O RESGATE DO
BEIJA-FLOR.
Não sou adepto à Ciência ou Religião
Espírita mas sou uma espécie de rábula que busca conhecimentos onde quer que
estejam e sejam disponíveis para compartilhamento. Confesso que um dos meus
robes é a leitura, qualquer que seja a mensagem que disponha e traga-me a
alegria de enriquecimento e de sabedoria. Compartilhar significa dividir para
multiplicar resultados e, também, ajuda mútua na busca de soluções para
amenizar dificuldades. O tema desta semana é uma forma de compartilhar
conhecimentos, vez que não podemos ter ao alcance das mãos tudo o que desejamos
ter. Willian Hoggan, escreve essa estória na revista A Liahona, junho 2015, da
editoria da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
“ No
acampamentos das Moças realizado nas montanhas da Califórnia, as moças e
os líderes esperavam o jantar numa cabana. Enquanto esperávamos, algumas moças
perceberam algo embaixo de uma mesa. Um beija-flor tinha voado para dentro da
cabana, não conseguir sair e acabou caindo no chão. Elas me pediram ajuda.
“ O pássaro parecia quase morto, com o
bico coberto de teias de aranha e as pernas amarrotadas. Delicadamente o
coloquei numa xícara e o levei para
fora. Esperei que ele se recuperasse sozinho, mas no fundo achava que não
sobreviveria. No entanto, quando virei a xícara delicadamente para por o
beija-flor no chão, ao deslizar para fora o passarinho agarrou-se à borda da
xícara com as minúsculas patinhas. Aprumei a xícara, com o pássaro de olhos
fechados pousado na borda. O que fazer então ?
“ Uma das líderes, vendo o pássaro,
misturou um pouco de água com açúcar e me trouxe. Em primeiro lugar, limpei
gentilmente as teias de aranha do bico fino como agulha. Em seguida, molhei o
dedo na água açucarada e levei uma gotinha até a ponta do bico. A gota
desapareceu, embora o pássaro não se tenha movido. Será que o liquido tinha
escorrido para dentro do bico ? Molhei o dedo de novo e levei-o até o bico do
pássaro. Desta vez, uma minúscula língua, mais fina que um fio de cabelo,
lambeu-me o dedo. Por 10 ou 15 minutos, o colibri sorveu gota após gota. Nessa
altura, vários outros líderes haviam se reunido a meu redor, e ofereci-lhes a
oportunidade de alimentá-lo.
“ De repente, o pássaro abriu os olhos
e agitou as penas, que instantaneamente se alisaram. Depois de beber mais
algumas gotas, agitou as asas, aqueceu-as por um segundo e voou para o alto.
Hesitante, planou por um momento sobre nós e depois disparou para longe.
Ficamos ali, atônitos. Dai, tão subitamente quanto o pássaro tinha voado para
longe, vieram as lições espirituais : 1)
Com frequência, quando estendemos a mão para os menos ativos, nosso empenho não parece fazer diferença alguma.
Mas o amor que oferecemos escorre pelas frestas – como o néctar escorreu para
dentro do bico imóvel do beija-flor – promovendo nutrição espiritual que um
dia pode produzir resultados; 2) Às
vezes, não conseguimos prosseguir sozinhos. Precisamos de uma caridosa e
bondosa mão; 3) Às vezes, as pessoas se enrolam nas teias do pecado ou do vício
e precisam da ajuda de um amigo ou de um líder do sacerdócio e do auxílio do
Salvador para libertar-se; 4) Precisamos de nutrição espiritual constante para
perseverar, caso contrário esgotamos as forças espirituais e nos tornamos
vítimas das más influência; 5) O beija-flor se manteve agarrado, literalmente. Isso fez toda a diferença. Às
vezes precisamos simplesmente perseverar com Fé aos lidarmos com os desafios
dolorosos e, não raro, horríveis da vida. “
Quem de nós, algumas vezes, escorregou
pelas bordas do destino e não conseguiu
ficar agarrado a nada ? Desistimos de lutar pela vida, de enfrentar as
dificuldades que se apresentam diante de nós e não conseguimos enxergar
soluções mínimas que sejam, mesmo estando elas ao nosso redor.
Sejamos, pelo menos, imitadores dos que
ajudaram o beija-flor voltar a viver.
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