sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

DE TUDO UM POUCO




O RESGATE DO BEIJA-FLOR.

         Não sou adepto à Ciência ou Religião Espírita mas sou uma espécie de rábula que busca conhecimentos onde quer que estejam e sejam disponíveis para compartilhamento. Confesso que um dos meus robes é a leitura, qualquer que seja a mensagem que disponha e traga-me a alegria de enriquecimento e de sabedoria. Compartilhar significa dividir para multiplicar resultados e, também, ajuda mútua na busca de soluções para amenizar dificuldades. O tema desta semana é uma forma de compartilhar conhecimentos, vez que não podemos ter ao alcance das mãos tudo o que desejamos ter. Willian Hoggan, escreve essa estória na revista A Liahona, junho 2015, da editoria da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
         “ No  acampamentos das Moças realizado nas montanhas da Califórnia, as moças e os líderes esperavam o jantar numa cabana. Enquanto esperávamos, algumas moças perceberam algo embaixo de uma mesa. Um beija-flor tinha voado para dentro da cabana, não conseguir sair e acabou caindo no chão. Elas me pediram ajuda.
         “ O pássaro parecia quase morto, com o bico coberto de teias de aranha e as pernas amarrotadas. Delicadamente o coloquei numa xícara  e o levei para fora. Esperei que ele se recuperasse sozinho, mas no fundo achava que não sobreviveria. No entanto, quando virei a xícara delicadamente para por o beija-flor no chão, ao deslizar para fora o passarinho agarrou-se à borda da xícara com as minúsculas patinhas. Aprumei a xícara, com o pássaro de olhos fechados pousado na borda. O que fazer então ?
         “ Uma das líderes, vendo o pássaro, misturou um pouco de água com açúcar e me trouxe. Em primeiro lugar, limpei gentilmente as teias de aranha do bico fino como agulha. Em seguida, molhei o dedo na água açucarada e levei uma gotinha até a ponta do bico. A gota desapareceu, embora o pássaro não se tenha movido. Será que o liquido tinha escorrido para dentro do bico ? Molhei o dedo de novo e levei-o até o bico do pássaro. Desta vez, uma minúscula língua, mais fina que um fio de cabelo, lambeu-me o dedo. Por 10 ou 15 minutos, o colibri sorveu gota após gota. Nessa altura, vários outros líderes haviam se reunido a meu redor, e ofereci-lhes a oportunidade de alimentá-lo.
         “ De repente, o pássaro abriu os olhos e agitou as penas, que instantaneamente se alisaram. Depois de beber mais algumas gotas, agitou as asas, aqueceu-as por um segundo e voou para o alto. Hesitante, planou por um momento sobre nós e depois disparou para longe. Ficamos ali, atônitos. Dai, tão subitamente quanto o pássaro tinha voado para longe, vieram as lições espirituais : 1) Com  frequência, quando estendemos a mão para os menos ativos, nosso empenho não parece fazer diferença alguma. Mas o amor que oferecemos escorre pelas frestas – como o néctar escorreu para dentro do bico imóvel do beija-flor – promovendo nutrição espiritual que um dia  pode produzir resultados; 2) Às vezes, não conseguimos prosseguir sozinhos. Precisamos de uma caridosa e bondosa mão; 3) Às vezes, as pessoas se enrolam nas teias do pecado ou do vício e precisam da ajuda de um amigo ou de um líder do sacerdócio e do auxílio do Salvador para libertar-se; 4) Precisamos de nutrição espiritual constante para perseverar, caso contrário esgotamos as forças espirituais e nos tornamos vítimas das más influência; 5) O beija-flor se manteve agarrado,  literalmente. Isso fez toda a diferença. Às vezes precisamos simplesmente perseverar com Fé aos lidarmos com os desafios dolorosos e, não raro, horríveis da vida. “

         Quem de nós, algumas vezes, escorregou pelas bordas do destino e não conseguiu  ficar agarrado a nada ? Desistimos de lutar pela vida, de enfrentar as dificuldades que se apresentam diante de nós e não conseguimos enxergar soluções mínimas que sejam, mesmo estando elas ao nosso redor.


         Sejamos, pelo menos, imitadores dos que ajudaram o beija-flor voltar a viver.

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