Novidades
no diagnóstico e tratamento do câncer de pele
Dr. Beni Grinblat
Uma novidade
em diagnóstico é a microscopia confocal, método de imagem que pode ajudar na
detecção de algumas formas de câncer de pele. Já em relação ao tratamento
existem novas drogas para o melanoma maligno metastático, prescritas pelo
oncologista clínico, não por um oncodermatologista. Outra novidade, mas ainda
indisponível no Brasil, é o ingenol-mebutate – medicamento de uso tópico para
queratosesactínicas, que são lesões de pele pré-cancerosas.
O EXAME CLÍNICO E A CIRURGIA CONTINUAM
SENDO, RESPECTIVAMENTE, AS OPÇÕES MAIS COMUNS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO
CÂNCER DE PELE?
Existem
diferentes tipos de câncer de pele e as condutas podem ser diferentes para
eles. Muitas vezes o diagnóstico é clínico, feito no exame físico realizado
pelo dermatologista. A dermatoscopia e o mapeamento de nevos ainda são de
extrema importância na detecção de pintas suspeitas e do melanoma maligno. Na
suspeita de lesão cancerosa, o exame anatomopatológico é fundamental.
QUAIS AS OPÇÕES DE TRATAMENTO?
Na maioria dos
casos a cirurgia é indicada, muitas vezes com anestesia local e realizada em
ambiente ambulatorial. A eficácia do procedimento é alta e o risco de recidiva
é baixo. O tempo de recuperação dependerá da área e extensão submetida ao
procedimento cirúrgico.
A cirurgia
micrográfica de Mohs é utilizada para algumas formas e localizações de câncer
de pele. Outra opção é o tratamento tópico, mais adequado para formas
superficiais da doença e lesões pré-cancerosas. Há também a criocirurgia e a
terapia fotodinâmica, um método não cirúrgico com execelente resultado e
indicado apenas para algumas formas de câncer de pele e de lesões
pré-cancerosas.
Nos casos mais
graves, com acometimento de outros órgãos (metástase), o tratamento deve ser
realizado em conjunto com um oncologista clínico.
QUAIS AS CHANCES DE CURA DE UM CÂNCER
DE PELE DIAGNOSTICADO EM ESTADIO INICIAL E AVANÇADO?
Depende de
qual tipo de câncer de pele, mas geralmente, quando diagnosticado precocemente
a chance de cura é altíssima, próxima de 100%.
QUAIS OS FATORES DE RISCO?
Antecedente
pessoal ou familiar, exposição ao sol, indivíduos com peles mais claras e que
se queimam com muita facilidade, uso de câmaras de bronzeamento artificial são alguns
fatores de risco. O importante é ressaltarmos a prevenção: uso de roupas,
protetor solar com FPS (fator de proteção) mínimo 30 e com proteção anti-UVA e
UVB e evitar a exposição solar entre 10 e 15h.
QUAIS REGIÕES DO CORPO SÃO MAIS
SUSCETÍVEIS AO CÂNCER DE PELE?
Áreas mais
suscetíveis são as expostas ao sol, mas na verdade qualquer região do corpo
pode ser acometida pela doença. Existem casos de câncer de pele, por exemplo,
na planta do pé e região genital – locais não expostos ao sol.
Fonte: Dr. Beni Grinblat,
dermatologista do Núcelo de Oncologia Cutânea – CRM:84426
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