O “Binga Uchoa”, foi vereador, presidente e secretário do MDB do Amapá
por muitos anos, homem de confiança de Ulisses Guimarães, que o reverenciava
nos seus encontros em Brasília, Rio de
Janeiro e São Paulo no trato das questões internas do partido.
Benedito da Costa Uchôa, “Binga Uchôa” – *1910 - + 1994
Reinaldo Coelho
Não está no número excessivo de partidos o problema principal
da democracia brasileira, mas na pobreza de organizações políticas dignas deste
nome no meio das diversas legendas partidárias.
Felizmente na década de 60, o então jovem Território Federal do Amapá,
tinha em um líder politico Janary Nunes e seus irmãos durante vinte anos o
monopólio das decisões e os cargos legislativos federais. Mas, quando Macapá
conseguiu em 30 de novembro de 1969, após 33 anos sem atividade, dar posse dos
nove vereadores eleitos que ocorreu no dia 07 de janeiro de 1970.
Ali tinha o trabalho de jovens políticos oposicionistas
comandados por Benedito Uchôa, Azevedo Costa, Lucimar Del’Castillo, Celso Sale.
O prefeito nomeado era João de Oliveira Cortes e o interventor, era o general
Ivanhoé Gonçalves Martins. Nessa época, o vereador não tinha salário, mas
possuía status e poder de decisão. Os prefeitos também eram nomeados.
Um dos membros da oposição da bancada do Movimento
Democrático Brasileiro - MDB- composto por quatro vereadores, Paulo Bildade de
Andrade Uchôa (filho de Binga Uchoa) Lucimar Amoras Del Castilho, Pedro
Peticov, e Antônio Carlos de Almeida Cavalcante.
Esta semana estaremos contanto a historia deste pioneiro, Benedito da Costa Uchôa- “Binga Uchôa” nascido
no dia 13 de janeiro de 1910, na localidade de Porto Alegre, Município de
Anajás, Estado do Pará, completaria 107 anos de nascido e 23 anos de falecido
(1994) neste ano. Chegou ao Amapá com 36 anos de idade (MAIO DE 1946) e com a
família composta pela esposa D. Luiza de Andrade Uchôa de cuja união nasceu os
filhos Alberto, Abraam, Dina, Sara, Ester, Paulo, e Benedito João.
Um paraense legitimado amapaense que teve uma juventude
batalhadora como seria toda sua vida estudou o curso primário ao mesmo tempo em
que trabalhava no comércio de seu pai. Binga Uchôa como passou a ser conhecido
nos meios políticos conquistou de imediato a amizade dos amapaenses.
A experiência nas lojas paternas em terras paraenses Construiu
uma casa de campanha para residir e reativou seu comércio de materiais de
construção e ferragens.
Incorporou-se à comunidade macapaense ingressando na igreja
Assembleia de Deus que ajudou a construir, difundir seus princípios e
participar das atividades sociais e filantrópicas.
Entrou na política amapaense, incorporando-se à falange do
Partido Trabalhista Brasileiro-PTB, que ajudou a criar. conquistou as amizades
do Presidente Getúlio Vargas e de eminentes políticos como João Goulart,
Persival Barroso e Ulisses Guimarães.
Liderou a oposição no Território do Amapá da qual faziam
parte os petistas Mário Ramos, Joca Furtado, Claudomiro Morais, Zeca e Duca
Serra, Armando Lima, Elfredo Távora, Francisco Laranjeiras, Amaury Farias e
outros membros importantes das famílias de Macapá, que formaram uma aguerrida
frente de combate à política do então Governador Janary Gentil Nunes.
Após a extinção do PTB e os demais partidos, filiou-se ao MDB
de Ulisses Guimarães, que, posteriormente, se transformou em PMDB, assumindo a
presidência do Diretório Regional. Anos depois funda o PDC, Partido Democrata
Cristão, e assume a presidência.
Benedito da Costa Uchoa, o “Binga Uchoa”, que foi vereador,
presidente e secretário do MDB do Amapá por muitos anos, homem de confiança de
Ulisses Guimarães, que o reverenciava nos seus encontros em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo no trato das
questões internas do partido.
Eleito Vereador de
Macapá em 1978, onde teve uma atuação destacada, fazendo oposição. Figura
humana excepcional dedicava-se à solução dos problemas da comunidade Binga
Uchôa, não tinha medo de defender seus princípios, de fazer política, de
criticar os administradores quando falhavam, sem ferir as pessoas. Foi um homem
de bem, um chefe de família exemplar, um pioneiro que mereceu entrar na galeria
dos Personagens Ilustres do Amapá.
Benedito da Costa Uchoa, ícone da oposição ao Governo de
Janary Nunes, tinha a companhia partidária e particular de Raimundo Azevedo
Costa, que foi vereador, primeiro Prefeito eleito de Macapá, de 1º de janeiro
de 1986 à 1º de janeiro de 1989.
Aos 84 anos, sofrendo as consequências de um acidente vascular
cerebral (AVC) que lhe colocou paraplégico, veio a falecer no ano de 1994. Rua
Vereador Benedito Uchoa, no centro comercial de Macapá é uma das homenagens
prestadas a este valoroso empresário e politico amapaense, que deixou uma
herança de filhos que trilharam o caminho da honradez, honestidade.
dois de seus filhos chegaram a vereança, Paulo Bildade Uchôa
e Isaac Uchoa, o sociólogo Alberto Uchôa
assim que recebeu seu canudo de papel voltou ao Amapá e ingressou na vida
pública; trabalhou com diversos governadores no então Território Federal do
Amapá, mas de todos o que melhor enxergou sua competência foi o Gen. Ivanhoé
Gonçalves Martins, que lhe deu cargo de relevância no governo e um programa na
Rádio Difusora de Macapá, onde fazia uma espécie de balanço das realizações do
executivo durante a semana.
Mas Alberto nunca se candidatou a cargo eletivo, porém foi um baluarte na campanha de 1970, quando o
MDB, com Antônio Pontes, derrotou Janary Nunes, da ARENA, encerrando um ciclo
na história política e administrativa do Amapá.
Ou seja, estavam sempre juntos ao pioneiro “Bingo Uchôa”
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