (des) governo. A indicação era de Randolfe Rodrigues.
Outro fato foi a contratação da empresa Terra
Plena condenada pela justiça paraense.
Leiam:
ESTADO DO PARÁ TRIBUNAL
DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS GABINETE
DA CONSELHEIRA MARA LÚCIA – Processo nº: 140122002-00 – Classe: Prestação
de Contas
Órgão: Secretaria Municipal de
Saneamento de Belém - SESAN
Responsáveis: Francisco Eduardo Pasetto
e Ivanize dos Santos Carvalho
Instrução: 3ª Controladoria/TCM
Ministério Público: Procuradora Maria
Regina Cunha
Assim, subsiste a manifestação da
Controladoria pela irregularidade das contas. O Ministério Público de Contas
seguiu o mesmo entendimento (fls. 499-500).
Em 12 de Junho de 2013.
Conselheira Mara Lúcia Relatora
Faço remessa dos presentes autos à Secretaria
Geral, do que, para constar, lavro o presente termo.
O juiz Lúcio Barreto Guerreiro, da 13ª Vara
Cível da capital em exercício, determinou, ontem, a imediata suspensão do processo licitatório
004/2013-CPL/SESAN, para contratação de empresa para serviços de
conservação urbana e coleta de lixo domiciliar em Belém (Lote II) no valor de
R$ 120.000.000,00.
A abertura dos envelopes com as propostas
ocorreria hoje. A BA Meio Ambiente Ltda. vem lutando na Justiça para evitar que
Secretaria de Saneamento do município (SESAN) realize a concorrência para a
contratação de serviços que a empresa já executa em contrato assinado com o
município e que foi mantido por força de decisão judicial. Caso haja
descumprimento da decisão o juiz estipula multa diária de R$ 15 mil a ser paga
pela prefeitura e por desobediência (art. 330 do Código Penal).
Em Macapá esta empresa paraense entrou pelos
braços do Psolista Edmilson Rodrigues e numa licitação eivada de ilicitudes
abocanhou um polpudo contrato de R$ 58 milhões de reais, apesar do
desembargador Gilberto de Paula Pinheiro ter dado liminar pela suspensão dos
efeitos do processo licitatório, estranhamento a empresa que litigava contra a
Prefeitura, desistiu da ação, mesmo com uma vitória parcial no processo e o
Clécio Luís, mais uma vez levou adiante mais uma ação nebulosa de sua temerária
gestão.
Recentemente, um professor procurou a redação
do Tribuna Amapaense e apresentou uma carta denúncia contra supostos abusos
cometidas dentro da Secretaria Municipal de Educação.
Segue trechos da carta:
“As
condições das escolas municipais em Macapá”. ... As escolas recebem dez cotas
dos recursos de manutenção e merenda dependendo do número de alunos
matriculados no ano anterior, pelo censo escolar. Então começa a problemática,
pois este ano de 2015 com o número de matrículas desenfreadas e sem ampliação
de espaços, o número de aluno quase dobrou, comprometendo os recursos que não
são suficientes para atender a demanda de alunos. ... Outro grande problema que
atrapalha a qualidade da merenda é que os depósitos da SEMED deveria entregar
mensalmente a cada escola 70% de gêneros alimentícios e nem 30% desses produtos
chegam as escolas e o denunciante segue num corolário de denúncias contra a
gestão de Clécio Luís.
Clécio é isso, um poço de contradição. Um
homem de ‘duas caras’ que diz o que não faz e faz o que não diz. Para você ter
uma ideia de quem é Clécio Luís, ele ingressou no Partido Socialismo e
Liberdade (Psol) em 2005, quando a sigla recebeu registro do Tribunal Superior
Eleitoral. O Psol foi fundado em 2004, após a expulsão de Heloisa Helena, Babá,
João Fontes e Luciana Genro por tecerem duras críticas ao Partido dos Trabalhadores
pelo distanciamento das diretrizes ideológicas do socialismo, ideologia que o
PT defendia até antes de chegar ao poder.
Meus amigos nesses anos de filiação no Psol o
PARTIDO só serviu para dar aos dois os mandatos de PREFEITO e SENADOR. Nenhum respeito
ao Estatuto do Psol e um festival de notas de desagravo contra o comportamento
camaleônico dos dois. Agora tanto um quanto o outro ensaia a saída do Psol em
busca de novos ninhos. Pasmem! Clécio, socialista (convicto!?) quer ir para o PROS.
E, Randolfe Rodrigues? Especula-se que deva pedir arrego ao PT, prato em que
comeu e cuspiu, dizendo-se envergonhado com os antigos companheiros, pois
haviam maculado suas biografias de defensores dos pobres e trabalhadores,
envolvendo-se em escândalos de corrupção (leia-se Mensalão). Hoje anda de
braços dados e defende a permanência da presidente Dilma Rousseff no governo.
Até agora não pintou a cara de verde e amarelo e foi as ruas pedir moralidade
com a coisa pública, mas anda com a cara lustrosa de Óleo de Peroba, na cara de
pau que usa para defender um mandato inoperante de poucos resultados após
quatro anos de muito blá blá blá e pouca prática. Aliás, comportamento normal
para a “esquerda caviar”.
Se Joseph Goobbels, responsável pela
propaganda Nazista estivesse vivo diria aos dois camaleões. Esses homens são
perigosos, eles acreditam no que dizem.
Como entraram no Psol:
Randolfe Rodrigues e Clécio Luís, ambos
petistas à época, o primeiro deputado estadual e o segundo vereador pegaram
carona nesse arroubo de moralidade do BIP intelectual da esquerda brasileira,
como (+) Asis Ab’Saber (geógrafo) Milton Temer (jornalista) Leandro Konder
(filósofo) entre outros e assinaram ficha de filiação na nova sigla que surgia
com espectro político de trafegar na esquerda e na extrema esquerda em suas
ações e pensamentos.
Não demorou, para os Psolistas perceberem que
compraram ‘gato por lebre’. Na eleição municipal de 2010 Clécio Luís, em pleno
exercício do segundo mandato de vereador, lança sua candidatura a prefeitura de
Macapá e forma uma chapa com o vice do Partido Popular Socialista (PPS) – base
da direita (PSDB e DEM) na Câmara e forma a coligação Unidade Popular, composta
pelos partidos – PPS, PRTB, PMN, PTC, PV, PCB e Psol.
Da frente de partidos, o único considerado de
esquerda é o PCB, os demais totalmente ligados a direita. Mas quem pensava que
o cinismo de Clécio parava por aí se enganou, ele no segundo turno da eleição
fez um acordo político com os Democratas do empresário Davi Alcolumbre e o
Partido da Social Democracia Brasileira PTB de Lucas Barreto.
Quem acredita nesse rapaz?
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