sexta-feira, 4 de março de 2016

IJOMA

Novidades no diagnóstico e tratamento do câncer de pele
Dr. Beni Grinblat



Uma novidade em diagnóstico é a microscopia confocal, método de imagem que pode ajudar na detecção de algumas formas de câncer de pele. Já em relação ao tratamento existem novas drogas para o melanoma maligno metastático, prescritas pelo oncologista clínico, não por um oncodermatologista. Outra novidade, mas ainda indisponível no Brasil, é o ingenol-mebutate – medicamento de uso tópico para queratosesactínicas, que são lesões de pele pré-cancerosas.
O EXAME CLÍNICO E A CIRURGIA CONTINUAM SENDO, RESPECTIVAMENTE, AS OPÇÕES MAIS COMUNS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE PELE?
Existem diferentes tipos de câncer de pele e as condutas podem ser diferentes para eles. Muitas vezes o diagnóstico é clínico, feito no exame físico realizado pelo dermatologista. A dermatoscopia e o mapeamento de nevos ainda são de extrema importância na detecção de pintas suspeitas e do melanoma maligno. Na suspeita de lesão cancerosa, o exame anatomopatológico é fundamental.


QUAIS AS OPÇÕES DE TRATAMENTO?
Na maioria dos casos a cirurgia é indicada, muitas vezes com anestesia local e realizada em ambiente ambulatorial. A eficácia do procedimento é alta e o risco de recidiva é baixo. O tempo de recuperação dependerá da área e extensão submetida ao procedimento cirúrgico.
A cirurgia micrográfica de Mohs é utilizada para algumas formas e localizações de câncer de pele. Outra opção é o tratamento tópico, mais adequado para formas superficiais da doença e lesões pré-cancerosas. Há também a criocirurgia e a terapia fotodinâmica, um método não cirúrgico com execelente resultado e indicado apenas para algumas formas de câncer de pele e de lesões pré-cancerosas.
Nos casos mais graves, com acometimento de outros órgãos (metástase), o tratamento deve ser realizado em conjunto com um oncologista clínico.
QUAIS AS CHANCES DE CURA DE UM CÂNCER DE PELE DIAGNOSTICADO EM ESTADIO INICIAL E AVANÇADO?
Depende de qual tipo de câncer de pele, mas geralmente, quando diagnosticado precocemente a chance de cura é altíssima, próxima de 100%.
QUAIS OS FATORES DE RISCO?
Antecedente pessoal ou familiar, exposição ao sol, indivíduos com peles mais claras e que se queimam com muita facilidade, uso de câmaras de bronzeamento artificial são alguns fatores de risco. O importante é ressaltarmos a prevenção: uso de roupas, protetor solar com FPS (fator de proteção) mínimo 30 e com proteção anti-UVA e UVB e evitar a exposição solar entre 10 e 15h.
QUAIS REGIÕES DO CORPO SÃO MAIS SUSCETÍVEIS AO CÂNCER DE PELE?
Áreas mais suscetíveis são as expostas ao sol, mas na verdade qualquer região do corpo pode ser acometida pela doença. Existem casos de câncer de pele, por exemplo, na planta do pé e região genital – locais não expostos ao sol.
Fonte: Dr. Beni Grinblat, dermatologista do Núcelo de Oncologia Cutânea – CRM:84426


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