sexta-feira, 4 de março de 2016

EDITORIAL

Editorial
ZFV e o desenvolvimento econômico do Amapá


A Zona Franca Verde (ZFV) é um marco político para o desenvolvimento sustentável, de criar opções econômicas viáveis para o Estado do Amapá. E apesar de ainda em construção, já obteve resultados incontestavelmente positivos, na medida em que, gradativamente, acaba com um modelo econômico do contracheque e adota um novo modelo de desenvolvimento com sustentabilidade.
Com efeito, a ZFV valoriza a produção local em detrimento da importação e possibilita ao homem do interior a exploração de produtos florestais renováveis sem agressão ao meio ambiente.
A renúncia fiscal (IPI),estabelecida na legislação regulamentar, tem como finalidade última a relação custo-benefício positiva na geração de emprego e renda. Pode-se ressaltar inclusive que a ZFV ao gerar renda, tendo sempre por escopo o desenvolvimento sustentável, se constitui num mecanismo que viabiliza uma vida digna para a população, observando, portanto, os dois aspectos intrínsecos ao desenvolvimento anteriormente apontados: crescimento econômico e qualidade de vida, na medida em que tornou os produtos florestais mais rentáveis para os produtores rurais e populações tradicionais e indígenas.
Alémde garantir a proteção da natureza, com valorização sócio-ambiental, realizando ações coordenadas no âmbito do governo, em bases integradas e cooperativas para alcançar a eficácia na implementação das políticas públicas, otimizando a aplicação dos recursos. O Amapá é a unidade da federação com o alto nível de conservação de suas florestas índex que vão confirmar o sucesso do modelo de desenvolvimento econômico adotado.
Porém, as indústrias somente terão o benefício – desoneração do IPI, se utilizarem de forma preponderante, na fabricação dos produtos matéria-prima de origem animal, vegetal e mineral, da nossa região, com as exceções legais. E esses produtos fabricados na Zona Franca Verde podem ser exportados para o exterior e todo o território nacional. É uma porta espetacular que se abre para a economia amapaense.
As oportunidades oferecidas e a logística estadual interna favorece uma gama imensa de possibilidades que vão desde a instalação de grandes frigoríficos para aproveitamento do nosso manancial pesqueiro e agropastoril. E existem muitos empresários querendo investir devido a nossa posição geoestratégica e o nosso crescente mercado interno. Casos de empresários asiáticos (Japão e China) que já vierem apresentar suas propostas e conhecer a área.
Alguns problemas tem que ser superados e isso o governador Waldez Góes já começou a agir, pedindo apoio a Bancada Federal, ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para que sejam carreados recursos federais para a conclusão de obras essenciais ao funcionamento da ZVC.
Pois sem obras estruturantes seria impossível se pensar em avanços. Obras da BR 156 e 210; Inauguração das Pontes sobre os Rios Oiapoque e Jari. Jáestamos interligados ao SIN, porém é preciso que a União conclua o repasse as terras do Amapá.
A Zona Franca Verde foi um trabalholiderado pelo presidente Sarney há muito tempo e hoje está sob a batuta do governador Waldez Góes, mesmo com muitos se aproveitando para dizerem que são os “pais da criança”. As críticas aparecem, mas sabemos que é uma luta gloriosa, e é uma responsabilidade de todos trabalhar para que tenhamos um Amapá capaz de se auto sustentar economicamente. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...