Editorial
ZFV e o desenvolvimento
econômico do Amapá
A Zona Franca Verde (ZFV) é um marco político
para o desenvolvimento sustentável, de criar opções econômicas viáveis para o
Estado do Amapá. E apesar de ainda em construção, já obteve resultados
incontestavelmente positivos, na medida em que, gradativamente, acaba com um
modelo econômico do contracheque e adota um novo modelo de desenvolvimento com
sustentabilidade.
Com efeito, a ZFV valoriza a produção local
em detrimento da importação e possibilita ao homem do interior a exploração de
produtos florestais renováveis sem agressão ao meio ambiente.
A renúncia fiscal (IPI),estabelecida na
legislação regulamentar, tem como finalidade última a relação custo-benefício
positiva na geração de emprego e renda. Pode-se ressaltar inclusive que a ZFV
ao gerar renda, tendo sempre por escopo o desenvolvimento sustentável, se
constitui num mecanismo que viabiliza uma vida digna para a população,
observando, portanto, os dois aspectos intrínsecos ao desenvolvimento
anteriormente apontados: crescimento econômico e qualidade de vida, na medida
em que tornou os produtos florestais mais rentáveis para os produtores rurais e
populações tradicionais e indígenas.
Alémde garantir a proteção da natureza, com
valorização sócio-ambiental, realizando ações coordenadas no âmbito do governo,
em bases integradas e cooperativas para alcançar a eficácia na implementação
das políticas públicas, otimizando a aplicação dos recursos. O Amapá é a
unidade da federação com o alto nível de conservação de suas florestas índex
que vão confirmar o sucesso do modelo de desenvolvimento econômico adotado.
Porém, as indústrias somente terão o
benefício – desoneração do IPI, se utilizarem de forma preponderante, na
fabricação dos produtos matéria-prima de origem animal, vegetal e mineral, da
nossa região, com as exceções legais. E esses produtos fabricados na Zona
Franca Verde podem ser exportados para o exterior e todo o território nacional.
É uma porta espetacular que se abre para a economia amapaense.
As oportunidades oferecidas e a logística
estadual interna favorece uma gama imensa de possibilidades que vão desde a
instalação de grandes frigoríficos para aproveitamento do nosso manancial
pesqueiro e agropastoril. E existem muitos empresários querendo investir devido
a nossa posição geoestratégica e o nosso crescente mercado interno. Casos de
empresários asiáticos (Japão e China) que já vierem apresentar suas propostas e
conhecer a área.
Alguns problemas tem que ser superados e isso
o governador Waldez Góes já começou a agir, pedindo apoio a Bancada Federal, ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para que sejam
carreados recursos federais para a conclusão de obras essenciais ao
funcionamento da ZVC.
Pois sem obras estruturantes seria impossível
se pensar em avanços. Obras da BR 156 e 210; Inauguração das Pontes sobre os
Rios Oiapoque e Jari. Jáestamos interligados ao SIN, porém é preciso que a
União conclua o repasse as terras do Amapá.
A Zona Franca Verde foi um trabalholiderado
pelo presidente Sarney há muito tempo e hoje está sob a batuta do governador
Waldez Góes, mesmo com muitos se aproveitando para dizerem que são os “pais da
criança”. As críticas aparecem, mas sabemos que é uma luta gloriosa, e é uma
responsabilidade de todos trabalhar para que tenhamos um
Amapá capaz de se auto sustentar economicamente.
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